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Publicada em 23/08/2024 às 11:54 | Atualizada em 23/08/2024 às 12:44

Mãe de Isis Valverde desabafa sobre diagnóstico de câncer: Sigo caminhando

Rosalba Nable descobriu que estava com câncer de mama em maio

Da Redação

Montagem-Divulgação-@rosalbanable-TV Globo

Rosalba Nable, mãe de Isis Valverde, foi diagnosticada com câncer de mama em maio, e desde então segue publicando algumas atualizações de como está sendo o tratamento para passar pela doença. Agora, ela postou uma foto nas redes sociais desabafando na legenda sobre sua luta.

Ela começou falando que ouviu muita coisa otimista e alguns conselhos sobre como lidar com a doença

Estou ouvindo muito sobre isso. Em como receber um diagnóstico duro de câncer deve ser olhado com otimismo, como aprendizado, como uma chance de ser melhor. Que se deve ter coragem e força. Que o psicológico é fundamental para a cura e para suportar todo o processo.

Em seguida, Rosalba continua e diz que não é esse tipo de pessoa, e que não ficará postando coisas motivacionais, já que não é assim que ela está se sentindo até agora: 

Tudo isso funciona muito bem na teoria, porque na prática é bem diferente. Aqui, pelo menos por enquanto, não terei frases motivacionais, nem aquele depoimento lindo de superação. Não mesmo. E não existem julgamentos aqui, prezo por isso. Cada um é um. Cada um tem o direito de sentir a sua dor do jeito que bem entender. No meu caso, não está dando para dizer que esse processo e todas as dores que o envolvem são suportáveis. Admiro, de verdade, quem permanece sorrindo, agradecendo e emanando boas energias. Não sou essa pessoa.

Ela ainda aponta que se não se permitisse sentir essas emoções negativas, não estaria sendo justa consigo mesma: 

E como sou extremamente visceral, se eu desejasse não sentir essas emoções, eu estaria negando uma das verdades mais incontornáveis da minha vida: a dor existe e faz parte dela. Eu sempre odiei hospitais - ali me foram arrancadas das mãos as pessoas que mais amei. E agora estou tendo que aprender a viver isso.

Nable também conta que possui uma agenda médica e fala que não tem vitimismo da parte dela: 

Tenho uma agenda médica desde 10/05/24. Desculpa, não dá para ficar sendo sorrisos. E não existe vitimismo aqui, repito. Apenas sigo, como uma marionete, de cortinas fechadas, porque a plateia não quer ver essa parte. E nem precisa. Só digo que não foi minha culpa. Não é sua culpa. Não é culpa de ninguém. Meus exames provaram que meu câncer não foi genético. Portanto, não herdei isso de minha mãe. Nem de meu avô. Simplesmente era pra ser assim. O primeiro passo que dei foi eliminar essa culpa. Foi cirúrgico.

Por fim, Rosalba termina o texto falando como faz para lidar com isso todos os dias e deixa uma dica preciosa para quem está passando pela mesma situação:

Sigo caminhando. É a resposta que mais utilizo para várias perguntas carinhosas e cheias de amor que recebo diariamente. Gratidão por isso. O amor é mesmo um dos deuses mais lindos. Sempre fui de viver cada dia como uma vida, isso se reforçou agora. Existem dias bons e dias ruins, mas nada é para sempre. Nunca é. Isso me conforta. Acolhi a minha dor mas não vou morar nela. Assim espero. Eu só sei que não tive e não estou tendo outra escolha a não ser seguir em frente. E se for também o seu caso, lembre- se: Se vc está atravessando o inferno, não pare. Continue andando.


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Mãe de Isis Valverde desabafa sobre diagnóstico de câncer: <i>Sigo caminhando</i>

Mãe de Isis Valverde desabafa sobre diagnóstico de câncer: Sigo caminhando

21/Jan/

Rosalba Nable, mãe de Isis Valverde, foi diagnosticada com câncer de mama em maio, e desde então segue publicando algumas atualizações de como está sendo o tratamento para passar pela doença. Agora, ela postou uma foto nas redes sociais desabafando na legenda sobre sua luta.

Ela começou falando que ouviu muita coisa otimista e alguns conselhos sobre como lidar com a doença

Estou ouvindo muito sobre isso. Em como receber um diagnóstico duro de câncer deve ser olhado com otimismo, como aprendizado, como uma chance de ser melhor. Que se deve ter coragem e força. Que o psicológico é fundamental para a cura e para suportar todo o processo.

Em seguida, Rosalba continua e diz que não é esse tipo de pessoa, e que não ficará postando coisas motivacionais, já que não é assim que ela está se sentindo até agora: 

Tudo isso funciona muito bem na teoria, porque na prática é bem diferente. Aqui, pelo menos por enquanto, não terei frases motivacionais, nem aquele depoimento lindo de superação. Não mesmo. E não existem julgamentos aqui, prezo por isso. Cada um é um. Cada um tem o direito de sentir a sua dor do jeito que bem entender. No meu caso, não está dando para dizer que esse processo e todas as dores que o envolvem são suportáveis. Admiro, de verdade, quem permanece sorrindo, agradecendo e emanando boas energias. Não sou essa pessoa.

Ela ainda aponta que se não se permitisse sentir essas emoções negativas, não estaria sendo justa consigo mesma: 

E como sou extremamente visceral, se eu desejasse não sentir essas emoções, eu estaria negando uma das verdades mais incontornáveis da minha vida: a dor existe e faz parte dela. Eu sempre odiei hospitais - ali me foram arrancadas das mãos as pessoas que mais amei. E agora estou tendo que aprender a viver isso.

Nable também conta que possui uma agenda médica e fala que não tem vitimismo da parte dela: 

Tenho uma agenda médica desde 10/05/24. Desculpa, não dá para ficar sendo sorrisos. E não existe vitimismo aqui, repito. Apenas sigo, como uma marionete, de cortinas fechadas, porque a plateia não quer ver essa parte. E nem precisa. Só digo que não foi minha culpa. Não é sua culpa. Não é culpa de ninguém. Meus exames provaram que meu câncer não foi genético. Portanto, não herdei isso de minha mãe. Nem de meu avô. Simplesmente era pra ser assim. O primeiro passo que dei foi eliminar essa culpa. Foi cirúrgico.

Por fim, Rosalba termina o texto falando como faz para lidar com isso todos os dias e deixa uma dica preciosa para quem está passando pela mesma situação:

Sigo caminhando. É a resposta que mais utilizo para várias perguntas carinhosas e cheias de amor que recebo diariamente. Gratidão por isso. O amor é mesmo um dos deuses mais lindos. Sempre fui de viver cada dia como uma vida, isso se reforçou agora. Existem dias bons e dias ruins, mas nada é para sempre. Nunca é. Isso me conforta. Acolhi a minha dor mas não vou morar nela. Assim espero. Eu só sei que não tive e não estou tendo outra escolha a não ser seguir em frente. E se for também o seu caso, lembre- se: Se vc está atravessando o inferno, não pare. Continue andando.