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Publicada em 03/11/2024 às 14:55 | Atualizada em 03/11/2024 às 13:54

Palomma Duarte destaca profundidade da personagem em Garota do Momento e relação dela com a maternidade

A atriz integra o elenco da trama das seis da TV Globo

Bárbara More

Divulgação-TV Globo

A personagem de Palomma Duarte em Garota do Momento contará com muitas reflexões sobre maternidade. Na novela das seis, que se passa na década de 1950, a atriz vive Ligia, mulher que era casada com Raimundo [Danton Mello], mas decide abandonar o marido e os três filhos para seguir o sonho de ser cantora. 

Em coletiva de imprensa, a atriz explicou que, apesar de amar muito a família, a personagem não tem aptidão para a vida doméstica ou para a maternidade. Além disso, é uma mulher que não se enquadra no tempo em que vive. 

- A Ligia é uma mãe que tem muito amor, que está se afogando dentro desse afeto, mas não tem o talento, que são coisas diferentes. A gente tem que tomar cuidado, porque falam assim: Ah é uma mãe que não quer saber da maternidade. Às vezes tem mãe que não quer mesmo, que não desenvolve nenhum afeto, o que não é o caso da Ligia. Ela tem muito amor pelos filhos, mas falta a ela uma habilidade no cotidiano para a vida no lar e não só para a maternidade. É uma coisa que vai além. É uma mulher que não se enquadra dentro do tempo em que nasceu. 

Paloma ressalta que serão levantadas pautas que ainda estão muito presentes na sociedade atual:

- Ela não tem o talento para a vida doméstica, não tem para ser esposa, não tem para ser aquela figura em que aquela sociedade naquele momento conseguia enxergar o lugar permitido da mulher. Eu acho que isso abre uma discussão que é sempre muito importante, principalmente nos dias de hoje, porque apesar de a gente ter andado umas décadas, ainda vive em uma sociedade profundamente machista. O machismo estrutural ainda está anos-luz de ser encerrado.

Apesar de ser uma novela muito colorida, com a presença de muita música e retratando o Brasil em uma época de muita prosperidade, também entrega temáticas profundas. A artista fica feliz em ver que está colocando em mesa discussões relevantes através de seu trabalho. 

- Você poder aproveitar uma temática lúdica, colorida, no meio do fervo, do rock'n roll, do bossa nova, dessa nova fase com tudo explodido e no meio disso ter a oportunidade de mergulhar em terrenos que são relevantes até hoje é um sabor diferente. A gente sente que está cumprindo o nosso papel, que é unir o entretenimento com uma discussão útil.

Mãe de três, ela reflete sobre como a maternidade é presente não apenas na sua vida pessoal, mas também profissional, sempre retratou na dramaturgia mãe presentes, o que torna Ligia uma experiência nova. 

- A maternidade sempre foi um traço muito forte em mim, eu sou mãe de três e, até esse meu momento de carreira, eu sempre fiz mães sempre muito presentes ou quando não presentes sempre na luta para recuperar o filho. Essa é a minha primeira oportunidade de dar voz a um outro lado da moeda, a mãe que não tem essa habilidade, né? E que tem essa cara super machista, esse ex-marido, que apesar de muito carismático é muito machista, cometendo essa alienação parental o tempo todo. Mas: Nossa ele é um pai incrível, porque criou bem os próprios filhos. Ele apenas fez o que devia ter feito.

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Palomma Duarte destaca profundidade da personagem em <i>Garota do Momento</i> e relação dela com a maternidade

Palomma Duarte destaca profundidade da personagem em Garota do Momento e relação dela com a maternidade

12/Dez/

A personagem de Palomma Duarte em Garota do Momento contará com muitas reflexões sobre maternidade. Na novela das seis, que se passa na década de 1950, a atriz vive Ligia, mulher que era casada com Raimundo [Danton Mello], mas decide abandonar o marido e os três filhos para seguir o sonho de ser cantora. 

Em coletiva de imprensa, a atriz explicou que, apesar de amar muito a família, a personagem não tem aptidão para a vida doméstica ou para a maternidade. Além disso, é uma mulher que não se enquadra no tempo em que vive. 

- A Ligia é uma mãe que tem muito amor, que está se afogando dentro desse afeto, mas não tem o talento, que são coisas diferentes. A gente tem que tomar cuidado, porque falam assim: Ah é uma mãe que não quer saber da maternidade. Às vezes tem mãe que não quer mesmo, que não desenvolve nenhum afeto, o que não é o caso da Ligia. Ela tem muito amor pelos filhos, mas falta a ela uma habilidade no cotidiano para a vida no lar e não só para a maternidade. É uma coisa que vai além. É uma mulher que não se enquadra dentro do tempo em que nasceu. 

Paloma ressalta que serão levantadas pautas que ainda estão muito presentes na sociedade atual:

- Ela não tem o talento para a vida doméstica, não tem para ser esposa, não tem para ser aquela figura em que aquela sociedade naquele momento conseguia enxergar o lugar permitido da mulher. Eu acho que isso abre uma discussão que é sempre muito importante, principalmente nos dias de hoje, porque apesar de a gente ter andado umas décadas, ainda vive em uma sociedade profundamente machista. O machismo estrutural ainda está anos-luz de ser encerrado.

Apesar de ser uma novela muito colorida, com a presença de muita música e retratando o Brasil em uma época de muita prosperidade, também entrega temáticas profundas. A artista fica feliz em ver que está colocando em mesa discussões relevantes através de seu trabalho. 

- Você poder aproveitar uma temática lúdica, colorida, no meio do fervo, do rock'n roll, do bossa nova, dessa nova fase com tudo explodido e no meio disso ter a oportunidade de mergulhar em terrenos que são relevantes até hoje é um sabor diferente. A gente sente que está cumprindo o nosso papel, que é unir o entretenimento com uma discussão útil.

Mãe de três, ela reflete sobre como a maternidade é presente não apenas na sua vida pessoal, mas também profissional, sempre retratou na dramaturgia mãe presentes, o que torna Ligia uma experiência nova. 

- A maternidade sempre foi um traço muito forte em mim, eu sou mãe de três e, até esse meu momento de carreira, eu sempre fiz mães sempre muito presentes ou quando não presentes sempre na luta para recuperar o filho. Essa é a minha primeira oportunidade de dar voz a um outro lado da moeda, a mãe que não tem essa habilidade, né? E que tem essa cara super machista, esse ex-marido, que apesar de muito carismático é muito machista, cometendo essa alienação parental o tempo todo. Mas: Nossa ele é um pai incrível, porque criou bem os próprios filhos. Ele apenas fez o que devia ter feito.