Essa dupla de milhões está retornando para mais um trabalho que promete entregar tudo! Fábio Assunção e Leticia Colin já viveram pai e filha em Onde Está Meu Coração, vilões em Todas as Flores e agora voltarão a dividir cena em Garota do Momento como os personagens Juliano e Zélia. 

Durante coletiva de imprensa com o elenco da mais nova novela das seis da TV Globo, os atores trocaram elogios e falaram sobre a alegria e trabalhar juntos. Leticia começou brincando sobre já estar preparada para o público odiar os personagens, que serão antagonistas na trama e cúmplices de uma farsa. 

- Eu me sinto muito bem acompanhada para ser odiada pela população [risos]. 

Em seguida, comentou como Fábio desempenhou diferentes papeis e parece estar ficando gradualmente mais novo:

- Eu queria deixar registrado que o Fábio segue sendo cada vez mais lindo, melhor ator e mais jovem. Ele já foi meu pai, já foi meu padrasto e agora teremos fortes emoções juntos de uma maneira um pouco mais íntima, digamos assim.

O ator divertiu ao reagir:

- Na próxima eu vou fazer o filho da Letícia.

Em seguida, exaltou a atriz:

- Essa parceria com a Leticia é uma coisa maravilhosa, eu admiro ela como atriz e amo ela como pessoa, a gente bate uma bola maravilhosa. Eu acho que a história que vou viver com ela é divertida também. 

Trama

Na história, Clarice é uma viúva com dotes artísticos que deixa a filha sob os cuidados da avó materna para ir ao Rio de Janeiro tentar a oportunidade de expor suas obras em uma galeria de arte. Na capital, Juliano se apaixona à primeira vista e a pede em casamento, mas o romance não é aprovado por sua mãe pelo fato de a personagem já ter uma filha. Após ela sofrer um acidente, Maristela bola um plano de forjar um novo passado, entrega outra criança para Clarice como se fosse sua verdadeira filha e coloca Zélia para fingir ser sua irmã. 

Fábio também deu mais detalhes sobre trama e explicou que Juliano não é um personagem totalmente focado na maldade.

- A Natália e a Alessandra vêm com uma trama muito bem enredada, mas eu sinto uma leveza também no trabalho no sentido de não pesar muito a mão. Não é aquele vilão da maldade, acho que eles são também um pouco vítimas da própria condição deles de serem uma elite privilegiada com muito pouca consciência de onde eles estão. 

O artista ainda fez uma menção a uma cena que gravou com Carol Castro, que interpreta Clarice, sua esposa na novela. Ele cita como a produção, que se passa nos anos 1950, tem conexão com temáticas que ainda fazem parte dos dias atuais. 

- Fiz uma cena com a Carol, fazemos marido e mulher, uma atriz extraordinária também, em que falei para ela: Eu sou um bom marido, deixo você trabalhar e ter conta em banco. São coisas que hoje são impensáveis, mas na década de 1950 havia uma naturalização disso. Não é uma questão de: Eu te dou liberdade. Tinha uma coisa que era assim. É importante retratar essa época. A gente pode ver também o quanto que a sociedade, apesar de a gente ainda esbarrar nos mesmos problemas do racismo e do machismo, ela avançou muito. É uma época de ouro em muitos sentidos, mas hoje a gente tem uma sociedade completamente diferente do que era, sem dúvidas. 

E finaliza falando sobre como o destino de Juliano é alterado logo nos primeiros capítulos:

- Tem uma falha trágica logo no início, dois acidentes que comprometem o caráter do Juliano. Ali o destino dele já muda. Ele tem uma mãe extremamente manipuladora, que no caso é o personagem da Lilia, com quem também estou tendo uma honra muito grande de trabalhar. Em função dessa falha trágica, esses destinos são completamente forjados pela mãe. É uma novela de muita beleza e de muitas camadas mais profundas, mas sem jogar o holofote nessas questões mais duras. 

Para complementar as falas do colega de trabalho, Leticia diz que a grande vilã é Maristela, vivida por Lilia Cabral.

- Nós estamos debaixo da asa de uma progenitora que tem planos terríveis e evoca muito essa personalidade da época de se achar acima, de ter esses privilégios, de manipular as pessoas por conta do dinheiro e do poder. Nós somos crias dessa mulher, que é o nosso gênio do mal, por dizer assim. Sem passar pano para os nossos personagens, mas acho que a malvadona mesmo é a Maristela.