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Publicada em 14/02/2025 às 01:00 | Atualizada em 14/02/2025 às 14:49

Erika Januza reflete sobre desafios de estrear programa que mostra realidade das Rainhas de Bateria

A artista apresenta Rainhas Além da Avenida no GNT

Bárbara More

Divulgação-Ramon Rodrigues

Erika Januza estreia nesta sexta-feira, dia 14, o programa Rainhas Além da Avenida, A atração é apresentada e idealizada pela Rainha de Bateria da Viradouro, com o objetivo de mostrar que o cotidiano das mulheres que atuam como majestades do samba vai muito além de todo o glamour visto na televisão. O ESTRELANDO participou de uma coletiva de imprensa com Erika e a produção do programa, que explicaram que serão abordadas as dificuldades, desafios e emoções de rainhas de bateria, mostrando a realidade das mulheres por trás do título.

Animada com seu projeto, Erika começou detalhando a emoção de encarar o papel de apresentadora, esclarecendo que não buscava realizar entrevistas formas, mas sim bater um papo descontraído com cada uma das convidadas. Nos quatro episódios, ela conversa e acompanha a rotina de Lorena Raíssa, Mayara Lima, Fabíola de Andrade, Lexa, Viviane Araújo, Andressa Marinho, Paolla Oliveira, Evelyn Bastos, Bianca Monteiro, Maria Mariá e Sabrina Sato.

- Eu já havia tido essa experiência antes no Criança Esperança, em um outro projeto também da Globo junto com Cauã Reymond. Eu adorei e estou sempre perturbando lá: Gente, eu quero apresentar, eu gosto. Nem seis e considero muito que sou uma apresentadora nesse lugar, porque vejo mais como um bate-papo com essas mulheres. Quem ficava mais nervosa na hora, eu falava assim: Eu não estou aqui para te entrevistar, estou aqui para te entrevistar e tem uma câmera filmando nossa conversa. Eu tentava colocar elas nesse lugar de tranquilizar, até para não se montarem, não estarem armadas, posadas para uma entrevista. A gente estava batendo um papo e a câmera estava registrando nosso papo por acaso. Eu adorei esse lugar. Espero fazer muito mais isso, porque sempre gostei. Fiquei muito feliz de poder colocar esse bloco na rua e falar de um tema que eu gosto e respeito muito. 

Ela revela também que teve receio de não conseguir gravar com todas as rainhas do grupo especial do Rio de Janeiro, que representam a Beija Flor, Mangueira, Grande Rio, Mocidade Independente de Padre Miguel, Vila Isabel, Imperatriz Leopoldinense, Paraíso do Tuiuti, Unidos da Tijuca, Salgueiro, Unidos de Padre Miguel e Portela. 

- Tive medo de não conseguir gravar com todas as Rainhas, de alguém não topar, não querer, não sei. Porque não era sobre o GNT, era sobre a Erika estar convidando para estar nesse lugar. Tive muito medo de gravar só quatro e faltar o resto. O fato de todo mundo ter prontamente topado, as pessoas terem aberto a porta da casa delas para mim, foi muito importante. Poder viver esses pequenos momentos da vida pessoas, essas pequenas coisas foram muito importantes para mim, porque era o lugar que eu queria, mostrar a mulher real.

Erika diz que teve a oportunidade de conhecer de verdade e criar laços com cada uma das convidadas, que passou a admirar ainda mais. 

- Eu conhecia essas mulheres, mas não conhecia. Agora posso dizer que conheço. Se eu passar na rua, tenho a intimidade de ir lá e abraçar. Antes eu não tinha isso, não tinha esse lugar. Hoje me sinto um pouco íntima de cada uma delas. Vi histórias muito profundas de cada uma delas, que tenho vontade de contar. Às relacionadas à saúde me marcaram muito, de abuso em relacionamentos tóxicos de uma pessoa que eu não esperava. Cada uma delas [rainhas] passei a admirar muito mais. Me sinto íntima e aprendi muito com cada uma delas.

A apresentadora também levou aprendizados de suas conversas e um dos mais marcantes é relacionado a Lorena Raissa, que a ensinou sobre autoestima. 

- Lorena Raissa me ensinou a ter a autoestima melhor. Ela é a rainha da autoestima. Um negócio impressionante como ela fala: Eu sou maravilhosa dela. Eu não tenho coragem de falar isso, que sou maravilhosa, fico sem jeito. Isso para mim foi muito enriquecedor, a potência da autoestima dela. Já está em outra geração, a gente não foi criada para falar: Meu cabelo é bonito, eu sou bonita. Pelo contrário, eu podia até me achar bonita, mas a mais bonita nunca era eu. Ver a Lorena Raissa, que é uma negra retinta maravilhosa, que samba que parece que flutua, falar que é maravilhosa com todas as letras e sem medo de dizer isso, me ensinou muito. Estou treinando colocar isso um dia em uma legenda de uma foto minha, que nem isso tenho coragem de fazer. 

Em relação a curiosidades de bastidores, ela revela que pôde presenciar pequenos momentos pessoais das vidas de cada uma das rainhas e cita um episódio ocorrido durante a visita à casa de Paolla Oliveira. 

- Teve muitas interferências. Estávamos gravando com Paolla e Diogo [Nogueira] chegou em casa e ela ficou: Ué, você está em casa? A vida dela é muito corrida e a dele também. Ela contou que às vezes eles não se encontram. De repente ela estava gravando e ele chegou em casa de alguma viagem não sei da onde e ela se surpreendeu porque não estava contando com aquela chegada. O programa me deu a oportunidade de ver pequenos momentos pessoais como esse. 

Refletindo sobre o seu papel na Viradouro, Erika conta que sempre leva sua experiência como atriz para a avenida quando desfila. 

- Você estar no Carnaval é o tempo todo trabalhar em coletividade. Por mais que a Rainha de Bateria esteja ali brilhando, se não tem ritmista eu não danço, se não tem um mestre, não tem bateria, se não tem um monte de gente trabalhando no barracão, não tem nada para acontecer. O trabalho do ator é muito também de você estar e jogar junto. Eu levo muito também o meu universo de atuação para a Sapucaí. Cada vez que o carnavalesco me dá um personagem para atuar na frente da bateria, por mais que eu esteja sambando, ou fazendo alguma coisa, leva minha atuação. Já que sou atriz, agrego uma coisa à outra. O Carnaval te agrega como pessoa, essa coisa da coletividade é muito forte mesmo.

A artista ainda revela como foi conciliar os ensaios da escola de samba com as gravações de Rainhas Além da Avenida, contando como é a sua preparação para o Carnaval. 

- Estou sem voz, exausta, mas muito feliz de estar conseguindo concluir todas as coisas ao mesmo tempo e ainda não faltar aos meus ensaios da Viradouro. Para mim, a melhor preparação para o Carnaval não é ir para a academia malhar, porque eu já falei que não vou ser a rainha gostosona do Carnaval, nem é a minha meta, não vou ser a que samba melhor, porque não é sobre isso, mas vou ser a que está entregue, que está junto, que não falta. Eu quando falto, me martirizo. A melhor preparação é estar junto da escola e da bateria. Se tiver que malhar ou ir ao ensaio, não vou malhar e vou para o ensaio. 

Erika detalha que seu objetivo era fazer com que o público entenda que por trás do glamour das Rainhas de Bateria, existem mulheres esforçadas e que lutam todos os dias para dar o seu melhor, superando todas as dificuldades. 

 - Eu tenho uma coisa na minha cabeça do que é esse lugar, o pé doendo e a sandália arrebentada. Pode parecer bobagem, mas, para uma mulher que está o tempo todo sofrendo pressão e quer entregar o seu melhor, e quando chega em casa e pega a internet só tem críticas sobre o corpo dela, a roupa dela, o jeito que ela dança... se não tiver uma mente forte, ela pira. Como mostrar às pessoas que essas mulheres que estão aqui falando que estão gordas, que estão isso ou aquilo, estão lá passando mal, fazendo ensaio direto, aprendendo a fazer tal coisa para ficar melhor para se apresentar, são mulheres que estão tentando se superar. O desafio era fazer com que as pessoas que assistam entendam esse outro lado.

Outro grande desafio do programa foi colocar as convidadas sem estarem todas produzidas, mostrando um lado muito mais íntimo. 

- Até as próprias rainhas se desmontarem e terem a coragem de colocar a cara lavada no programa para eu receber. A gente não está fazendo uma disputa de nada, está falando sobre a vida. Quando cada rainha que estava sem maquiagem e nem nada chegava para encontrar comigo, eu ficava numa alegria de: Essa é a mulher real que eu queria que todo mundo visse. Conseguir tirar essas amarras dessas mulheres também é um grande desafio, que acho que a gente conseguiu vencer umas partes boas. 


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Erika Januza estreia nesta sexta-feira, dia 14, o programa Rainhas Além da Avenida, A atração é apresentada e idealizada pela Rainha de Bateria da Viradouro, com o objetivo de mostrar que o cotidiano das mulheres que atuam como majestades do samba vai muito além de todo o glamour visto na televisão. O ESTRELANDO participou de uma coletiva de imprensa com Erika e a produção do programa, que explicaram que serão abordadas as dificuldades, desafios e emoções de rainhas de bateria, mostrando a realidade das mulheres por trás do título.

Animada com seu projeto, Erika começou detalhando a emoção de encarar o papel de apresentadora, esclarecendo que não buscava realizar entrevistas formas, mas sim bater um papo descontraído com cada uma das convidadas. Nos quatro episódios, ela conversa e acompanha a rotina de Lorena Raíssa, Mayara Lima, Fabíola de Andrade, Lexa, Viviane Araújo, Andressa Marinho, Paolla Oliveira, Evelyn Bastos, Bianca Monteiro, Maria Mariá e Sabrina Sato.

- Eu já havia tido essa experiência antes no Criança Esperança, em um outro projeto também da Globo junto com Cauã Reymond. Eu adorei e estou sempre perturbando lá: Gente, eu quero apresentar, eu gosto. Nem seis e considero muito que sou uma apresentadora nesse lugar, porque vejo mais como um bate-papo com essas mulheres. Quem ficava mais nervosa na hora, eu falava assim: Eu não estou aqui para te entrevistar, estou aqui para te entrevistar e tem uma câmera filmando nossa conversa. Eu tentava colocar elas nesse lugar de tranquilizar, até para não se montarem, não estarem armadas, posadas para uma entrevista. A gente estava batendo um papo e a câmera estava registrando nosso papo por acaso. Eu adorei esse lugar. Espero fazer muito mais isso, porque sempre gostei. Fiquei muito feliz de poder colocar esse bloco na rua e falar de um tema que eu gosto e respeito muito. 

Ela revela também que teve receio de não conseguir gravar com todas as rainhas do grupo especial do Rio de Janeiro, que representam a Beija Flor, Mangueira, Grande Rio, Mocidade Independente de Padre Miguel, Vila Isabel, Imperatriz Leopoldinense, Paraíso do Tuiuti, Unidos da Tijuca, Salgueiro, Unidos de Padre Miguel e Portela. 

- Tive medo de não conseguir gravar com todas as Rainhas, de alguém não topar, não querer, não sei. Porque não era sobre o GNT, era sobre a Erika estar convidando para estar nesse lugar. Tive muito medo de gravar só quatro e faltar o resto. O fato de todo mundo ter prontamente topado, as pessoas terem aberto a porta da casa delas para mim, foi muito importante. Poder viver esses pequenos momentos da vida pessoas, essas pequenas coisas foram muito importantes para mim, porque era o lugar que eu queria, mostrar a mulher real.

Erika diz que teve a oportunidade de conhecer de verdade e criar laços com cada uma das convidadas, que passou a admirar ainda mais. 

- Eu conhecia essas mulheres, mas não conhecia. Agora posso dizer que conheço. Se eu passar na rua, tenho a intimidade de ir lá e abraçar. Antes eu não tinha isso, não tinha esse lugar. Hoje me sinto um pouco íntima de cada uma delas. Vi histórias muito profundas de cada uma delas, que tenho vontade de contar. Às relacionadas à saúde me marcaram muito, de abuso em relacionamentos tóxicos de uma pessoa que eu não esperava. Cada uma delas [rainhas] passei a admirar muito mais. Me sinto íntima e aprendi muito com cada uma delas.

A apresentadora também levou aprendizados de suas conversas e um dos mais marcantes é relacionado a Lorena Raissa, que a ensinou sobre autoestima. 

- Lorena Raissa me ensinou a ter a autoestima melhor. Ela é a rainha da autoestima. Um negócio impressionante como ela fala: Eu sou maravilhosa dela. Eu não tenho coragem de falar isso, que sou maravilhosa, fico sem jeito. Isso para mim foi muito enriquecedor, a potência da autoestima dela. Já está em outra geração, a gente não foi criada para falar: Meu cabelo é bonito, eu sou bonita. Pelo contrário, eu podia até me achar bonita, mas a mais bonita nunca era eu. Ver a Lorena Raissa, que é uma negra retinta maravilhosa, que samba que parece que flutua, falar que é maravilhosa com todas as letras e sem medo de dizer isso, me ensinou muito. Estou treinando colocar isso um dia em uma legenda de uma foto minha, que nem isso tenho coragem de fazer. 

Em relação a curiosidades de bastidores, ela revela que pôde presenciar pequenos momentos pessoais das vidas de cada uma das rainhas e cita um episódio ocorrido durante a visita à casa de Paolla Oliveira. 

- Teve muitas interferências. Estávamos gravando com Paolla e Diogo [Nogueira] chegou em casa e ela ficou: Ué, você está em casa? A vida dela é muito corrida e a dele também. Ela contou que às vezes eles não se encontram. De repente ela estava gravando e ele chegou em casa de alguma viagem não sei da onde e ela se surpreendeu porque não estava contando com aquela chegada. O programa me deu a oportunidade de ver pequenos momentos pessoais como esse. 

Refletindo sobre o seu papel na Viradouro, Erika conta que sempre leva sua experiência como atriz para a avenida quando desfila. 

- Você estar no Carnaval é o tempo todo trabalhar em coletividade. Por mais que a Rainha de Bateria esteja ali brilhando, se não tem ritmista eu não danço, se não tem um mestre, não tem bateria, se não tem um monte de gente trabalhando no barracão, não tem nada para acontecer. O trabalho do ator é muito também de você estar e jogar junto. Eu levo muito também o meu universo de atuação para a Sapucaí. Cada vez que o carnavalesco me dá um personagem para atuar na frente da bateria, por mais que eu esteja sambando, ou fazendo alguma coisa, leva minha atuação. Já que sou atriz, agrego uma coisa à outra. O Carnaval te agrega como pessoa, essa coisa da coletividade é muito forte mesmo.

A artista ainda revela como foi conciliar os ensaios da escola de samba com as gravações de Rainhas Além da Avenida, contando como é a sua preparação para o Carnaval. 

- Estou sem voz, exausta, mas muito feliz de estar conseguindo concluir todas as coisas ao mesmo tempo e ainda não faltar aos meus ensaios da Viradouro. Para mim, a melhor preparação para o Carnaval não é ir para a academia malhar, porque eu já falei que não vou ser a rainha gostosona do Carnaval, nem é a minha meta, não vou ser a que samba melhor, porque não é sobre isso, mas vou ser a que está entregue, que está junto, que não falta. Eu quando falto, me martirizo. A melhor preparação é estar junto da escola e da bateria. Se tiver que malhar ou ir ao ensaio, não vou malhar e vou para o ensaio. 

Erika detalha que seu objetivo era fazer com que o público entenda que por trás do glamour das Rainhas de Bateria, existem mulheres esforçadas e que lutam todos os dias para dar o seu melhor, superando todas as dificuldades. 

 - Eu tenho uma coisa na minha cabeça do que é esse lugar, o pé doendo e a sandália arrebentada. Pode parecer bobagem, mas, para uma mulher que está o tempo todo sofrendo pressão e quer entregar o seu melhor, e quando chega em casa e pega a internet só tem críticas sobre o corpo dela, a roupa dela, o jeito que ela dança... se não tiver uma mente forte, ela pira. Como mostrar às pessoas que essas mulheres que estão aqui falando que estão gordas, que estão isso ou aquilo, estão lá passando mal, fazendo ensaio direto, aprendendo a fazer tal coisa para ficar melhor para se apresentar, são mulheres que estão tentando se superar. O desafio era fazer com que as pessoas que assistam entendam esse outro lado.

Outro grande desafio do programa foi colocar as convidadas sem estarem todas produzidas, mostrando um lado muito mais íntimo. 

- Até as próprias rainhas se desmontarem e terem a coragem de colocar a cara lavada no programa para eu receber. A gente não está fazendo uma disputa de nada, está falando sobre a vida. Quando cada rainha que estava sem maquiagem e nem nada chegava para encontrar comigo, eu ficava numa alegria de: Essa é a mulher real que eu queria que todo mundo visse. Conseguir tirar essas amarras dessas mulheres também é um grande desafio, que acho que a gente conseguiu vencer umas partes boas.