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Publicada em 21/02/2025 às 00:00 | Atualizada em 20/02/2025 às 16:01

Rodrigo Fagundes reflete sobre representatividade do personagem em Volta por Cima e recepção do público

O ator concedeu uma entrevista exclusiva ao ESTRELANDO

Bárbara More

Divulgação

Rodrigo Fagundes é lembrado por muitos personagens icônicos ao longo de seus 23 anos de carreira, em especial o Patrick, que nasceu no teatro e colecionou muitos fãs no Zorra Total. O ator atualmente está no ar nas telinhas da TV Globo como Gigi, de Volta por Cima, que colocou o público na expectativa de que ele tenha um final feliz com Bernardo, interpretado por Bruno Fagundes

Em entrevista exclusiva ao ESTRELANDO, Rodrigo conta detalhes de seu personagem na trama das sete, reflete sobre o que ele representa na trama e relembrou papéis marcantes de sua trajetória na atuação. O ator começa revelando como foi o processo de construção de Gigi, uma figura tão complexa e hilária:

- Veio a partir do texto e das inspirações na divas do cinema e da TV:. Scarlet O Hara sobretudo. Gigi sempre foi muito rico, caçula, teve tudo e nunca soube o que era não. Seu humor vem das situações de perrengues pra admitir sua nova configuração no mundo. Ao mesmo tempo, ele sempre foi livre e cheio de opinião. Um personagem que permite experimentar muitos sabores de sentimentos. 

Ao ser questionado, o arista compartilha como está sendo a recepção dos telespectadores com a relação entre Gigi e Bernardo, aproveitando para fazer elogios a Bruno Fagundes e detalhar a amizade que nutrem enquanto trabalham juntos. 

- Tem sido de um amor e de uma torcida positiva pra ficarem juntos, o que me enche os olhos de alegria. Bernardo e Gigi foi um encontro lindo, cheio de descobertas pra esses dois homens gays, livres, de idade e mundos diferentes, mas que de algum forma procuram seu espaço no mundo. E estar ao lado do Bruno me faz celebrar mais ainda esse momento; pois além de ser uma ator maravilhoso - que estuda, que troca, que é generoso e disposto em cena - traz aquele tempero especial da amizade linda que temos na vida e que botamos a nosso favor pra contar essa história e como ele diz: normalizar os afetos. Sou fã do Bruno e o amo muito! 

Rodrigo, que já declarou estar na torcida por uma cena de beijo entre os personagens, reflete sobre a importância de momentos de afeto como esse para reforçar a representatividade na televisão brasileira.

- Não é sobre o beijo em si, ainda que esses afetos precisem ser representados na TV, sim, como já disse, mas é sobre o entendimento de pertencermos a essa sociedade, onde levamos nossas vidas, trabalhamos, pagamos impostos e muitas vezes não nos reconhecemos nas obras de audiovisual, sobretudo. É devagar e sempre. Talvez seja uma luta eterna, mas somos teimosos e cheios de amor pra trocar. Não tenham medo de amar. De respeitar. De celebrar as diferenças. 

O ator, que viu Patrick ser eternizado com um bordão inesquecível, conta que ainda recebe muito carinho pelo papel e avalia o impacto que ele teve na sua carreira e na sua relação com o público. 

- Ate hoje lembram e falam comigo com muito carinho. É o personagem que nasceu no teatro e de lá foi pra TV. Tenho muito orgulho da minha trajetória no humor, do que Patrick me deu e foco no copo cheio sempre. Ele pertence a um outro tempo e sempre perguntam se o farei de novo e meu primeiro instinto é dizer que não. Pois foram anos tão bem vividos que esse ciclo dele se fechou. Sou um ator com sede de novos persongens. Quero criar, dar vida e sabedoria a esses personagens que faço e tocar o coração e o sentimento das pessoas. 

Mas será que ele tem algo em comum com seus personagens? Durante o bate-papo, Rodrigo elencou quais características partilha com seus paéis mais notáveis:

- Tenho um pouco de cada um. Por exemplo, o Patrick tem muito do deboche que eu tenho, Nelito de Pega Pega tem a timidez e o amor pelo próximo; Armandinho de Cara e coragem tem a safadeza [risos]. Gigi a liberdade que eu busco e demorei a ter e por aí vai. Estão todos comigo. 

Com mais de duas décadas de experiência no meio artístico, ele diz o que ainda o desafia como ator e qual o maior aprendizado que adquiriu ao longo dos anos. 

- Cada novo personagem é um desafio delicioso. E aprendo todo dia a celebrar as vitórias e a ter uma boa administração das frustrações. Às vezes ainda me critico em uma cena, esbarro em colegas e pessoas do ramo que não são generosas, levo pra vida os que são e assim vou caminhando e tendo saldos bem mais positivos do que negativos. 

Rodrigo não apenas encontra grande felicidade no trabalho, como também está sempre radiante ao lado do marido, o roteirista e diretor Wendell Bendelack, com quem está há 22 anos. O ESTRELANDO perguntou ao ator qual o seu segredo para manter vivo o clima de lua de mel no relacionamento e ele nos deu uma resposta doce e sincera:

- É o meu amor há 22 anos. Temos sorte desse casamento ser feliz na vida e na arte. Não sei o segredo. Talvez saber que um não vai mudar o outro, saber nos escolher todos os dias, lidar com os dias difíceis e rir da gente. Ah, e depois que adotamos Agatha e Emily, nossas gatinhas nossa vida ganhou muita cor também [risos].


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Rodrigo Fagundes reflete sobre representatividade do personagem em <i>Volta por Cima</i> e recepção do público

Rodrigo Fagundes reflete sobre representatividade do personagem em Volta por Cima e recepção do público

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Rodrigo Fagundes é lembrado por muitos personagens icônicos ao longo de seus 23 anos de carreira, em especial o Patrick, que nasceu no teatro e colecionou muitos fãs no Zorra Total. O ator atualmente está no ar nas telinhas da TV Globo como Gigi, de Volta por Cima, que colocou o público na expectativa de que ele tenha um final feliz com Bernardo, interpretado por Bruno Fagundes

Em entrevista exclusiva ao ESTRELANDO, Rodrigo conta detalhes de seu personagem na trama das sete, reflete sobre o que ele representa na trama e relembrou papéis marcantes de sua trajetória na atuação. O ator começa revelando como foi o processo de construção de Gigi, uma figura tão complexa e hilária:

- Veio a partir do texto e das inspirações na divas do cinema e da TV:. Scarlet O Hara sobretudo. Gigi sempre foi muito rico, caçula, teve tudo e nunca soube o que era não. Seu humor vem das situações de perrengues pra admitir sua nova configuração no mundo. Ao mesmo tempo, ele sempre foi livre e cheio de opinião. Um personagem que permite experimentar muitos sabores de sentimentos. 

Ao ser questionado, o arista compartilha como está sendo a recepção dos telespectadores com a relação entre Gigi e Bernardo, aproveitando para fazer elogios a Bruno Fagundes e detalhar a amizade que nutrem enquanto trabalham juntos. 

- Tem sido de um amor e de uma torcida positiva pra ficarem juntos, o que me enche os olhos de alegria. Bernardo e Gigi foi um encontro lindo, cheio de descobertas pra esses dois homens gays, livres, de idade e mundos diferentes, mas que de algum forma procuram seu espaço no mundo. E estar ao lado do Bruno me faz celebrar mais ainda esse momento; pois além de ser uma ator maravilhoso - que estuda, que troca, que é generoso e disposto em cena - traz aquele tempero especial da amizade linda que temos na vida e que botamos a nosso favor pra contar essa história e como ele diz: normalizar os afetos. Sou fã do Bruno e o amo muito! 

Rodrigo, que já declarou estar na torcida por uma cena de beijo entre os personagens, reflete sobre a importância de momentos de afeto como esse para reforçar a representatividade na televisão brasileira.

- Não é sobre o beijo em si, ainda que esses afetos precisem ser representados na TV, sim, como já disse, mas é sobre o entendimento de pertencermos a essa sociedade, onde levamos nossas vidas, trabalhamos, pagamos impostos e muitas vezes não nos reconhecemos nas obras de audiovisual, sobretudo. É devagar e sempre. Talvez seja uma luta eterna, mas somos teimosos e cheios de amor pra trocar. Não tenham medo de amar. De respeitar. De celebrar as diferenças. 

O ator, que viu Patrick ser eternizado com um bordão inesquecível, conta que ainda recebe muito carinho pelo papel e avalia o impacto que ele teve na sua carreira e na sua relação com o público. 

- Ate hoje lembram e falam comigo com muito carinho. É o personagem que nasceu no teatro e de lá foi pra TV. Tenho muito orgulho da minha trajetória no humor, do que Patrick me deu e foco no copo cheio sempre. Ele pertence a um outro tempo e sempre perguntam se o farei de novo e meu primeiro instinto é dizer que não. Pois foram anos tão bem vividos que esse ciclo dele se fechou. Sou um ator com sede de novos persongens. Quero criar, dar vida e sabedoria a esses personagens que faço e tocar o coração e o sentimento das pessoas. 

Mas será que ele tem algo em comum com seus personagens? Durante o bate-papo, Rodrigo elencou quais características partilha com seus paéis mais notáveis:

- Tenho um pouco de cada um. Por exemplo, o Patrick tem muito do deboche que eu tenho, Nelito de Pega Pega tem a timidez e o amor pelo próximo; Armandinho de Cara e coragem tem a safadeza [risos]. Gigi a liberdade que eu busco e demorei a ter e por aí vai. Estão todos comigo. 

Com mais de duas décadas de experiência no meio artístico, ele diz o que ainda o desafia como ator e qual o maior aprendizado que adquiriu ao longo dos anos. 

- Cada novo personagem é um desafio delicioso. E aprendo todo dia a celebrar as vitórias e a ter uma boa administração das frustrações. Às vezes ainda me critico em uma cena, esbarro em colegas e pessoas do ramo que não são generosas, levo pra vida os que são e assim vou caminhando e tendo saldos bem mais positivos do que negativos. 

Rodrigo não apenas encontra grande felicidade no trabalho, como também está sempre radiante ao lado do marido, o roteirista e diretor Wendell Bendelack, com quem está há 22 anos. O ESTRELANDO perguntou ao ator qual o seu segredo para manter vivo o clima de lua de mel no relacionamento e ele nos deu uma resposta doce e sincera:

- É o meu amor há 22 anos. Temos sorte desse casamento ser feliz na vida e na arte. Não sei o segredo. Talvez saber que um não vai mudar o outro, saber nos escolher todos os dias, lidar com os dias difíceis e rir da gente. Ah, e depois que adotamos Agatha e Emily, nossas gatinhas nossa vida ganhou muita cor também [risos].