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Publicada em 24/04/2025 às 00:00 | Atualizada em 23/04/2025 às 14:00

Filme 12:12: O Dia leva ao cinema golpe militar da Coreia do Sul com cenas carregadas de tensão

O longa-metragem se passa em um momento importante da história do país

Da Redação

Divulgação

Finalmente chegou o dia tão aguardado por fãs de cinema sul-coreano! Nesta quinta-feira, dia 24, estreia no Brasil o longa-metragem 12.12: O Dia, que tem direção de Kim Sung-soo e retrata um momento importante da história do país. O ESTRELANDO já assistiu à produção e vai te contar o que esperar dela!

O filme traz no elenco principal Hwang Jung-min como Major General Chun Doo-gwang, Jung Woo-sung como Major-General Lee Tae-shin, Lee Sung-min como General Jeong Sang-ho e Park Hae-joon como Major General Noh Tae-geon. Como muitos fãs já viram, Jung Hae-in também aparece em cenas, mas sua participação é pequena, surgindo brevemente como Major Oh Jin-ho. 

A trama, baseada em fatos reais, se passa no ano de 1979, quando acontece o golpe militar no dia 12 de dezembro. O telespectador é levado em uma viagem até os eventos que se desenrolam após a declaração da lei marcial com a morte do presidente Park Chun-hee [que governou por 18 anos] em 26 de outubro e culminam na ascensão do General Chun Doo-hwan, que se aproveita a posição de chefe de investigação do assassinato do antigo líder de estado e mobiliza oficiais para tomar o poder e se tornar ditador. 

Para quem não está familiarizado com a época da ditadura militar da Coreia do Sul, talvez tenha dificuldade para compreender o contexto político no qual o país se encontrava e entender os primeiros minutos do filme. Apesar disso, é capaz de se manter preso à narrativa e ficar com o coração na boca enquanto acompanha o desenrolar do conflito e o interesse de pesquisar mais sobre o que aconteceu após o golpe para compreender o momento da história.

Mesmo já sabendo que é possível pesquisar na web o desfecho, a forma como o longa-metragem retrata pela primeira vez no cinema de ficção o golpe militar com um misto entre acontecimentos históricos e elementos fictícios faz com que o público rapidamente se veja preso à tela ansioso para saber o que vai acontecer nas próximas cenas. 

Vale lembrar que estamos falando de retratações fictícias de figuras históricas e que usam nomes diferentes na trama. Apesar se o telespectador se sentir inclinado a escolher um lado para torcer, dada a forma como a narrativa coloca os dois homens em um conflito direto, ainda não deixa de ser uma dramatização dos fatos que ocorreram em 1979. O Major General Lee Tae-shin é inspirado em Jang Tae-wan, enquanto Major General Chun Doo-gwang seria Chun Doo-hwan, que posteriormente se torna presidente e fica no poder entre 1980 e 1988. 

As cenas alternam entre os dois lados do conflito, mostrando tanto o plano do General Chun sendo colocado em prática, quanto a luta de Lee Tae-shin, que regia o Comando da Guarnição da Capital, para resistir à tentativa de golpe e manter sua opinião de que os soldados não deveriam tomar medidas políticas. Vemos aqui um conflito direto entre um grupo que impedir o golpe e outro que lidera o movimento de tomada de poder. Ambos os lados causam angústia no público, que fica sem fôlego enquanto vai e volta entre aliados e inimigos, ligações telefônicas interceptadas, reuniões não tão secretas, movimentação de tropas, soldados escolhendo qual general merece sua lealdade e pessoas sucumbindo ao poder no ano que alterou o destino da primavera de Seul. 

Passamos a parte inicial do longa-metragem acompanhando a forma como as forças armadas se organizam após a morte do presidente e vemos o General Jeong, chefe do exército da Coreia do Sul, perceber a sede por poder de Chun e discordar de suas práticas, planejando o transferir para atuar em outra região. Além disso, consegue convencer Lee, em quem confiava, a aceitar a promoção para Comando da Guarnição da Capital, para que pudesse proteger Seul. Enquanto isso, Chu planeja por trás das cortinas prender Jeong. Porém, após a ordem já ter sido dada a seus oficiais, vai até o novo presidente para pedir que ele assine a ordem de prisão. Nesse meio tempo, Lee sua para conseguir juntar que está ao seu lado, pedir que soltem Jeong e tentar bloquear as ruas. 

Grande parte da produção se passa no dia 12 de dezembro, retratando como Lee usa diversas estratégias para impedir o golpe e atrasar o avanço das tropas, movendo aliados na tentativa de resistir. Cenas de ação, drama e angústia são apresentadas aos telespectadores, que vão ficando gradualmente mais aflitos com os acontecimentos até chegar no momento em que Lee acaba sendo rendido pelos inimigos e Chun é bem-sucedido no golpe.

Como era de se esperar do homem que é um dos principais nomes do audiovisual sul-coreano, Jung Woo-sung entrega uma bela performance no papel de general e conquista a simpatia do público. Enquanto isso, Hwang Jung-min mais uma vez prova como é um artista eclético e passa por uma grande transformação para o papel, surgindo quase irreconhecível com a caracterização. Para quem gosta de um bom thriller baseado em fatos históricos e com muita ação, 12.12: O Dia vale cada centavo do ingresso e não vai desperdiçar sua pipoca. 


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Filme <i>12:12: O Dia</i> leva ao cinema golpe militar da Coreia do Sul com cenas carregadas de tensão

Filme 12:12: O Dia leva ao cinema golpe militar da Coreia do Sul com cenas carregadas de tensão

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Finalmente chegou o dia tão aguardado por fãs de cinema sul-coreano! Nesta quinta-feira, dia 24, estreia no Brasil o longa-metragem 12.12: O Dia, que tem direção de Kim Sung-soo e retrata um momento importante da história do país. O ESTRELANDO já assistiu à produção e vai te contar o que esperar dela!

O filme traz no elenco principal Hwang Jung-min como Major General Chun Doo-gwang, Jung Woo-sung como Major-General Lee Tae-shin, Lee Sung-min como General Jeong Sang-ho e Park Hae-joon como Major General Noh Tae-geon. Como muitos fãs já viram, Jung Hae-in também aparece em cenas, mas sua participação é pequena, surgindo brevemente como Major Oh Jin-ho. 

A trama, baseada em fatos reais, se passa no ano de 1979, quando acontece o golpe militar no dia 12 de dezembro. O telespectador é levado em uma viagem até os eventos que se desenrolam após a declaração da lei marcial com a morte do presidente Park Chun-hee [que governou por 18 anos] em 26 de outubro e culminam na ascensão do General Chun Doo-hwan, que se aproveita a posição de chefe de investigação do assassinato do antigo líder de estado e mobiliza oficiais para tomar o poder e se tornar ditador. 

Para quem não está familiarizado com a época da ditadura militar da Coreia do Sul, talvez tenha dificuldade para compreender o contexto político no qual o país se encontrava e entender os primeiros minutos do filme. Apesar disso, é capaz de se manter preso à narrativa e ficar com o coração na boca enquanto acompanha o desenrolar do conflito e o interesse de pesquisar mais sobre o que aconteceu após o golpe para compreender o momento da história.

Mesmo já sabendo que é possível pesquisar na web o desfecho, a forma como o longa-metragem retrata pela primeira vez no cinema de ficção o golpe militar com um misto entre acontecimentos históricos e elementos fictícios faz com que o público rapidamente se veja preso à tela ansioso para saber o que vai acontecer nas próximas cenas. 

Vale lembrar que estamos falando de retratações fictícias de figuras históricas e que usam nomes diferentes na trama. Apesar se o telespectador se sentir inclinado a escolher um lado para torcer, dada a forma como a narrativa coloca os dois homens em um conflito direto, ainda não deixa de ser uma dramatização dos fatos que ocorreram em 1979. O Major General Lee Tae-shin é inspirado em Jang Tae-wan, enquanto Major General Chun Doo-gwang seria Chun Doo-hwan, que posteriormente se torna presidente e fica no poder entre 1980 e 1988. 

As cenas alternam entre os dois lados do conflito, mostrando tanto o plano do General Chun sendo colocado em prática, quanto a luta de Lee Tae-shin, que regia o Comando da Guarnição da Capital, para resistir à tentativa de golpe e manter sua opinião de que os soldados não deveriam tomar medidas políticas. Vemos aqui um conflito direto entre um grupo que impedir o golpe e outro que lidera o movimento de tomada de poder. Ambos os lados causam angústia no público, que fica sem fôlego enquanto vai e volta entre aliados e inimigos, ligações telefônicas interceptadas, reuniões não tão secretas, movimentação de tropas, soldados escolhendo qual general merece sua lealdade e pessoas sucumbindo ao poder no ano que alterou o destino da primavera de Seul. 

Passamos a parte inicial do longa-metragem acompanhando a forma como as forças armadas se organizam após a morte do presidente e vemos o General Jeong, chefe do exército da Coreia do Sul, perceber a sede por poder de Chun e discordar de suas práticas, planejando o transferir para atuar em outra região. Além disso, consegue convencer Lee, em quem confiava, a aceitar a promoção para Comando da Guarnição da Capital, para que pudesse proteger Seul. Enquanto isso, Chu planeja por trás das cortinas prender Jeong. Porém, após a ordem já ter sido dada a seus oficiais, vai até o novo presidente para pedir que ele assine a ordem de prisão. Nesse meio tempo, Lee sua para conseguir juntar que está ao seu lado, pedir que soltem Jeong e tentar bloquear as ruas. 

Grande parte da produção se passa no dia 12 de dezembro, retratando como Lee usa diversas estratégias para impedir o golpe e atrasar o avanço das tropas, movendo aliados na tentativa de resistir. Cenas de ação, drama e angústia são apresentadas aos telespectadores, que vão ficando gradualmente mais aflitos com os acontecimentos até chegar no momento em que Lee acaba sendo rendido pelos inimigos e Chun é bem-sucedido no golpe.

Como era de se esperar do homem que é um dos principais nomes do audiovisual sul-coreano, Jung Woo-sung entrega uma bela performance no papel de general e conquista a simpatia do público. Enquanto isso, Hwang Jung-min mais uma vez prova como é um artista eclético e passa por uma grande transformação para o papel, surgindo quase irreconhecível com a caracterização. Para quem gosta de um bom thriller baseado em fatos históricos e com muita ação, 12.12: O Dia vale cada centavo do ingresso e não vai desperdiçar sua pipoca.