X

NOTÍCIAS

Publicada em 09/05/2025 às 00:00 | Atualizada em 08/05/2025 às 16:18

Mouhamed Harfouch fala sobre o monólogo Meu Remédio: -Não poderia estar mais feliz

Em entrevista exclusiva, ator fala sobre o processo de transformar sua história em arte

Mariana Dominingues

Divulgação-Gustavo de Freitas Lara

Há histórias que nascem da dor, outras da memória, Meu Remédio, primeiro monólogo autoral do ator Mouhamed Harfouch, nasceu de ambos. Após anos em busca de um texto que realmente o tocasse, ele percebeu que a história que precisava contar era a sua. Em uma entrevista exclusiva ao ESTRELANDO, Harfouch compartilhou os bastidores emocionais dessa criação.

Eu lia muitos textos, recebia convites, mas nada me tocava de verdade. Foi então que me veio a ideia de escrever sobre mim, sobre meu pai, minha origem, minha dificuldade em aceitar tudo isso. Era a história que eu precisava contar, contou.

O espetáculo levou dois anos para ser finalizado e nasceu de um processo profundo de escrita, dúvidas e superação pessoal.

Enfrentei muitas pausas, crises de autoconfiança, aquele velho alarme falso da síndrome do impostor. Várias vezes pensei: Será que alguém vai querer ouvir essa história?. Mas o João Fonseca, meu diretor, sempre me incentivou a continuar. Ele foi essencial.

Embora parta de experiências delicadas e emocionantes, Meu Remédio é um espetáculo leve, divertido e surpreendentemente engraçado. Mas, como define Mouhamed, é um riso com camadas.

As pessoas gargalham. Mas quando menos esperam, são tocadas num lugar profundo. A peça vira uma chave dentro delas. A Vanessa Gerbelli me disse uma coisa que nunca esqueci: Isso aqui é uma comédia afetiva. E eu concordo com isso. É como se minha história autorizasse o público a olhar para a própria. E isso, para mim, é mágico, explicou.

Durante o processo de escrita da peça, uma perda pegou Mouhamed de surpresa: a morte da sua mãe, algo que mudou tudo na sua trajetória.

Quando efetivamente comecei a correr atrás de levantar os recursos e finalmente ensaiar e levá-la aos palcos, descobrimos que minha mãe estava doente. Lutamos muito, mas ela acabou partindo no carnaval deste ano. Ela não conseguiu ver a peça. Acho que levantar a minha história durante todo esse processo foi muito desafiador, contou.

Hoje a peça tem ainda um significado maior para mim, e toda vez que estou no palco celebro sua vida, a nossa família e a minha história. O palco nos ajuda a transformar tudo, concluiu.

O título da peça já diz tudo! Para Mouhamed, o teatro foi e ainda é o seu principal remédio.

Acho que meu maior remédio foi o teatro, como ele me resgata sempre. Quando achei que o teatro já havia me dado muito, ele vem e me ajuda a atravessar este momento tão delicado de uma partida, a da minha mãe. Viva o teatro e o poder de nos fazer mais fortes.

Durante suas apresentações, o ator foi ficando cada vez mais grato pela recepção do público, resumindo o monólogo em duas palavras: divertido e emocionante. 

O que mais escuto do público é que eles saem felizes, leves e olhando para sua própria origem, seus nomes e suas caminhadas. Isso é muito gratificante. Duas palavras dominam quando as pessoas definem o espetáculo: divertido e emocionante. Não poderia estar mais feliz!

Sobre os próximos passos, o ator está focado em ampliar o alcance do espetáculo. 

Quero muito levar Meu Remédio para São Paulo, e depois para o Brasil todo. Muita gente me escreve pedindo. Mas fazer isso exige estrutura, investimento, planejamento. Estou batalhando por isso, com todo o amor do mundo.

Hoje, ele se declarou parte de um novo time: o da realização. 

Produzir, escrever, atuar. Tudo isso te empodera. Te dá asa, musculatura, te abre portas, caminhos e horizontes. Não quero mais parar! Quando vejo que uma ideia saiu da cabeça, foi para o papel e ganhou vida, ganhou forma, palco e corações, isso é algo muito potente e que dá um sentido lindo para nossa caminhada, explicou.

E se pudesse deixar uma mensagem ao público que assiste sua peça, ele sabe exatamente qual seria: 

A gente pode até tentar fugir da nossa história, mas ela não foge da gente. Ela vai estar sempre ali. E, um dia, vai pedir para ser contada. Foi isso que eu fiz, concluiu Mouhamed.

Deixe um comentário

Atenção! Os comentários do portal Estrelando são via Facebook, lembre-se que o comentário é de inteira responsabilidade do autor, comentários impróprios poderão ser denunciados pelos outros usuários, acarretando até mesmo na perda da conta no Facebook.

Enquete

Qual baby você está mais ansioso para conhecer?

Obrigado! Seu voto foi enviado.

Mouhamed Harfouch fala sobre o monólogo <i>Meu Remédio</i>: -<i>Não poderia estar mais feliz</i>

Mouhamed Harfouch fala sobre o monólogo Meu Remédio: -Não poderia estar mais feliz

08/Mai/

Há histórias que nascem da dor, outras da memória, Meu Remédio, primeiro monólogo autoral do ator Mouhamed Harfouch, nasceu de ambos. Após anos em busca de um texto que realmente o tocasse, ele percebeu que a história que precisava contar era a sua. Em uma entrevista exclusiva ao ESTRELANDO, Harfouch compartilhou os bastidores emocionais dessa criação.

Eu lia muitos textos, recebia convites, mas nada me tocava de verdade. Foi então que me veio a ideia de escrever sobre mim, sobre meu pai, minha origem, minha dificuldade em aceitar tudo isso. Era a história que eu precisava contar, contou.

O espetáculo levou dois anos para ser finalizado e nasceu de um processo profundo de escrita, dúvidas e superação pessoal.

Enfrentei muitas pausas, crises de autoconfiança, aquele velho alarme falso da síndrome do impostor. Várias vezes pensei: Será que alguém vai querer ouvir essa história?. Mas o João Fonseca, meu diretor, sempre me incentivou a continuar. Ele foi essencial.

Embora parta de experiências delicadas e emocionantes, Meu Remédio é um espetáculo leve, divertido e surpreendentemente engraçado. Mas, como define Mouhamed, é um riso com camadas.

As pessoas gargalham. Mas quando menos esperam, são tocadas num lugar profundo. A peça vira uma chave dentro delas. A Vanessa Gerbelli me disse uma coisa que nunca esqueci: Isso aqui é uma comédia afetiva. E eu concordo com isso. É como se minha história autorizasse o público a olhar para a própria. E isso, para mim, é mágico, explicou.

Durante o processo de escrita da peça, uma perda pegou Mouhamed de surpresa: a morte da sua mãe, algo que mudou tudo na sua trajetória.

Quando efetivamente comecei a correr atrás de levantar os recursos e finalmente ensaiar e levá-la aos palcos, descobrimos que minha mãe estava doente. Lutamos muito, mas ela acabou partindo no carnaval deste ano. Ela não conseguiu ver a peça. Acho que levantar a minha história durante todo esse processo foi muito desafiador, contou.

Hoje a peça tem ainda um significado maior para mim, e toda vez que estou no palco celebro sua vida, a nossa família e a minha história. O palco nos ajuda a transformar tudo, concluiu.

O título da peça já diz tudo! Para Mouhamed, o teatro foi e ainda é o seu principal remédio.

Acho que meu maior remédio foi o teatro, como ele me resgata sempre. Quando achei que o teatro já havia me dado muito, ele vem e me ajuda a atravessar este momento tão delicado de uma partida, a da minha mãe. Viva o teatro e o poder de nos fazer mais fortes.

Durante suas apresentações, o ator foi ficando cada vez mais grato pela recepção do público, resumindo o monólogo em duas palavras: divertido e emocionante. 

O que mais escuto do público é que eles saem felizes, leves e olhando para sua própria origem, seus nomes e suas caminhadas. Isso é muito gratificante. Duas palavras dominam quando as pessoas definem o espetáculo: divertido e emocionante. Não poderia estar mais feliz!

Sobre os próximos passos, o ator está focado em ampliar o alcance do espetáculo. 

Quero muito levar Meu Remédio para São Paulo, e depois para o Brasil todo. Muita gente me escreve pedindo. Mas fazer isso exige estrutura, investimento, planejamento. Estou batalhando por isso, com todo o amor do mundo.

Hoje, ele se declarou parte de um novo time: o da realização. 

Produzir, escrever, atuar. Tudo isso te empodera. Te dá asa, musculatura, te abre portas, caminhos e horizontes. Não quero mais parar! Quando vejo que uma ideia saiu da cabeça, foi para o papel e ganhou vida, ganhou forma, palco e corações, isso é algo muito potente e que dá um sentido lindo para nossa caminhada, explicou.

E se pudesse deixar uma mensagem ao público que assiste sua peça, ele sabe exatamente qual seria: 

A gente pode até tentar fugir da nossa história, mas ela não foge da gente. Ela vai estar sempre ali. E, um dia, vai pedir para ser contada. Foi isso que eu fiz, concluiu Mouhamed.