
Biografia de Arlindo Cruz revela lado generoso e também os vícios do sambista
12/Ago/
Na biografia O Sambista Perfeito, escrita pelo jornalista Marcos Salles, é revelado um lado pouco conhecido de Arlindo Cruz, sua grande generosidade. É inegável que ele tinha talento e capacidade para criar sambas sozinho, no entanto o biógrafo conta que ele sempre preferiu trabalhar em parceria, valorizando a colaboração e apoiando os colegas de profissão.
De acordo com o autor, que conviveu com Arlindo desde os anos 1980, a solidariedade do sambista ia além do círculo íntimo. Ele frequentemente ajudava pessoas que nem conhecia, agindo sempre com espontaneidade e boa vontade. Além de seu espírito colaborativo, Arlindo era reconhecido pela criatividade e pela qualidade das composições, que ajudaram a moldar o samba contemporâneo.
Muitas vezes ele nem precisava da parceria, podia resolver tudo sozinho, mas fazia questão do parceiro. Ele era fiel à sua religião [o candomblé], mas abraçando a todas, sem dar espaço para a intolerância. Assim é Arlindo Cruz, um verdadeiro mestre da música e que tem feito muita falta. Das suas músicas, das suas gargalhadas, das suas pilhas sempre zoando alguém, da sua liderança serena, afirma Marcos.
O biógrafo também ressalta o amor de Arlindo pelo trabalho:
O trabalho dele era a música, o trabalho dele era o samba, era cantar, tocar, compor. E ele fazia isso com uma alegria imensa como poucos. Ele queria fazer samba todo dia, ele queria tocar aquele banjo todo dia. Quando não estava tocando, ele estava ouvindo uma ópera, ouvindo uma música francesa para alargar os seus conhecimentos de melodia.
Apesar da personalidade ímpar, Arlindo também é retratado com uma visão que poucos conheciam. Em um dos capítulos do livro, Arlindinho, filho mais velho do sambista, dá seu relato a respeito dos vícios do pai. Ele conta que Arlindo estava longe das drogas desde 2017, ano em que sofreu o AVC.
Ele chegou a parar. O início de 2017, ano do AVC, foi disparado o melhor dele. Não bebia, só fumava maconha, que dizia que não ia parar nunca. Falaram que ele estava cheirado no dia do AVC. Zero. Não estava (sob efeitos da cocaína). É claro que o histórico atrapalhou na recuperação, mas meu pai estava limpo. Há uns sete, oito meses sem cheirar.
Já em uma entrevista para o canal do YouTube de Rica Perrone, Arlindinho explica que o pai sempre foi aberto ao falar do uso de drogas:
- Eu sempre soube. Ele contou quando eu tinha uns 11 anos de idade. Peguei aversão a essa droga. Tenho amigos que usam, eu não uso, mas respeito. Nunca tive a menor curiosidade de experimentar cocaína. Minha vibe é completamente outra. Mesmo sendo esse cara maravilhoso, ele tinha uma fraqueza, um vício que mexe muito com o sistema nervoso central. Meu pai só fez mal para ele mesmo. Ele foi bom para todo mundo, melhor pai do mundo, melhor amigo do mundo, se você conversar com 100 pessoas, 99 gostam dele e uma não vai gostar porque pegou ele num dia ruim.
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