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Publicada em 11/08/2025 às 00:00 | Atualizada em 11/08/2025 às 10:16

Elenco de Carlota Joaquina, Princesa do Brazil revela sentimentos de rever o filme 30 anos após a estreia

O longa-metragem volta aos cinemas no dia 14 de julho para comemorar o aniversário

Bárbara More

Divulgação

Um dos marcos da retomada da produção cinematográfica no Brasil, o filme Carlota Joaquina, Princesa do Brazil volta a ser exibido para comemorar o aniversário de 30 anos da estreia. Marieta Severo, Marco Nanini, Marcos Palmeira e Ludmila Dyer se reuniram com a diretora Carla Camurati e a produtora Bianca de Felippes em coletiva de imprensa, da qual o ESTRELANDO participou, para falar sobre o trabalho no longa-metragem.

O elenco da produção, que será oficialmente relançado nos cinemas no dia 14 de julho, relembrou histórias de bastidores do trabalho e contou qual foi a sensação de reassistir o filme após três décadas e notar que ele mantém o mesmo frescos e segue muito atual. 

O longa marcou o primeiro papel de Ludmila Dayer, que tinha apenas dez anos de idade e nunca havia atuado antes e recebeu o convite para fazer Carlotinha, a versão infantil da princesa. Ao ter a oportunidade de ver as cenas novamente, ela confessa que as viu com um outro olhar. 

- Primeiro que eu não me reconhecia, não fiz nenhuma conexão comigo, é como se eu estivesse assistindo uma outra pessoa. Então, foi interessante porque eu pude ver o filme como espectadora mesmo. Até na minha parte, inclusive, gostei muito de mim. O filme, ele é tão bom. 

Enquanto estava sentada na sala, chegou a se emocionar e ficar arrepiada: 

- Eu estava sentada lá com a Marieta e o Nanini e eu queria abraçar eles o tempo inteiro, porque eu falava: Meu Deus, como eles são excelentes. E eu fiquei emocionada, fiquei muito arrepiada. O filme é tão atual, a gente consegue aplicar ele para os dias de hoje.

Para a artista, a produção representa um divisor de águas e o relançamento chega para lembrá-la de onde sua trajetória começou: 

- Não é todo dia que você tem uma oportunidade de rever o que se passou na sua vida 30 anos atrás como um filme, literalmente. Foi um déjà vu constante que a gente estava vivendo ontem. Para mim é a vida colocando na minha frente: Isso que aconteceu é o que fez você estar hoje onde você está. Então foi uma oportunidade não só de pensar no meu caminho profissional, mas como eu me transformei num ser humano. Carlota mudou meu curso ali, tudo podia ter sido diferente na minha vida se não fosse o filme. Foi um divisor de águas, até agora eu encho o olho de lágrimas, fico muito emocionada.

Marieta Severo, que deu vida à protagonista em sua fase adulta, conta que esta é a primeira vez em 30 anos que assistiu Carlota Joaquina, Princesa do Brazil novamente e se viu vibrando pelo trabalho, que acredita ter atravessa muito bem o tempo. 

- Eu não tinha revisto o filme, realmente há 30 anos eu não via o filme. A primeira sensação foi de vibrar com o que a gente fez ali. E ver que ia chegar a essa plateia agora com mesmo vigor, com a mesma força que chegou há 30 anos. Eu tive certeza disso. Então isso foi muito bom, porque a gente nunca sabe, né? Às vezes as obras são muito circunstanciais, elas não atravessam tão bem o tempo e esse filme atravessou muito bem o tempo. 

E completa: 

- A sensação e ver a gente há 30 anos, eu com os meus cabelos negros, que eu já os tive, não os tenho mais, mas enfim... Foi muito emocionante. A gente está aqui com uma convicção de que esse filme, da mesma maneira que ele alcançou os espectadores na época, pode também ter uma chegada muito bonita, gostosa, muito divertida para esse público de agora. A gente fez com muita seriedade aquilo.

Um fato curioso é que a atriz não se lembrava que Carlota não falava português e se comunicava apenas em espanhol durante todas as cenas. 

- Eu não lembrava que a Carlota falava espanhol o tempo todo e eu estudei isso com muito afinco. Foi muito bonito, um momento muito especial para a gente, ter tido a chance de fazer isso tudo com esse filme e ele vir a ocupar o espaço que eu acho que ele vai ocupar de novo.

Marco Nanini, que fazia o Rei Dom João IV, diz que, ao longo dos anos, apenas chegou a reassistir pequenos trechos e reflete sobre as características do filme, que foi feito com muito cuidado por toda a equipe e elenco. 

- Nunca mais, eu vi o filme, eu vi uma ou outra cena. Gostei muito de ver o filme, porque acho que não envelheceu, está lá, é uma chanchada mais ou menos. Não é um deslavada, mas tem um quê da nossa história também. O brasileiro tem essa coisa da chanchada e o filme tem um pouco disso, mas foi todo muito dosado, com muito cuidado pelas produtoras, diretoras e artistas todos envolvidos. 

O ator revela qual foi o maior ensinamento que adquiriu do trabalho e destaca como todos os envolvidos se ajudavam durante as gravações. 

- Os cenários eram belíssimos porque eram feitos com muito carinho, muito amor. Então o filme todo foi feito nesta temperatura de: nós todos nos entendemos, nós todos ajudamos uns aos outros. Foi uma época mágica, porque a gente teve dificuldades. Esse clima todo faz com que a gente admire os outros. Dentro do trabalho, você sente um carisma, uma ternura pelo trabalho dessa pessoa e isso também enriquece seu personagem, porque você está dentro de uma atmosfera de colegas todos muito bons e humanos. Esse foi o maior aprendizado que tive e pude ver isso ontem.

Marcos Palmeira revela que já gostava do longa-metragem, mas agora o considera melhor ainda. O ator, que aparecia em cena como Dom Pedro I, também apreciou o filme com um novo olhar e está confiante que o público se encantará novamente. 

- Eu lembro de na época ter visto o filme, me critiquei bastante. Achava o filme muito bom, mas quando eu vi ontem me distanciei e achei o filme melhor ainda do que eu tinha visto. Ele cresceu muito mais assim aos meus olhos, consegui me distanciar a me surpreender comigo, que é uma coisa difícil. A gente é sempre muito crítico em trabalho da gente. Achei o trabalho todo brilhante. Também não lembrava dessa coisa que a Marieta fala espanhol o tempo inteiro. 30 anos depois, o filme ainda tem esse frescor de uma nova estreia. Estou confiante que o público vai curtir e muito feliz de estar participando disso.


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Elenco de <i>Carlota Joaquina, Princesa do Brazil</i> revela sentimentos de rever o filme 30 anos após a estreia

Elenco de Carlota Joaquina, Princesa do Brazil revela sentimentos de rever o filme 30 anos após a estreia

11/Ago/

Um dos marcos da retomada da produção cinematográfica no Brasil, o filme Carlota Joaquina, Princesa do Brazil volta a ser exibido para comemorar o aniversário de 30 anos da estreia. Marieta Severo, Marco Nanini, Marcos Palmeira e Ludmila Dyer se reuniram com a diretora Carla Camurati e a produtora Bianca de Felippes em coletiva de imprensa, da qual o ESTRELANDO participou, para falar sobre o trabalho no longa-metragem.

O elenco da produção, que será oficialmente relançado nos cinemas no dia 14 de julho, relembrou histórias de bastidores do trabalho e contou qual foi a sensação de reassistir o filme após três décadas e notar que ele mantém o mesmo frescos e segue muito atual. 

O longa marcou o primeiro papel de Ludmila Dayer, que tinha apenas dez anos de idade e nunca havia atuado antes e recebeu o convite para fazer Carlotinha, a versão infantil da princesa. Ao ter a oportunidade de ver as cenas novamente, ela confessa que as viu com um outro olhar. 

- Primeiro que eu não me reconhecia, não fiz nenhuma conexão comigo, é como se eu estivesse assistindo uma outra pessoa. Então, foi interessante porque eu pude ver o filme como espectadora mesmo. Até na minha parte, inclusive, gostei muito de mim. O filme, ele é tão bom. 

Enquanto estava sentada na sala, chegou a se emocionar e ficar arrepiada: 

- Eu estava sentada lá com a Marieta e o Nanini e eu queria abraçar eles o tempo inteiro, porque eu falava: Meu Deus, como eles são excelentes. E eu fiquei emocionada, fiquei muito arrepiada. O filme é tão atual, a gente consegue aplicar ele para os dias de hoje.

Para a artista, a produção representa um divisor de águas e o relançamento chega para lembrá-la de onde sua trajetória começou: 

- Não é todo dia que você tem uma oportunidade de rever o que se passou na sua vida 30 anos atrás como um filme, literalmente. Foi um déjà vu constante que a gente estava vivendo ontem. Para mim é a vida colocando na minha frente: Isso que aconteceu é o que fez você estar hoje onde você está. Então foi uma oportunidade não só de pensar no meu caminho profissional, mas como eu me transformei num ser humano. Carlota mudou meu curso ali, tudo podia ter sido diferente na minha vida se não fosse o filme. Foi um divisor de águas, até agora eu encho o olho de lágrimas, fico muito emocionada.

Marieta Severo, que deu vida à protagonista em sua fase adulta, conta que esta é a primeira vez em 30 anos que assistiu Carlota Joaquina, Princesa do Brazil novamente e se viu vibrando pelo trabalho, que acredita ter atravessa muito bem o tempo. 

- Eu não tinha revisto o filme, realmente há 30 anos eu não via o filme. A primeira sensação foi de vibrar com o que a gente fez ali. E ver que ia chegar a essa plateia agora com mesmo vigor, com a mesma força que chegou há 30 anos. Eu tive certeza disso. Então isso foi muito bom, porque a gente nunca sabe, né? Às vezes as obras são muito circunstanciais, elas não atravessam tão bem o tempo e esse filme atravessou muito bem o tempo. 

E completa: 

- A sensação e ver a gente há 30 anos, eu com os meus cabelos negros, que eu já os tive, não os tenho mais, mas enfim... Foi muito emocionante. A gente está aqui com uma convicção de que esse filme, da mesma maneira que ele alcançou os espectadores na época, pode também ter uma chegada muito bonita, gostosa, muito divertida para esse público de agora. A gente fez com muita seriedade aquilo.

Um fato curioso é que a atriz não se lembrava que Carlota não falava português e se comunicava apenas em espanhol durante todas as cenas. 

- Eu não lembrava que a Carlota falava espanhol o tempo todo e eu estudei isso com muito afinco. Foi muito bonito, um momento muito especial para a gente, ter tido a chance de fazer isso tudo com esse filme e ele vir a ocupar o espaço que eu acho que ele vai ocupar de novo.

Marco Nanini, que fazia o Rei Dom João IV, diz que, ao longo dos anos, apenas chegou a reassistir pequenos trechos e reflete sobre as características do filme, que foi feito com muito cuidado por toda a equipe e elenco. 

- Nunca mais, eu vi o filme, eu vi uma ou outra cena. Gostei muito de ver o filme, porque acho que não envelheceu, está lá, é uma chanchada mais ou menos. Não é um deslavada, mas tem um quê da nossa história também. O brasileiro tem essa coisa da chanchada e o filme tem um pouco disso, mas foi todo muito dosado, com muito cuidado pelas produtoras, diretoras e artistas todos envolvidos. 

O ator revela qual foi o maior ensinamento que adquiriu do trabalho e destaca como todos os envolvidos se ajudavam durante as gravações. 

- Os cenários eram belíssimos porque eram feitos com muito carinho, muito amor. Então o filme todo foi feito nesta temperatura de: nós todos nos entendemos, nós todos ajudamos uns aos outros. Foi uma época mágica, porque a gente teve dificuldades. Esse clima todo faz com que a gente admire os outros. Dentro do trabalho, você sente um carisma, uma ternura pelo trabalho dessa pessoa e isso também enriquece seu personagem, porque você está dentro de uma atmosfera de colegas todos muito bons e humanos. Esse foi o maior aprendizado que tive e pude ver isso ontem.

Marcos Palmeira revela que já gostava do longa-metragem, mas agora o considera melhor ainda. O ator, que aparecia em cena como Dom Pedro I, também apreciou o filme com um novo olhar e está confiante que o público se encantará novamente. 

- Eu lembro de na época ter visto o filme, me critiquei bastante. Achava o filme muito bom, mas quando eu vi ontem me distanciei e achei o filme melhor ainda do que eu tinha visto. Ele cresceu muito mais assim aos meus olhos, consegui me distanciar a me surpreender comigo, que é uma coisa difícil. A gente é sempre muito crítico em trabalho da gente. Achei o trabalho todo brilhante. Também não lembrava dessa coisa que a Marieta fala espanhol o tempo inteiro. 30 anos depois, o filme ainda tem esse frescor de uma nova estreia. Estou confiante que o público vai curtir e muito feliz de estar participando disso.