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Publicada em 17/08/2025 às 15:45 | Atualizada em 17/08/2025 às 15:45

Aos 46 anos de idade, Débora Falabella reflete sobre amadurecimento: Traz mais tranquilidade do que aflição

A atriz que está em cartaz com o monólogo Prima Facie ainda falou sobre sua opinião a respeito da exposição na mídia

Da Redação

AgNews

Débora Falabella compartilhou uma reflexão genuína sobre essa nova fase da vida, marcada por autoconhecimento e uma serenidade construía com o tempo, em entrevista ao jornal O Globo. Aos 46 anos de idade, ela afirma sentir mais tranquilidade do que aflição, um estado de espírito que tem transformado sua relação com o corpo, a carreira e a própria imagem. A atriz refletiu a respeito dos benefícios do amadurecimento e, também, falou sobre padrões de beleza e o momento da alta dos procedimentos estéticos na sociedade.

O amadurecimento me traz mais tranquilidade do que aflição. Temos que trabalhar a inteligência emocional, porque nos vemos envelhecendo a cada trabalho. Mas, para mim, isso se dá de um jeito mais natural do que passar por um monte de procedimentos e não me reconhecer naquele rosto. Há mulheres mais velhas que admiro e considero bonitas. Quando você vê beleza no envelhecer, fica mais fácil, explica. 

Débora que sempre manteve uma linha mais discreta na vida pessoal, pontuou a respeito do que pensa sobre a exposição midiática. 

Sempre enxerguei a exposição como algo que não é natural e, quando ultrapasso esse limite, me sinto mal. Prefiro que o foco esteja na profissão. Muitas pessoas me chamam pelos nomes das personagens, e isso nunca foi um incômodo. Estão lembrando de mim pelo trabalho e não pela pessoa física. 

Em cartaz com o monólogo Prima Facie que já bateu 80 mil espectadores, aborda um tema bastante delicado. Por duas horas, Débora vive a advogada Tessa. Uma profissional bem-sucedida que, sofre um estupro, e fala a respeito do machismo no sistema judicial e revê as próprias convicções sobre o ofício. Na entrevista, a famosa conta que a reação do público em meio ao relato do estupro durante a peça é como se estivessem caindo com ela em um abismo, já que fica um silencio sepulcral no teatro, já após o espetáculo, mulheres a param para falar sobre a trama. 

Muitas mulheres esperam para falar comigo. Comentam o monólogo e, num tom meio catártico, começam a contar sobre algo que viveram. Há também uma plateia masculina, homens que dizem que vão repensar muitas coisas, conta. 

Questionada se já sofreu assedio ao longo da vida, Débora conta que não, mas que as mulheres sempre passam por situações em relacionamentos, mesmo que por uma única noite, que identificam algum sinal de violência. 

Não vivi algo extremamente marcante, que possa confirmar. Mas nós, como mulheres, passamos por relacionamentos ou situações, mesmo que por uma noite, em que olhamos para trás e entendemos ter vivido algum tipo de violência ou algo que não tivemos força para dizer não. No trabalho, sempre fui considerada uma pessoa tímida e introspectiva. Como comecei muito nova, no teatro aos 16 anos e na TV aos 19, era uma maneira de me proteger num ambiente que pode ser muito abusivo. Hoje vejo isso de uma forma ruim, porque talvez tenha me impedido de me comunicar mais com as pessoas ao longo da vida.

A densidade do papel exige bastante preparação e ela conta como faz para estar pronta para interpretar durante longas horas:

A peça me fez mudar o estilo de vida. Sempre me cuidei, mas precisei entender realmente o corpo e a voz como instrumentos. E estou próxima de um climatério, em que ficamos com uma disposição diferente. A minha fono é a mesma da Ivete Sangalo e brinco que preciso de um treinamento que me permita estar num trio elétrico. Saio do espetáculo muito cansada e, se tenho uma semana agitada, isso reflete na peça.

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Aos 46 anos de idade, Débora Falabella reflete sobre amadurecimento: <i>Traz mais tranquilidade do que aflição</i>

Aos 46 anos de idade, Débora Falabella reflete sobre amadurecimento: Traz mais tranquilidade do que aflição

17/Ago/

Débora Falabella compartilhou uma reflexão genuína sobre essa nova fase da vida, marcada por autoconhecimento e uma serenidade construía com o tempo, em entrevista ao jornal O Globo. Aos 46 anos de idade, ela afirma sentir mais tranquilidade do que aflição, um estado de espírito que tem transformado sua relação com o corpo, a carreira e a própria imagem. A atriz refletiu a respeito dos benefícios do amadurecimento e, também, falou sobre padrões de beleza e o momento da alta dos procedimentos estéticos na sociedade.

O amadurecimento me traz mais tranquilidade do que aflição. Temos que trabalhar a inteligência emocional, porque nos vemos envelhecendo a cada trabalho. Mas, para mim, isso se dá de um jeito mais natural do que passar por um monte de procedimentos e não me reconhecer naquele rosto. Há mulheres mais velhas que admiro e considero bonitas. Quando você vê beleza no envelhecer, fica mais fácil, explica. 

Débora que sempre manteve uma linha mais discreta na vida pessoal, pontuou a respeito do que pensa sobre a exposição midiática. 

Sempre enxerguei a exposição como algo que não é natural e, quando ultrapasso esse limite, me sinto mal. Prefiro que o foco esteja na profissão. Muitas pessoas me chamam pelos nomes das personagens, e isso nunca foi um incômodo. Estão lembrando de mim pelo trabalho e não pela pessoa física. 

Em cartaz com o monólogo Prima Facie que já bateu 80 mil espectadores, aborda um tema bastante delicado. Por duas horas, Débora vive a advogada Tessa. Uma profissional bem-sucedida que, sofre um estupro, e fala a respeito do machismo no sistema judicial e revê as próprias convicções sobre o ofício. Na entrevista, a famosa conta que a reação do público em meio ao relato do estupro durante a peça é como se estivessem caindo com ela em um abismo, já que fica um silencio sepulcral no teatro, já após o espetáculo, mulheres a param para falar sobre a trama. 

Muitas mulheres esperam para falar comigo. Comentam o monólogo e, num tom meio catártico, começam a contar sobre algo que viveram. Há também uma plateia masculina, homens que dizem que vão repensar muitas coisas, conta. 

Questionada se já sofreu assedio ao longo da vida, Débora conta que não, mas que as mulheres sempre passam por situações em relacionamentos, mesmo que por uma única noite, que identificam algum sinal de violência. 

Não vivi algo extremamente marcante, que possa confirmar. Mas nós, como mulheres, passamos por relacionamentos ou situações, mesmo que por uma noite, em que olhamos para trás e entendemos ter vivido algum tipo de violência ou algo que não tivemos força para dizer não. No trabalho, sempre fui considerada uma pessoa tímida e introspectiva. Como comecei muito nova, no teatro aos 16 anos e na TV aos 19, era uma maneira de me proteger num ambiente que pode ser muito abusivo. Hoje vejo isso de uma forma ruim, porque talvez tenha me impedido de me comunicar mais com as pessoas ao longo da vida.

A densidade do papel exige bastante preparação e ela conta como faz para estar pronta para interpretar durante longas horas:

A peça me fez mudar o estilo de vida. Sempre me cuidei, mas precisei entender realmente o corpo e a voz como instrumentos. E estou próxima de um climatério, em que ficamos com uma disposição diferente. A minha fono é a mesma da Ivete Sangalo e brinco que preciso de um treinamento que me permita estar num trio elétrico. Saio do espetáculo muito cansada e, se tenho uma semana agitada, isso reflete na peça.