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Publicada em 01/09/2025 às 07:35 | Atualizada em 01/09/2025 às 10:11

Usando cadeira de rodas, Carlinhos de Jesus se emociona ao falar sobre rotina de tratamentos

O ícone da dança convive com uma doença autoimune que inflama e danifica a bainha de mielina

Da Redação

Divulgação-TV Globo

Desde que precisou ficar internado, em junho deste ano, por conta de uma doença autoimune que inflama e danifica a bainha de mielina (camada protetora dos nervos que levam ao corpo os comandos cerebrais pros nossos movimentos), Carlinhos de Jesus vem compartilhando detalhes de sua rotina de tratamentos, exercícios e superação para voltar a dançar e poder deixar a cadeira de rodas. E na noite do último domingo, dia 31, o ícone da dança deu uma entrevista muito sincera ao Fantástico, quando explicou melhor o seu quadro e mostrou como está sendo a sua evolução.

Para quem não acompanhou, além da doença autoimune, o dançarino também foi diagnosticado com uma inflamação nos quadris e uma tendinite nos glúteos. Aliás, há três anos Carlinhos já vinha sentindo a perna direita perder a força, mas sem dores. No entanto, em junho ele começou a sofrer com desconfortos terríveis:

- Eu estava no Rio Grande do Sul e comecei a sentir uma dor que eu não conseguia botar o pé no chão, não conseguia andar. Umas fisgadas, aí passava. Dava mais três ou quatro passos e doía novamente. Quando eu cheguei no Rio de Janeiro comecei a sentir uma dor, não conseguia andar. Cheguei a cair. Fomos a um médico de quadril e ele recomendou a internação: era tanta dor que a medicação para eu dormir era morfina, relembra. 

Por conta disso, hoje o tratamento de Carlinhos tem imunoterapia, para fortalecer as defesas naturais do organismo, assim como musculação e exercícios funcionais. 

- Eles querem me estabilizar para que isso não se agrave. A minha cabeça é viver o hoje, mas quando eu penso: E o amanhã?. Aí é que eu começo a me apavorar. Porque como é que eu vou viver? É um tempo de paciência, resiliência, calma. De calma para que eu possa caminhar, diz o dançarino, emocionado. 

E ele ainda finaliza, ao lembrar a morte do filho, Carlos Eduardo, assassinado em 2011:

- Já levei tantas rasteiras, tanta pancada. A última dói até hoje. Mas todas as grandes perdas que eu tive na minha vida, a dança me salvou. Sempre foi o meu esteio, o meu divã. Agora eu não tenho esse divã.

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Usando cadeira de rodas, Carlinhos de Jesus se emociona ao falar sobre rotina de tratamentos

Usando cadeira de rodas, Carlinhos de Jesus se emociona ao falar sobre rotina de tratamentos

01/Set/

Desde que precisou ficar internado, em junho deste ano, por conta de uma doença autoimune que inflama e danifica a bainha de mielina (camada protetora dos nervos que levam ao corpo os comandos cerebrais pros nossos movimentos), Carlinhos de Jesus vem compartilhando detalhes de sua rotina de tratamentos, exercícios e superação para voltar a dançar e poder deixar a cadeira de rodas. E na noite do último domingo, dia 31, o ícone da dança deu uma entrevista muito sincera ao Fantástico, quando explicou melhor o seu quadro e mostrou como está sendo a sua evolução.

Para quem não acompanhou, além da doença autoimune, o dançarino também foi diagnosticado com uma inflamação nos quadris e uma tendinite nos glúteos. Aliás, há três anos Carlinhos já vinha sentindo a perna direita perder a força, mas sem dores. No entanto, em junho ele começou a sofrer com desconfortos terríveis:

- Eu estava no Rio Grande do Sul e comecei a sentir uma dor que eu não conseguia botar o pé no chão, não conseguia andar. Umas fisgadas, aí passava. Dava mais três ou quatro passos e doía novamente. Quando eu cheguei no Rio de Janeiro comecei a sentir uma dor, não conseguia andar. Cheguei a cair. Fomos a um médico de quadril e ele recomendou a internação: era tanta dor que a medicação para eu dormir era morfina, relembra. 

Por conta disso, hoje o tratamento de Carlinhos tem imunoterapia, para fortalecer as defesas naturais do organismo, assim como musculação e exercícios funcionais. 

- Eles querem me estabilizar para que isso não se agrave. A minha cabeça é viver o hoje, mas quando eu penso: E o amanhã?. Aí é que eu começo a me apavorar. Porque como é que eu vou viver? É um tempo de paciência, resiliência, calma. De calma para que eu possa caminhar, diz o dançarino, emocionado. 

E ele ainda finaliza, ao lembrar a morte do filho, Carlos Eduardo, assassinado em 2011:

- Já levei tantas rasteiras, tanta pancada. A última dói até hoje. Mas todas as grandes perdas que eu tive na minha vida, a dança me salvou. Sempre foi o meu esteio, o meu divã. Agora eu não tenho esse divã.