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Publicada em 11/10/2025 às 15:30 | Atualizada em 11/10/2025 às 15:33

Mateus Solano afirma que já expressava dar pinta muito antes de interpretar Félix: Empresto meus trejeitos para o personagem

O ator ainda criticou a remuneração dos artistas em reprises e transmissões nas plataformas de streaming

Da Redação

Divulgação - TV Globo

Mateus Solano resolveu responder às especulações que surgem desde que interpretou o icônico vilão Félix, na novela Amor à Vida. Em entrevista à coluna Gente, da revista Veja, ele afirmou que sempre demonstrou trejeitos considerados afeminados, ou dar pinta, nas palavras populares, muito antes de encarnar o personagem que se tornou marca registrada de sua carreira.

Lembro que depois do Félix as pessoas falavam: Ih, agora o personagem não sai dele, está lá dando pinta e coisa e tal. Falo: Gente, dou pinta muito antes do Félix. Aliás, emprestei a minha pinta para o Félix e não contrário. 

Ele foi além ao explicar que, na verdade, utiliza suas próprias expressões e comportamentos para dar vida aos personagens:

Sou eu que empresto as minhas ferramentas e os meus trejeitos para o personagem, e não o contrário, afirmou. 

Quando questionado sobre críticas ou especulações, respondeu: 

Não me incomoda absolutamente. 

Mateus ainda celebrou o impacto de Félix em sua carreira, já que o personagem ajudou a levar ao debate temas como identidade de gênero e preconceito. Ele declarou que é gratificante usar sua arte para gerar reflexões profundas e servir como instrumento de mudança social: 

Fazer um país inteiro parar para discutir preconceitos é a coisa mais forte para um artista. É o que quero no teatro, é o que quero para meus personagens. 

Além disso, o ator aproveitou para criticar a remuneração dos artistas em reprises e transmissões nas plataformas de streaming

O justo é pagar, mas é o mais difícil de acontecer, cada vez mais. Estamos lutando ali pelos 12%, no caso do dinheiro que a Netflix não paga, e não paga imposto e recolhe tudo que ela ganha aqui no Brasil. A gente luta para que 12% dessa grana fique no Brasil, para ser investida em produto nacional.

Ele destacou a necessidade de garantir direitos autorais justos para que a cultura continue sendo valorizada no país.

Cada vez mais, com a pulverização da nossa imagem, enquanto as pessoas vendem comercial para passar entre o nosso trabalho, a gente não ganha nada com isso. E no final das contas somos a razão para passar de novo a novela. Se vai passar a novela do Félix, por que senão para ver o Félix? E vai assistir ao comercial. Portanto, a gente precisa rever isso, né? Multiplicam-se as formas de explorar o nosso trabalho, mas não se multiplicam as formas de nos remunerar. 


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Mateus Solano afirma que já expressava <i>dar pinta</i> muito antes de interpretar Félix: <i>Empresto meus trejeitos para o personagem</i>

Mateus Solano afirma que já expressava dar pinta muito antes de interpretar Félix: Empresto meus trejeitos para o personagem

11/Out/

Mateus Solano resolveu responder às especulações que surgem desde que interpretou o icônico vilão Félix, na novela Amor à Vida. Em entrevista à coluna Gente, da revista Veja, ele afirmou que sempre demonstrou trejeitos considerados afeminados, ou dar pinta, nas palavras populares, muito antes de encarnar o personagem que se tornou marca registrada de sua carreira.

Lembro que depois do Félix as pessoas falavam: Ih, agora o personagem não sai dele, está lá dando pinta e coisa e tal. Falo: Gente, dou pinta muito antes do Félix. Aliás, emprestei a minha pinta para o Félix e não contrário. 

Ele foi além ao explicar que, na verdade, utiliza suas próprias expressões e comportamentos para dar vida aos personagens:

Sou eu que empresto as minhas ferramentas e os meus trejeitos para o personagem, e não o contrário, afirmou. 

Quando questionado sobre críticas ou especulações, respondeu: 

Não me incomoda absolutamente. 

Mateus ainda celebrou o impacto de Félix em sua carreira, já que o personagem ajudou a levar ao debate temas como identidade de gênero e preconceito. Ele declarou que é gratificante usar sua arte para gerar reflexões profundas e servir como instrumento de mudança social: 

Fazer um país inteiro parar para discutir preconceitos é a coisa mais forte para um artista. É o que quero no teatro, é o que quero para meus personagens. 

Além disso, o ator aproveitou para criticar a remuneração dos artistas em reprises e transmissões nas plataformas de streaming

O justo é pagar, mas é o mais difícil de acontecer, cada vez mais. Estamos lutando ali pelos 12%, no caso do dinheiro que a Netflix não paga, e não paga imposto e recolhe tudo que ela ganha aqui no Brasil. A gente luta para que 12% dessa grana fique no Brasil, para ser investida em produto nacional.

Ele destacou a necessidade de garantir direitos autorais justos para que a cultura continue sendo valorizada no país.

Cada vez mais, com a pulverização da nossa imagem, enquanto as pessoas vendem comercial para passar entre o nosso trabalho, a gente não ganha nada com isso. E no final das contas somos a razão para passar de novo a novela. Se vai passar a novela do Félix, por que senão para ver o Félix? E vai assistir ao comercial. Portanto, a gente precisa rever isso, né? Multiplicam-se as formas de explorar o nosso trabalho, mas não se multiplicam as formas de nos remunerar.