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Publicada em 03/02/2021 às 01:00 | Atualizada em 02/02/2021 às 19:08

Conhecido por dirigir animações, Carlos Saldanha fala sobre sua estreia em live-actions na série Cidade Invisível

O cineasta ficou famoso por seus trabalhos nas franquias A Era do Gelo e Rio

Da Redação

Alisson Louback-Netflix

Carlos Saldanha é um dos cineastas brasileiros mais reconhecidos em Hollywood. A carreira do diretor ganhou visibilidade na franquia de animação A Era do Gelo, e com o sucesso, ele conseguiu retratar o Brasil lá fora nas animações Rio e Rio 2. Agora, Saldanha se prepara para ver a reação do público ao seu primeiro trabalho live-action para a televisão: a série Cidade Invisível, que estreia na Netflix na próxima sexta-feira, dia 5. 

O ESTRELANDO esteve na coletiva de imprensa de divulgação da série, em que Carlos contou quais as principais semelhanças e diferenças em fazer animações e uma produção live-action:

- Eu já estava querendo há um tempo, eu até fiz um curta para o filme Rio, eu te amo, e peguei um gostinho pela coisa. E quando teve essa oportunidade eu agarrei com unhas e dentes. Eu sempre gosto de aprendizado, mesmo fazendo filmes de animação, eu quero que cada filme seja diferente um do outro. E quando apareceu essa ideia, foi justamente ir atrás disso, ver se eu conseguia executar. E foi muito interessante porque o processo criativo é muito parecido. Você criar personagens, você criar diálogos, é um processo longo, é demorado, como é na animação. O que muda é quando você está lá para gravar. (...) Você está ali nas locações, vendo o ator na cena, foi uma experiência sensorial que eu não tinha na animação. Você sente o cheiro da chuva, da mata, sentir na pele a cena é uma coisa única. E quando você vê os personagens se transformarem nessa cena, é incrível. No final da filmagem eu saí chorando, foi muito bom.

Cidade Invisível conta a história de Eric, vivido por Marco Pigossi, um policial ambiental atordoado pela morte da esposa. Ao investigar o que realmente aconteceu, Eric descobre que as lendas sobre as quais sempre ouviu falar fossem reais estão entre eles, escondidas. E essa ideia foi o pontapé inicial para o projeto, conforme contou Saldanha:

- A ideia veio da minha cabeça de querer trazer uma brasilidade para uma coisa mais contemporânea. Eu sempre gostei de folclore, de histórias, de cultura brasileira no geral. A gente cresce ouvindo Sítio do Pica-Pau Amarelo, aquela coisa. É uma roupagem para aquela história, mas qual seria a minha interpretação da história? E foi aí que eu tive essa ideia de fazer, e então que eu comecei a trabalhar nessa ideia, e trazer esses personagens.

O cineasta também revelou como o projeto chegou até a Netflix:

- A ideia veio primeiro, eu fiquei desenvolvendo por uns dois anos. Várias etapas, vários estágios. Como eu nunca tinha feito uma série antes, eu tinha a ideia geral que eu queria, mas não sabia exatamente as coisas específicas. Mas eu achava que a gente tinha um trunfo na mão, uma ideia nova, uma roupagem diferente, uma ideia mais moderna, mais contemporânea, usando o Rio de Janeiro como cidade, uma coisa urbana. E eu tinha esses questionamentos: e se eles estivessem aqui entre nós? Quando eu contei essa história para a Netflix, eles se interessaram, e foi aí que foi o início desse desenvolvimento. Na verdade, quando eles decidiram fazer a série, eu fiquei mais de um ano desenvolvendo tudo, reescrevendo quase tudo, na verdade a história mudou muito desde o início.

Saldanha também reiterou a importância de enfatizar a cultura popular brasileira em suas produções:

- Eu acredito que a gente como país, como cultura, a gente só consegue ser forte, quando a gente olha mais para dentro. Entender o que vem de fora, mas entender o que temos de precioso aqui. A gente tem uma tendência a valorizar mais as coisas que vem de fora mais do que a gente tem aqui dentro. Às vezes a gente esquece da nossa própria riqueza.

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Conhecido por dirigir animações, Carlos Saldanha fala sobre sua estreia em <i>live-actions</i> na série <i>Cidade Invisível</i>

Conhecido por dirigir animações, Carlos Saldanha fala sobre sua estreia em live-actions na série Cidade Invisível

03/Ago/

Carlos Saldanha é um dos cineastas brasileiros mais reconhecidos em Hollywood. A carreira do diretor ganhou visibilidade na franquia de animação A Era do Gelo, e com o sucesso, ele conseguiu retratar o Brasil lá fora nas animações Rio e Rio 2. Agora, Saldanha se prepara para ver a reação do público ao seu primeiro trabalho live-action para a televisão: a série Cidade Invisível, que estreia na Netflix na próxima sexta-feira, dia 5. 

O ESTRELANDO esteve na coletiva de imprensa de divulgação da série, em que Carlos contou quais as principais semelhanças e diferenças em fazer animações e uma produção live-action:

- Eu já estava querendo há um tempo, eu até fiz um curta para o filme Rio, eu te amo, e peguei um gostinho pela coisa. E quando teve essa oportunidade eu agarrei com unhas e dentes. Eu sempre gosto de aprendizado, mesmo fazendo filmes de animação, eu quero que cada filme seja diferente um do outro. E quando apareceu essa ideia, foi justamente ir atrás disso, ver se eu conseguia executar. E foi muito interessante porque o processo criativo é muito parecido. Você criar personagens, você criar diálogos, é um processo longo, é demorado, como é na animação. O que muda é quando você está lá para gravar. (...) Você está ali nas locações, vendo o ator na cena, foi uma experiência sensorial que eu não tinha na animação. Você sente o cheiro da chuva, da mata, sentir na pele a cena é uma coisa única. E quando você vê os personagens se transformarem nessa cena, é incrível. No final da filmagem eu saí chorando, foi muito bom.

Cidade Invisível conta a história de Eric, vivido por Marco Pigossi, um policial ambiental atordoado pela morte da esposa. Ao investigar o que realmente aconteceu, Eric descobre que as lendas sobre as quais sempre ouviu falar fossem reais estão entre eles, escondidas. E essa ideia foi o pontapé inicial para o projeto, conforme contou Saldanha:

- A ideia veio da minha cabeça de querer trazer uma brasilidade para uma coisa mais contemporânea. Eu sempre gostei de folclore, de histórias, de cultura brasileira no geral. A gente cresce ouvindo Sítio do Pica-Pau Amarelo, aquela coisa. É uma roupagem para aquela história, mas qual seria a minha interpretação da história? E foi aí que eu tive essa ideia de fazer, e então que eu comecei a trabalhar nessa ideia, e trazer esses personagens.

O cineasta também revelou como o projeto chegou até a Netflix:

- A ideia veio primeiro, eu fiquei desenvolvendo por uns dois anos. Várias etapas, vários estágios. Como eu nunca tinha feito uma série antes, eu tinha a ideia geral que eu queria, mas não sabia exatamente as coisas específicas. Mas eu achava que a gente tinha um trunfo na mão, uma ideia nova, uma roupagem diferente, uma ideia mais moderna, mais contemporânea, usando o Rio de Janeiro como cidade, uma coisa urbana. E eu tinha esses questionamentos: e se eles estivessem aqui entre nós? Quando eu contei essa história para a Netflix, eles se interessaram, e foi aí que foi o início desse desenvolvimento. Na verdade, quando eles decidiram fazer a série, eu fiquei mais de um ano desenvolvendo tudo, reescrevendo quase tudo, na verdade a história mudou muito desde o início.

Saldanha também reiterou a importância de enfatizar a cultura popular brasileira em suas produções:

- Eu acredito que a gente como país, como cultura, a gente só consegue ser forte, quando a gente olha mais para dentro. Entender o que vem de fora, mas entender o que temos de precioso aqui. A gente tem uma tendência a valorizar mais as coisas que vem de fora mais do que a gente tem aqui dentro. Às vezes a gente esquece da nossa própria riqueza.