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Publicada em 06/07/2022 às 09:38 | Atualizada em 06/07/2022 às 09:57

Jensen Ackles confessa que pediu papel em The Boys para Erik Kripke: Ia estar desempregado

O elenco da série está no Brasil para divulgar a season finale da terceira temporada - e o ESTRELANDO marcou presença no evento, é claro!

Letícia Giollo

AgNews

Não é novidade que The Boys é uma série que adora testar o limite do absurdo, não é mesmo? Afinal, com cenas de violência e conteúdo sexual, a sátira dos super-heróis da Vought International desconstrói o mito da perfeição destes seres, explorando a hipocrisia que existe no universo. Na trama de Eric Kripke, por exemplo, não espere ser salvo sem dar algo em troca pois não existe o bem versus o mal, apenas personalidades falhas e defeituosas, com a visão mais bizarra e humana dos heróis. É assim que Os Sete atuam na Terra. Prestes a lançar o último episódio da terceira temporada na Amazon Prime Video, o elenco veio ao Brasil para bater aquele papo - e o ESTRELANDO marcou presença no evento, é claro!

Diretamente do Palácio Tangará, em São Paulo, o showrunner Eric Kripke e os atores Jensen Ackles, Antony Starr, Claudia Doumit, Jack Quaid, Karen Fukuhara, Karl Urban e Nathan Mitchel atravessaram o tapete vermelho e promoveram a season finale, que vai ao ar nesta sexta-feira, dia 8, na plataforma de streaming

Parte do elenco já esteve em terras brasileiras em 2019, mas, para Jensen Ackles, por exemplo, tudo foi uma grande novidade. O intérprete de Dean Winchester, estrela de Supernatural, não poupou carisma ao falar com a imprensa e até arriscou algumas palavras em português, como vai se f***r, clássico de seu mais novo personagem, Soldier Boy. Inclusive, o ator entregou que pediu o papel para o criador, com quem trabalhou anteriormente na saga dos irmãos Winchesters, em 2005. Durante uma ligação aleatória, Ackles comentou que estaria desempregado após o fim da trama, que durou 15 anos, e se Kriple poderia arranjar uma boquinha para ele na terceira temporada. O roteirista, então, confessou que estava pensando em atores mais velhos para viver o personagem e Jensen teve que entrar em ação para fazer o amigo mudar de ideia.

- É um prazer absoluto estar no Brasil! Durante anos, eu quis vir para cá e, claramente, tem um motivo de escolhermos este lugar para exibir a season finale. O engajamento do público brasileiro com a série é incrível. Nós sentimos o apoio que vocês nos dão e somos eternamente gratos, começou.

- Eu e Eric trabalhamos juntos anteriormente [em Supernatural] e mantivemos contato. Somos amigos e sempre procuro ele para conselhos. Então, em uma ligação aleatória, estávamos conversando sobre a terceira temporada de The Boys e eu disse: Ei, amigo. Vou estar desempregado em breve, o que você tem para mim aí? Foi aí que pensamos no personagem. Ele [Eric] admitiu que tinha pensado em outros atores mais velhos e eu tive que fazê-lo mudar de opinião [risos]. Sou muito grato. É muito divertido trabalhar com o elenco. Eu estava no mesmo projeto por 15 anos e sair daquela posição para entrar em algo maior ainda com alguém que conheço e confio é uma verdadeira montanha-russa de emoções, contou.

Mas Jensen não é o único que vive um personagem insano e violento, viu. Conhecido pelo temperamento forte e falta de juízo, Homelander é praticamente o Superman às avessas.

- Interpreto o personagem mais vulnerável, infantil e fraco do universo que, ao mesmo tempo, é vendido para o público como o homem mais forte do mundo. Não sei o que estava se passando na cabeça do Eric [showrunner], mas é uma experiência espetacular. Faço coisas que jamais teria a oportunidade de fazer em outra situação senão na série, disparou Antony Starr.

Trajando a capa com a bandeira dos Estados Unidos e o topete loiro, o líder do time esconde por trás do sorriso uma personalidade diabólica e violenta. Para isso, o ator usa e abusa das expressões faciais. Quando questionado se tem alguma técnica, Antony brincou que ficava horas treinando em frente ao espelho, mas, na verdade, não tinha uma fórmula.

- Não sei o que acontece, o meu rosto simplesmente entrega as caretas. Em uma das cenas, o Eric elogiou a minha expressão e pediu para repetir, mas era impossível, falei: Agora você estragou porque eu vou pensar a respeito disso. [risos]. O segredo é ser orgânico.

Da mesma forma que Homelander lidera Os Sete, Billy Butcher, personagem de Karl Urban, é o responsável por comandar o outro núcleo da trama. Composto por Hughie, Kimiko, Frenchie e Mother's Milk, o time tem a missão de deter os super-heróis, que de super não tem nada. Ao longo do início da série, Butcher sempre fez de tudo para capturar os seres hipócritas, mas, na terceira temporada, surpreendeu o público ao usar o Composto V para se tornar, parcialmente, um deles.

Butcher está desesperado e frustrado. Acredito que ele só acaba recorrendo ao Composto V para tentar eliminar os Supers de uma vez por todas. Desta forma, ele faz isso com muita consciência dos prejuízos. Sinto que o personagem até leva em conta o valor da amizade, mas acaba fazendo uma parceria com o Soldier Boy, que fez coisas terríveis, para atingir o objetivo maior. Tudo de forma muito ciente, disse o ator.

Se comunicando através da linguagem de sinais, Kimiko conquistou o coração do público com sua doçura e coragem. No entanto, não pense que tudo é um mar de rosas para Karen Fukuhara. A atriz relembrou do momento que recebeu o roteiro e viu que a sua personagem tinha perdido os poderes. Nem precisa dizer que o coração apertou, né!

- Kimiko vem se autodescobrindo ao longo da temporada. No início, ela estava apenas tentando sobreviver ao mesmo tempo que percebia que havia se tornado violenta - o monstro que sempre desprezou. Agora, ela está na vibe de renascer e se descobrir. Eu tive um momento de desespero quando olhei o roteiro e vi que a personagem havia perdido os poderes, pensei: Sem o poder de me curar, como vou sobreviver nesta série que mata uma pessoa a cada episódio? [risos] Agradeço ao Eric por ter devolvido os poderes de Kimiko.

E não foi apenas Karen que Eric surpreendeu. O showrunner arrancou risadas dos jornalistas ao contar que, antes do polêmico episódio Herogasm ir ao ar, com a famosa cena de orgia explícita entre os supers, ele chamou o filho de 15 anos de idade para mostrar a ideia do pênis gigante. 

- Ele olhou no fundo dos olhos e disse: Pai, que merda há de errado com você? [risos] Um tempo depois, ele voltou e disparou: Pensei no assunto e tenho certeza que você criou a maior piada de pênis da história - literalmente. Ou seja, consegui o efeito que eu queria! 

O roteirista ainda admitiu que, apesar de ter criado a série, não tem assinatura gratuita da plataforma. Gente como a gente! Por fim, os atores comentaram sobre a importância da história retratar super-heróis imperfeitos e falhos.

- Quando vemos as adaptações de quadrinhos nas telas, sempre tem aquele compasso moral, tem que seguir uma certa moral, mas The Boys é o ponto fora da curva. Não tem o bem versus o mal, ninguém é 100% bonzinho ou 100% vilão, existem inúmeros aspectos que tornam os personagens acessíveis. É uma verdadeira sátira, disparou Antony.

Já Jack Quaid, intérprete de Hughie, refletiu:

- Quando a nossa série estava sendo lançada, um dos filmes dos Vingadores tinha acabado de estrear e eles estavam em vários outdoors pela cidade, dando a sensação real de que vivíamos em um mundo de super-heróis, assim como é retratado em The Boys. Na história, exploramos a hipocrisia que existe neste universo e vemos personagens com defeitos e falhas, totalmente relacionáveis com o mundo atual.

E Karl finalizou:

- É importante desconstruir o mito. Super-heróis não existem. A verdade é que ninguém virá nos salvar e, se alguém promete isso, está mentindo. Depende de cada um de nós salvar a própria vida.

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Jensen Ackles confessa que pediu papel em The Boys para Erik Kripke: Ia estar desempregado

19/Abr/

Não é novidade que The Boys é uma série que adora testar o limite do absurdo, não é mesmo? Afinal, com cenas de violência e conteúdo sexual, a sátira dos super-heróis da Vought International desconstrói o mito da perfeição destes seres, explorando a hipocrisia que existe no universo. Na trama de Eric Kripke, por exemplo, não espere ser salvo sem dar algo em troca pois não existe o bem versus o mal, apenas personalidades falhas e defeituosas, com a visão mais bizarra e humana dos heróis. É assim que Os Sete atuam na Terra. Prestes a lançar o último episódio da terceira temporada na Amazon Prime Video, o elenco veio ao Brasil para bater aquele papo - e o ESTRELANDO marcou presença no evento, é claro!

Diretamente do Palácio Tangará, em São Paulo, o showrunner Eric Kripke e os atores Jensen Ackles, Antony Starr, Claudia Doumit, Jack Quaid, Karen Fukuhara, Karl Urban e Nathan Mitchel atravessaram o tapete vermelho e promoveram a season finale, que vai ao ar nesta sexta-feira, dia 8, na plataforma de streaming

Parte do elenco já esteve em terras brasileiras em 2019, mas, para Jensen Ackles, por exemplo, tudo foi uma grande novidade. O intérprete de Dean Winchester, estrela de Supernatural, não poupou carisma ao falar com a imprensa e até arriscou algumas palavras em português, como vai se f***r, clássico de seu mais novo personagem, Soldier Boy. Inclusive, o ator entregou que pediu o papel para o criador, com quem trabalhou anteriormente na saga dos irmãos Winchesters, em 2005. Durante uma ligação aleatória, Ackles comentou que estaria desempregado após o fim da trama, que durou 15 anos, e se Kriple poderia arranjar uma boquinha para ele na terceira temporada. O roteirista, então, confessou que estava pensando em atores mais velhos para viver o personagem e Jensen teve que entrar em ação para fazer o amigo mudar de ideia.

- É um prazer absoluto estar no Brasil! Durante anos, eu quis vir para cá e, claramente, tem um motivo de escolhermos este lugar para exibir a season finale. O engajamento do público brasileiro com a série é incrível. Nós sentimos o apoio que vocês nos dão e somos eternamente gratos, começou.

- Eu e Eric trabalhamos juntos anteriormente [em Supernatural] e mantivemos contato. Somos amigos e sempre procuro ele para conselhos. Então, em uma ligação aleatória, estávamos conversando sobre a terceira temporada de The Boys e eu disse: Ei, amigo. Vou estar desempregado em breve, o que você tem para mim aí? Foi aí que pensamos no personagem. Ele [Eric] admitiu que tinha pensado em outros atores mais velhos e eu tive que fazê-lo mudar de opinião [risos]. Sou muito grato. É muito divertido trabalhar com o elenco. Eu estava no mesmo projeto por 15 anos e sair daquela posição para entrar em algo maior ainda com alguém que conheço e confio é uma verdadeira montanha-russa de emoções, contou.

Mas Jensen não é o único que vive um personagem insano e violento, viu. Conhecido pelo temperamento forte e falta de juízo, Homelander é praticamente o Superman às avessas.

- Interpreto o personagem mais vulnerável, infantil e fraco do universo que, ao mesmo tempo, é vendido para o público como o homem mais forte do mundo. Não sei o que estava se passando na cabeça do Eric [showrunner], mas é uma experiência espetacular. Faço coisas que jamais teria a oportunidade de fazer em outra situação senão na série, disparou Antony Starr.

Trajando a capa com a bandeira dos Estados Unidos e o topete loiro, o líder do time esconde por trás do sorriso uma personalidade diabólica e violenta. Para isso, o ator usa e abusa das expressões faciais. Quando questionado se tem alguma técnica, Antony brincou que ficava horas treinando em frente ao espelho, mas, na verdade, não tinha uma fórmula.

- Não sei o que acontece, o meu rosto simplesmente entrega as caretas. Em uma das cenas, o Eric elogiou a minha expressão e pediu para repetir, mas era impossível, falei: Agora você estragou porque eu vou pensar a respeito disso. [risos]. O segredo é ser orgânico.

Da mesma forma que Homelander lidera Os Sete, Billy Butcher, personagem de Karl Urban, é o responsável por comandar o outro núcleo da trama. Composto por Hughie, Kimiko, Frenchie e Mother's Milk, o time tem a missão de deter os super-heróis, que de super não tem nada. Ao longo do início da série, Butcher sempre fez de tudo para capturar os seres hipócritas, mas, na terceira temporada, surpreendeu o público ao usar o Composto V para se tornar, parcialmente, um deles.

Butcher está desesperado e frustrado. Acredito que ele só acaba recorrendo ao Composto V para tentar eliminar os Supers de uma vez por todas. Desta forma, ele faz isso com muita consciência dos prejuízos. Sinto que o personagem até leva em conta o valor da amizade, mas acaba fazendo uma parceria com o Soldier Boy, que fez coisas terríveis, para atingir o objetivo maior. Tudo de forma muito ciente, disse o ator.

Se comunicando através da linguagem de sinais, Kimiko conquistou o coração do público com sua doçura e coragem. No entanto, não pense que tudo é um mar de rosas para Karen Fukuhara. A atriz relembrou do momento que recebeu o roteiro e viu que a sua personagem tinha perdido os poderes. Nem precisa dizer que o coração apertou, né!

- Kimiko vem se autodescobrindo ao longo da temporada. No início, ela estava apenas tentando sobreviver ao mesmo tempo que percebia que havia se tornado violenta - o monstro que sempre desprezou. Agora, ela está na vibe de renascer e se descobrir. Eu tive um momento de desespero quando olhei o roteiro e vi que a personagem havia perdido os poderes, pensei: Sem o poder de me curar, como vou sobreviver nesta série que mata uma pessoa a cada episódio? [risos] Agradeço ao Eric por ter devolvido os poderes de Kimiko.

E não foi apenas Karen que Eric surpreendeu. O showrunner arrancou risadas dos jornalistas ao contar que, antes do polêmico episódio Herogasm ir ao ar, com a famosa cena de orgia explícita entre os supers, ele chamou o filho de 15 anos de idade para mostrar a ideia do pênis gigante. 

- Ele olhou no fundo dos olhos e disse: Pai, que merda há de errado com você? [risos] Um tempo depois, ele voltou e disparou: Pensei no assunto e tenho certeza que você criou a maior piada de pênis da história - literalmente. Ou seja, consegui o efeito que eu queria! 

O roteirista ainda admitiu que, apesar de ter criado a série, não tem assinatura gratuita da plataforma. Gente como a gente! Por fim, os atores comentaram sobre a importância da história retratar super-heróis imperfeitos e falhos.

- Quando vemos as adaptações de quadrinhos nas telas, sempre tem aquele compasso moral, tem que seguir uma certa moral, mas The Boys é o ponto fora da curva. Não tem o bem versus o mal, ninguém é 100% bonzinho ou 100% vilão, existem inúmeros aspectos que tornam os personagens acessíveis. É uma verdadeira sátira, disparou Antony.

Já Jack Quaid, intérprete de Hughie, refletiu:

- Quando a nossa série estava sendo lançada, um dos filmes dos Vingadores tinha acabado de estrear e eles estavam em vários outdoors pela cidade, dando a sensação real de que vivíamos em um mundo de super-heróis, assim como é retratado em The Boys. Na história, exploramos a hipocrisia que existe neste universo e vemos personagens com defeitos e falhas, totalmente relacionáveis com o mundo atual.

E Karl finalizou:

- É importante desconstruir o mito. Super-heróis não existem. A verdade é que ninguém virá nos salvar e, se alguém promete isso, está mentindo. Depende de cada um de nós salvar a própria vida.