O que se fazer quando as maiores divas da televisão americana se unem e decidem conversar sobre assuntos super importantes? Você as deixa falar! Foi exatamente isso que a revista Hollywood Reporter, nesta última quarta-feira, dia 18, teve em mente ao juntar Kerry Washington, Kirsten Dunst, Regina King, Jennifer Lopez, Sarah Paulson, Constance Zimmer e Juliana Magulies em uma mesa redonda para falar sobre o esteriótipo do que significa ser diva e muito mais do que isso! Não dá para ficar de fora desse papo!

Jennifer Lopez, que está no ar na televisão com a série Shades of Blue já começa a entrevista ao falar sobre como se sente horrível com o termo diva ser aplicado à ela, em seu sentido negativo. Ela conta: - Eu sempre fiquei fascinada em como nós mulheres temos que ser bem mais comportadas do que os rapazes. Eu ganhei uma marca de diva que eu sinto que nunca mereci e que não mereço, apenas por ser alguém que trabalha muito duro, no horário certo, e fazer o que tenho que fazer e apenas ganhar essa designação por que eu atingi um certo nível de sucesso. E esse desabafo não para por aí, já que J. Lo revelou que às vezes se sente desmotivada em dar sua opinião: Você não é permitida de ter certas opiniões ou de ser apaixonada por algo, que eles ficam: Nossa, ela é difícil. E eu fico: Eu sou? Eu sou difícil por simplesmente me importar?

Já o apego de Kirsten Dunst por sua personagem Peggy em Fargo tem a ver, principalmente, com a reputação de Peggy como doida. Kirsten conta: - Você não lê papeis tão inspiradores assim. Eu pude fazer muito mais nessa série de televisão do que já fiz em filmes. Foi a coisa mais difícil que já fiz.

Regina King, que muitos de vocês conhecem como Grace Rossiter de Legalmente Loira 2, está no ar na televisão americana também no papel de Terri LaCroix na série American Crime conta que apenas assina contratos de um ano de duração para ter tempo para si mesma, algo que muitos a julgam por isso: - Eu trabalho há muito tempo e eu sou bem sortuda de poder dizer que não quero assinar contratos que me ocupem por vários anos. Vamos levando de ano a ano. Funcionou super bem em The Leftovers e American Crime e a emissora respondeu muito bem à isso. Mas meus agentes ficaram: Você tem certeza que quer fazer isso? Regina revelou que sim e que não quer ficar adiando as coisas que quer fazer por estar comprometida com outra coisa. Que poder!

Já Sarah Paulson, que está interpretando Marcia Clark na série American Crime Story, baseado no julgamento real de O. J Simpson, revela que teve que tingir, contra sua vontade, seu cabelo de loiro para conseguir mais papeis em Hollywood. É isso mesmo! Ela conta: - Nunca me pediram para interpretar uma personagem principal romântica sem ter cabelo loiro. E não para por aí, com Sarah revelando que pouco mudou em relação ao sexismo na sua profissão: - Eu acho que muito pouco mudou. Eu acho que o que mudou é que agora conversamos mais sobre o assunto, mas eu não acho que fizemos muitos avanços. Digo, eu não tive uma diretora mulher nesses seis anos que estive fazendo American Horror Story.

Kerry Washington, que interpreta a amada do público Olivia Pope, em Scandal, diz ter mais sorte, já que a roteirista da sua série é ninguém menos do que Shonda Rimes, que é uma conhecida feminista e empoderadora de mulheres: - Na série os homens ficam nus o tempo todo. E ela disse para todas as mulheres no show: Você quer uma cena de amor? Me avisem. Então é esse estranho momento reparador na qual as garotas fazem o que querem e os rapazes conseguem fazer o que querem, mas eles sabem o que Shonda quer que eles façam.

Para Constance Zimmer, da série Unreal, essa mudança de papeis permite que os homens sintam um pouco o gosto do próprio veneno: É até que bom ver as mesas virando e ver os caras no set comendo alface.

E Juliana Margulies, da extinta série The Good Wife, não teve problemas em revelar a dificuldade que foi ser reconhecida como produtora do programa que ela mesma estrelava: - Eu não tive que lutar com os encarregados do show para conseguir um crédito de produção, foi o Producers Guild que não saíram do meu pé. Para apenas tentar provar o meu trabalho para que eles me aceitassem como produtora? Eu acho que ainda não estou no Producers Guild e isso faz três anos!

Como você pode ver o bate papo entre essas grandes mulheres da televisão foi muito proveitoso. Tanto que elas também falaram de nudez e defendendo o fato de que o sexo gratuito não é algo que elas veem como desenvolvimento para suas personagens. A conversão foi tão boa que elas até tiraram uma selfie para preservar o momento! Maravilhosas, não?