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Publicada em 29/04/2011 às 11:29 | Atualizada em 08/05/2015 às 02:36

Pierre Cardin: - As brasileiras são internacionais

Monica Cruz

Quase que o mundo da moda perde Pierre Cardin para a atuação e a dança. Isto porque, quando começou a trabalhar com alta costura, aos 17 anos, seu objetivo era ter dinheiro para pagar os cursos nestas áreas. Entretanto, quanto mais se envolvia com tecidos, agulhas e pedrarias, mais descobria seu talento em criar roupas.

Durante a palestra Cardin por Cardin, realizada nesta sexta-feira, dia 29, em São Paulo, o designer contou um pouco sobre sua trajetória e motivações dentro não só da moda, mas do desenvolvimento de acessórios e móveis. Assistente de Christian Dior nos anos 1940, ajudando-o a desenvolver o New Look, abriu sua própria maison em 1950 e pode mostrar sua criatividade e contestação.

Assim, ganhou admiradores e clientes como os integrantes dos Beatles e Rolling Stones, famílias reais, presidentes e outras personalidades políticas e artísticas. Também se diz o pai do ready-to-wear com o qual fez fortuna, segundo ele. Tudo isso fruto de muito trabalho.

- Não saía à noite, não ia para as boates, não bebia, não me drogava. A alegria da minha vida era trabalhar, comenta, emendando que, aos finais de semana, vai para o estúdio criar algo se não tem nenhum programa especial a fazer.

Cardin também não descarta a ajuda de uma força a mais para que sua carreira se transformasse em um sucesso.

- Talvez a vida, a sorte. Encontrar as pessoas. Servir e ser servido. Sempre fui simpático [...]. Não estamos sozinhos neste mercado. [É preciso] Ter bons parceiros, bons colaboradores.

Suas peças são reconhecidas por alguns detalhes, como as golas enormes ou a presença de um ou mais círculos, que representam o infinito, além de roupas com seios icônicos, que inspiraram seu então assistente Jean Paul Gautier (criador daquele famoso sutiã usado por Madonna na turnê Blonde Ambition, de 1990). Ele também é o criador do tecido cardine, feito de fibras sintéticas, investiu em teatro - comprando salões, dirigindo peças e, claro, desenvolvendo figurinos -, é dono de uma rede de restaurantes e, hoje, possui mais de 750 produtos licenciados com seu nome.

E qual a importância da moda? Segundo Cardin, é situar as pessoas no tempo, identificá-las socialmente e, claro, dar prazer a quem a usa ou a vê. E, falando em estilo, sobrou elogio às mulheres brasileiras. Ao ser questionado sobre como vestir aquelas nascidas aqui, o designer respondeu:

- As brasileiras são mulheres internacionais [...] graças à mistura de raças. Vocês são um exemplo para mim.

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Pierre Cardin: <i>- As brasileiras são internacionais</i>

Pierre Cardin: - As brasileiras são internacionais

01/Mai/

Quase que o mundo da moda perde Pierre Cardin para a atuação e a dança. Isto porque, quando começou a trabalhar com alta costura, aos 17 anos, seu objetivo era ter dinheiro para pagar os cursos nestas áreas. Entretanto, quanto mais se envolvia com tecidos, agulhas e pedrarias, mais descobria seu talento em criar roupas.

Durante a palestra Cardin por Cardin, realizada nesta sexta-feira, dia 29, em São Paulo, o designer contou um pouco sobre sua trajetória e motivações dentro não só da moda, mas do desenvolvimento de acessórios e móveis. Assistente de Christian Dior nos anos 1940, ajudando-o a desenvolver o New Look, abriu sua própria maison em 1950 e pode mostrar sua criatividade e contestação.

Assim, ganhou admiradores e clientes como os integrantes dos Beatles e Rolling Stones, famílias reais, presidentes e outras personalidades políticas e artísticas. Também se diz o pai do ready-to-wear com o qual fez fortuna, segundo ele. Tudo isso fruto de muito trabalho.

- Não saía à noite, não ia para as boates, não bebia, não me drogava. A alegria da minha vida era trabalhar, comenta, emendando que, aos finais de semana, vai para o estúdio criar algo se não tem nenhum programa especial a fazer.

Cardin também não descarta a ajuda de uma força a mais para que sua carreira se transformasse em um sucesso.

- Talvez a vida, a sorte. Encontrar as pessoas. Servir e ser servido. Sempre fui simpático [...]. Não estamos sozinhos neste mercado. [É preciso] Ter bons parceiros, bons colaboradores.

Suas peças são reconhecidas por alguns detalhes, como as golas enormes ou a presença de um ou mais círculos, que representam o infinito, além de roupas com seios icônicos, que inspiraram seu então assistente Jean Paul Gautier (criador daquele famoso sutiã usado por Madonna na turnê Blonde Ambition, de 1990). Ele também é o criador do tecido cardine, feito de fibras sintéticas, investiu em teatro - comprando salões, dirigindo peças e, claro, desenvolvendo figurinos -, é dono de uma rede de restaurantes e, hoje, possui mais de 750 produtos licenciados com seu nome.

E qual a importância da moda? Segundo Cardin, é situar as pessoas no tempo, identificá-las socialmente e, claro, dar prazer a quem a usa ou a vê. E, falando em estilo, sobrou elogio às mulheres brasileiras. Ao ser questionado sobre como vestir aquelas nascidas aqui, o designer respondeu:

- As brasileiras são mulheres internacionais [...] graças à mistura de raças. Vocês são um exemplo para mim.