X

NOTÍCIAS

Publicada em 16/09/2015 às 20:30 | Atualizada em 17/09/2015 às 09:53

Izabel, vencedora do MasterChef Brasil, quer investir na culinária brasileira e já sabe o que vai fazer com o prêmio!

Ela se reinventou, ganhou 150 mil reais e agora precisa aprender francês para estudar em uma escola disputadíssima em Paris

Carla Gasparetto

Divulgação

Gritos, aplausos, ansiedade. A final do Master Chef Brasil, da Band, foi muito esperada por todos. Na noite de terça-feira, dia 15, o público descobriu não apenas quem ganhou a disputa, mas quem, além de tudo, se redescobriu dentro do reality. Izabel chegou tímida, meio sem jeito, mas já demonstrava amor pela arte de cozinhar. Saiu de lá uma nova pessoa: mais confiante, segura, focada e o melhor: com o troféu em mãos

Ela dormiu só duas horas na noite após a vitória e, entre uma entrevista e outra, parou tudo para bater um papo exclusivo com o ESTRELANDO e contar o que aconteceu no pré, durante e pós Master Chef Brasil. Confira!

ESTRELANDO: Na final, a torcida estava claramente do lado do Raul. Como você se sentiu naquele momento? 

Izabel: Eu sabia que a torcida dos estúdios estaria do lado dele. O programa é feito em São Paulo e ele também é daqui. Eu sou do Rio de Janeiro e meus amigos não puderam comparecer em peso. As que conseguiram foram ótimas e fizeram uma torcida organizada - esperavam os amigos do Raul parar de gritar e torciam por mim. Foi demais! O Raul é extremamente carismático, eu sabia que ele era o preferido do público, em geral. Mas a magia do Master Chef está exatamente nisso... É um programa de habilidade, ganha quem é o melhor na cozinha.

ESTRELANDO: O que você acha que tem e que faltou no Raul para vencer? Quais qualidades te colocaram na final?

Izabel: O que me colocou na final foi a minha técnica. O Raul é ótimo com temperos, mas nessa final, em específico, os jurados queriam ver o prato mais profissional. E foi aí que eu ganhei.

ESTRELANDO: Quando você embarca para fazer o curso de gastronomia na escola Cordon Bleu, na França?  Está ansiosa?

Izabel: Ainda não sei quando começo. Tenho até novembro de 2016 para fazer esse curso. Na teoria, posso escolher uma data, mas a escola, que é disputadíssima, precisa ter disponibilidade. Então, vamos ter que bater as agendas. Enquanto isso, vou estudar francês, porque não falo nada e o curso todo será nesse idioma.

ESTRELANDO: Com qual dos jurados você gostaria de trabalhar? 

Izabel: Todos os jurados têm qualidades que admiro muito. O Fogaça é uma inspiração para mim porque mudou de vida e virou um fenômeno na cozinha. A Paola tem uma culinária mais autoral, como a minha, me identifico muito com o estilo dela. Já o Jacquin é uma unanimidade na cozinha... Ele sabe tudo, é uma enciclopédia. Também é o mais parecido comigo porque é gordinho, gosta de comer e beber bem... Gostaria de trabalhar com ele.

ESTRELANDO: O que mudou em você, tanto na personalidade como na técnica culinária, durante o programa?

Izabel: Quanto à personalidade, acho que consegui melhorar minha ansiedade e nervosismo. Já nas últimas três provas deu para perceber que eu estava bem mais tranquila e concentrada no trabalho e menos preocupada com o resultado da prova. Quanto à técnica, aprendi a temperar mais a comida. Antes, eu tinha um pouco de medo do sal, da pimenta, dos temperos de forma geral. Aprendi a ser mais ousada e vi que o segredo é ir quase no limite do tempero, para dar vida ao prato.

ESTRELANDO: Se você tivesse saído logo no começo, para quem iria sua torcida?

Izabel: Eu gostaria que a Sabrina ganhasse, por ser minha amiga. Mas em termos técnicos, fico entre o Raul e o Fernando.  O Fernando é muito bom, um excelente cozinheiro. Porém, o Raul tem mais assinatura - os pratos dele têm a cara e a história dele e ele se destacou muito, em vários sentidos. Acredito que foi uma final muito justa. 

ESTRELANDO: Você disse que tinha até planos para caso não ganhasse essa disputa. Quais eram?

Izabel: Focar em cozinhar na casa das pessoas, como um personal chef, e ao mesmo tempo estagiar em uma cozinha profissional. Como ganhei o programa, tenho responsabilidades e compromissos com a emissora, por isso não posso fazer outras coisas nesse momento. Ainda quero estagiar em uma cozinha, ao menos 3 vezes por semana, mas agora não mais pelo dinheiro e sim para ganhar experiência. 

ESTRELANDO: O que vai fazer com o prêmio de 150 mil reais?

Izabel: Uma parte vai para o meu namorado, pois durante o programa eu parei de trabalhar e foi ele quem me sustentou e apoiou. Ele acreditou em mim e eu sou muito grata. Então, vou reembolsá-lo. O resto vou guardar para investir em um negócio próprio no futuro.

ESTRELANDO: Qual seu maior sonho para quando for uma chef profissional?

IzabelO menu que apresentei na final do programa é muito próximo do que quero para minha vida, em termos de gastronomia. Quero investir na culinária brasileira. O Brasil tem ingredientes incríveis, que nenhum outro lugar tem. Muitas vezes nos inspiramos na culinária francesa, italiana e etc, e não valorizamos o que temos aqui. Tenho vontade de ter um restaurante com mini porções de pratos clássicos brasileiros repaginados, como rabada, bobó, bolinhos e opções com arroz e feijão. 

ESTRELANDO: Fale sobre a escolha do seu menu na final do programa. Saiu como o esperado? 

Izabel: Escolhi um menu que, se você somar a lista dos ingredientes, não passa de 100 reais. É preciso valorizar os ingredientes bons e baratos que temos no Brasil, principalmente em tempos de crise, como a que vivemos atualmente. Quero tirar um pouco a gourmetização da comida e voltar para o que realmente importa, com um toque familiar, a comida boa do dia a dia. 

ESTRELANDO: Você tem uma produtora de eventos. Vai largar tudo e se dedicar à culinária?

Izabel: Quando me inscrevi no programa eu já queria mudar de vida e me dedicar à gastronomia. Então, conversei com meus sócios, que são também meus amigos de infância. Eles sabem do meu amor pela comida e me apoiaram nessa mudança. O programa me deu a oportunidade que eu queria e precisava. Com ele, pulei várias etapas: conheci chefes importantes que podem me ajudar a conseguir estágios, que se eu fosse tentar por mim mesma, talvez não conseguiria. 

ESTRELANDO: Na sua opinião, o que ainda precisa melhorar para ser uma chef?

Izabel: Preciso ter menos medo das pessoas. Eu tento agradar os outros e fico insegura em relação ao que pensam de mim. Tenho dificuldade de dar ordens ou de ser um pouco mais ríspida. Preciso melhorar nesse ponto.


Deixe um comentário

Atenção! Os comentários do portal Estrelando são via Facebook, lembre-se que o comentário é de inteira responsabilidade do autor, comentários impróprios poderão ser denunciados pelos outros usuários, acarretando até mesmo na perda da conta no Facebook.

Enquete

Qual filho de Kate Middleton e Príncipe William você acha mais fofo?

Obrigado! Seu voto foi enviado.

Izabel, vencedora do <i>MasterChef Brasil</i>, quer investir na culinária brasileira e já sabe o que vai fazer com o prêmio!

Izabel, vencedora do MasterChef Brasil, quer investir na culinária brasileira e já sabe o que vai fazer com o prêmio!

29/Abr/

Gritos, aplausos, ansiedade. A final do Master Chef Brasil, da Band, foi muito esperada por todos. Na noite de terça-feira, dia 15, o público descobriu não apenas quem ganhou a disputa, mas quem, além de tudo, se redescobriu dentro do reality. Izabel chegou tímida, meio sem jeito, mas já demonstrava amor pela arte de cozinhar. Saiu de lá uma nova pessoa: mais confiante, segura, focada e o melhor: com o troféu em mãos

Ela dormiu só duas horas na noite após a vitória e, entre uma entrevista e outra, parou tudo para bater um papo exclusivo com o ESTRELANDO e contar o que aconteceu no pré, durante e pós Master Chef Brasil. Confira!

ESTRELANDO: Na final, a torcida estava claramente do lado do Raul. Como você se sentiu naquele momento? 

Izabel: Eu sabia que a torcida dos estúdios estaria do lado dele. O programa é feito em São Paulo e ele também é daqui. Eu sou do Rio de Janeiro e meus amigos não puderam comparecer em peso. As que conseguiram foram ótimas e fizeram uma torcida organizada - esperavam os amigos do Raul parar de gritar e torciam por mim. Foi demais! O Raul é extremamente carismático, eu sabia que ele era o preferido do público, em geral. Mas a magia do Master Chef está exatamente nisso... É um programa de habilidade, ganha quem é o melhor na cozinha.

ESTRELANDO: O que você acha que tem e que faltou no Raul para vencer? Quais qualidades te colocaram na final?

Izabel: O que me colocou na final foi a minha técnica. O Raul é ótimo com temperos, mas nessa final, em específico, os jurados queriam ver o prato mais profissional. E foi aí que eu ganhei.

ESTRELANDO: Quando você embarca para fazer o curso de gastronomia na escola Cordon Bleu, na França?  Está ansiosa?

Izabel: Ainda não sei quando começo. Tenho até novembro de 2016 para fazer esse curso. Na teoria, posso escolher uma data, mas a escola, que é disputadíssima, precisa ter disponibilidade. Então, vamos ter que bater as agendas. Enquanto isso, vou estudar francês, porque não falo nada e o curso todo será nesse idioma.

ESTRELANDO: Com qual dos jurados você gostaria de trabalhar? 

Izabel: Todos os jurados têm qualidades que admiro muito. O Fogaça é uma inspiração para mim porque mudou de vida e virou um fenômeno na cozinha. A Paola tem uma culinária mais autoral, como a minha, me identifico muito com o estilo dela. Já o Jacquin é uma unanimidade na cozinha... Ele sabe tudo, é uma enciclopédia. Também é o mais parecido comigo porque é gordinho, gosta de comer e beber bem... Gostaria de trabalhar com ele.

ESTRELANDO: O que mudou em você, tanto na personalidade como na técnica culinária, durante o programa?

Izabel: Quanto à personalidade, acho que consegui melhorar minha ansiedade e nervosismo. Já nas últimas três provas deu para perceber que eu estava bem mais tranquila e concentrada no trabalho e menos preocupada com o resultado da prova. Quanto à técnica, aprendi a temperar mais a comida. Antes, eu tinha um pouco de medo do sal, da pimenta, dos temperos de forma geral. Aprendi a ser mais ousada e vi que o segredo é ir quase no limite do tempero, para dar vida ao prato.

ESTRELANDO: Se você tivesse saído logo no começo, para quem iria sua torcida?

Izabel: Eu gostaria que a Sabrina ganhasse, por ser minha amiga. Mas em termos técnicos, fico entre o Raul e o Fernando.  O Fernando é muito bom, um excelente cozinheiro. Porém, o Raul tem mais assinatura - os pratos dele têm a cara e a história dele e ele se destacou muito, em vários sentidos. Acredito que foi uma final muito justa. 

ESTRELANDO: Você disse que tinha até planos para caso não ganhasse essa disputa. Quais eram?

Izabel: Focar em cozinhar na casa das pessoas, como um personal chef, e ao mesmo tempo estagiar em uma cozinha profissional. Como ganhei o programa, tenho responsabilidades e compromissos com a emissora, por isso não posso fazer outras coisas nesse momento. Ainda quero estagiar em uma cozinha, ao menos 3 vezes por semana, mas agora não mais pelo dinheiro e sim para ganhar experiência. 

ESTRELANDO: O que vai fazer com o prêmio de 150 mil reais?

Izabel: Uma parte vai para o meu namorado, pois durante o programa eu parei de trabalhar e foi ele quem me sustentou e apoiou. Ele acreditou em mim e eu sou muito grata. Então, vou reembolsá-lo. O resto vou guardar para investir em um negócio próprio no futuro.

ESTRELANDO: Qual seu maior sonho para quando for uma chef profissional?

IzabelO menu que apresentei na final do programa é muito próximo do que quero para minha vida, em termos de gastronomia. Quero investir na culinária brasileira. O Brasil tem ingredientes incríveis, que nenhum outro lugar tem. Muitas vezes nos inspiramos na culinária francesa, italiana e etc, e não valorizamos o que temos aqui. Tenho vontade de ter um restaurante com mini porções de pratos clássicos brasileiros repaginados, como rabada, bobó, bolinhos e opções com arroz e feijão. 

ESTRELANDO: Fale sobre a escolha do seu menu na final do programa. Saiu como o esperado? 

Izabel: Escolhi um menu que, se você somar a lista dos ingredientes, não passa de 100 reais. É preciso valorizar os ingredientes bons e baratos que temos no Brasil, principalmente em tempos de crise, como a que vivemos atualmente. Quero tirar um pouco a gourmetização da comida e voltar para o que realmente importa, com um toque familiar, a comida boa do dia a dia. 

ESTRELANDO: Você tem uma produtora de eventos. Vai largar tudo e se dedicar à culinária?

Izabel: Quando me inscrevi no programa eu já queria mudar de vida e me dedicar à gastronomia. Então, conversei com meus sócios, que são também meus amigos de infância. Eles sabem do meu amor pela comida e me apoiaram nessa mudança. O programa me deu a oportunidade que eu queria e precisava. Com ele, pulei várias etapas: conheci chefes importantes que podem me ajudar a conseguir estágios, que se eu fosse tentar por mim mesma, talvez não conseguiria. 

ESTRELANDO: Na sua opinião, o que ainda precisa melhorar para ser uma chef?

Izabel: Preciso ter menos medo das pessoas. Eu tento agradar os outros e fico insegura em relação ao que pensam de mim. Tenho dificuldade de dar ordens ou de ser um pouco mais ríspida. Preciso melhorar nesse ponto.