Intérprete da versão fictícia de Rick Bonadio em Mamonas Assassinas, Ton Prado reflete sobre como o público recebeu o personagem
15/Mai/
Após muita espera, Mamonas Assassinas - O Impossível Não Existe foi lançado e arrastou multidões até o cinema. Não apenas aqueles que viveram os anos 1990 e sentem saudades da banda, mas a criançada também ficou animada para assistir ao longa-metragem passando nas telonas. Ton Prado, que interpretou a versão fictícia na produção, confessa em entrevista exclusiva ao ESTRELANDO que ficou surpreso com o interesse dos pequenos.
Apesar de já ter realizado diversas pré-estreias pelo Brasil, ele decidiu se juntar a um colega de elenco para ir escondido na estreia oficial e ver a reação do público.
- Eu tive uma experiência bem legal. No dia da estreia do filme mesmo, eu cheguei com outro ator, ele falou: Pô, vamos ver como é que está essa estreia, escondido. O que mais me surpreendeu, no dia que a gente foi, é que tinham várias crianças, só que eram de oito anos, nove anos, e a gente ficou muito pressionado. Tinha uma garotinha de oito anos vestida de Mamonas, com a camiseta com o logo, com uma faixa. Não é uma geração que consumiu Mamonas Assassinas, mas é uma geração que... Eu não sei explicar isso, ficou tão empolgada quanto quem viveu nessa época.
Como o filme não é documental, mas uma produção baseada em fatos reais, Rick Bonadio foi adaptado para as telonas em uma mistura de ficção com realidade. No longa-metragem, o personagem recebeu o nome de Enrico Costa, apelidado como Rico. Para poder encarnar o melhor do icônico produtor musical, o ator inicialmente estudou diversos vídeos, porém foi aconselhado a largar a prática.
- A princípio, eu comecei a ver muita coisa do Rick Bonadio. Eu sei que tenho uma facilidade de chegar nos lugares de atuação, mas eu descobri um lugar que eu não sabia que eu tinha. Eu consigo, na essência do estudo, trazer essas coisas de trejeito, esses detalhes que a pessoa tem. No meio da preparação de elenco, o diretor falou: Para de mexer com essas mãos e com esses braços. Ele me deu um puxão de orelha na frente de todo mundo. No final, eu cheguei para ele e falei: Você não está gostando? Como é que está sendo? O que você está achando? Ele falou que estava ótimo, mas para não usar tanto os braços que fica feio nas telas. Daí eu falei: Mas o Rick Bonadio fala muito com os braços. Ele é uma pessoa expressiva com os braços.
Apesar de tentar argumentar que apenas estava copiando os trejeitos, o diretor seguiu firme e pediu que ele realizasse um filtro em sua atuação, o que permitiu que ele finalmente conseguisse capturar a essência do que Rick representava em relação aos Mamonas.
- Ele falou assim: Você tem olho clínico, não fique olhando para essas coisas. Daí o que resolvi fazer a partir daí? Deixar de assistir qualquer coisa que tinha referências do Rick Bonadio. Eu estava lendo, parei de ler, não quis mais ler a biografia dele. E entendi qual era a essência. A essência era, dentre seis garotos jovens, ele era o mais sério, o líder da turma, sabe o irmão mais velho? Entendi que eu era esse amigo entre esses cinco rapazes. Embarquei com o roteiro, com a direção, para poder fazer esta construção que eu já sabia.
Ton também comenta sobre os comentários que recebeu sobre o personagem e a reação de Bonadio ao ver o filme.
- Ttem muitos comentários na internet, depois que o Rick Bonadio também soltou o vídeo oficial falando sobre o filme. Muita gente falou que o meu personagem é arrogante, meu personagem é agressivo e não sei o que. Mas a ideia deste personagem não era trazer o Rick Bonadio com 27 anos. Era trazer já esse elemento forte que ele é hoje na mídia, que é um cara forte, com presença, com atitude, já conhecido, já famoso, para uma versão com 27 anos. Realmente, a gente não contou a história do Rick Bonadio, a gente trouxe a essência desses fatos reais para um personagem daquela época. Acho que isso me fortaleceu, porque eu já sabia para onde eu tinha que ir, e com a direção eu construí esse personagem que realmente ficou muito forte no filme. Você vai perceber que ele é muito responsável por tudo que acontece no filme. Então, eu realmente dei um passo atrás, parei de ver tudo que era sobre Rick Bonadio e fiz o meu experimento como ator em cima do que eu estava recebendo como ferramenta.
Uma curiosidade compartilhada por ele é que Márvio Lúcio, conhecido como Carioca, esteve na pré-estreia em São Paulo e elogiou Ton por seu trabalho. Vale ressaltar que o humorista é amigo de Rick.
- No dia da pré-estreia de São Paulo, o Carioca do Pânico foi. Ele tem aquele podcast e é muito amigo do Rick Bonadio. Eu super fiquei de olho nele para ver as reações que ele iria fazer. No final, ele chegou para mim e falou assim: Estou simplesmente impressionado com o que você fez. Eu te conheci agora, antes de começar a sessão, vi quem era você, eu não conseguia te enxergar na tela, eu vi o Rick Bonadio. A gente tirou uma foto juntos e ele ainda disse: Preciso falar agora com o Rick Bonadio, para ele saber que ele tem que vir assistir esse filme. Só que nessa hora, a gente tirou foto, ele mandou, o Rick estava respondendo, chegou gente pedindo para fazer foto comigo, eu perdi o Carioca, não soube o que o Rick Bonadio falou pra ele. Mas o Carioca falou, no dia seguinte no podcast, de uma maneira super espontânea: O filme está incrível e o cara que faz o Rick Bonadio, fiquei impressionado, é o Rick Bonadio. Esses lugares que o público vai trazendo é mais do que especial, às vezes é muito mais do que uma crítica, porque uma crítica é somente uma crítica.
Ao ser questionado sobre qual foi a parte mais marcante do trabalho para ele, o ator ressaltou a confiança do personagem em relação ao sucesso da banda.
- Acho que é a força, a certeza, a expertise sobre vive. Porque o meu personagem, o Rico, na história, ele tem essa absoluta certeza do que vai dar certo e do que não vai dar, do que é bom e do que não é. Tem uma cena que só vai para a série, que é uma cena muito bonita, eu chego para os meninos e falo: Vocês não estão entendendo o talento que vocês têm. Ele é um visionário, um cara certeiro na sua posição e no seu estilo de viver. Isso foi o que mais marcou em mim. Falo que peguei um pouquinho disso para botar na minha essência, para vida. A gente precisa ter essas opiniões, esse foco, esse rumo para chegar onde a gente quer. E esse personagem, ele é muito assim. O meu personagem não tem nada de ruim. Ele tem várias qualidades e não tem defeito. Arrogância não é um defeito, postura firme não é um defeito. Eu acredito que são construções, né? São tijolinhos que a gente vai se construindo e vai ficando mais forte.Falo que a essência do Enrico Costa, do Rico, é uma essência maravilhosa para quem quer ser alguém na vida.
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