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Publicada em 09/05/2025 às 10:37 | Atualizada em 09/05/2025 às 10:43

Luisa Périssé relembra como Heloísa Périssé lidou com o tratamento contra o câncer: - Suavizou muito para o nosso lado

A atriz enfrentou a doença em meados de 2019

Da Redação

Montagem-Divulgação-TV Globo

Heloísa Périssé participou do Conversa com Bial ao lado da filha, Luisa Périssé. Ao longo da entrevista, as duas refletiram sobre o que pensam do termo nepo baby, como surgiu a ideia de criarem um programa juntos e relembraram a época em que a atriz veterana passou pelo tratamento contra o câncer nas glândulas salivares em meados de 2019. 

Durante o processo de cura da doença, Heloísa passou por cirurgia para remoção do tumor e sessões de quimioterapia e radioterapia. Questionada sobre como ficou a relação com a mãe durante o período difícil, Luisa respondeu:

- A minha mãe, não é que ela escondeu, mas suavizou muito para o nosso lado. Nem ficou em casa, morou em São Paulo.

Em seguida, a matriarca explicou o motivo de ter decidido sair de sua casa no Rio de Janeiro e como conduziu o tratamento em outra cidade.

- Eu saí de casa, não tratei no Rio por vários motivos. As pessoas às vezes se chocam e diziam que eu tinha que estar em torno da família, eu disse: Não. Eu sou uma pessoa que tenho essa característica curiosa. Em momentos da minha vida em que tenho certos xeque-mates, prefiro estar Deus e eu, sabe? Eu quis me tratar fora da minha casa, queria estar à vontade para chorar, vomitar, berrar, me desestruturar.

Ela completa contando que nunca estava sozinha, pois recebia visitas frequentes de amigos e familiares, que permaneceram ao seu lado. Ao fim do tratamento, saiu do apartamento no qual estava hospedada na capital paulista sem olhar para trás e retornou para a Cidade Maravilhosa. 

- Claro que me visitavam, não consegui ficar sozinha, porque Maria Clara Gueiros organizou um hall de amigas, que toda semana vinham, ficavam, dormiam comigo e tudo. Mas foi um movimento das amigas. E Mauro ia, Luisa, Tomtom. Eu não queria ter aquela experiência de fazer uma quimioterapia ou uma radioterapia, voltar para a minha cama que eu ia dormir. Eu fiz exatamente como quis, quando acabei o tratamento saí andando pela porta do apartamento em que fiquei, bati a porta de costas, entrei no elevador, ele desceu, eu fui embora sem olhar para trás e disse: Vivi o que tinha que viver e é aí que vai ficar, para trás. É o xeque-mate que a vida te dá, isso te redimensiona, te faz ter um outro olhar, passa s ser propósito. Procuro isso na minha vida.

Luisa então reflete sobre a forma como a mãe lidou com a doença e confessa:

- Em alguns lugares, obviamente, algumas coisas mudaram. Mas a essência é a mesma. Fazia tratamento, voltava, continuava de bom humor, era hilária. Falava que queria ficar só ela e Deus, mas ficava um rodízio de pessoas lá dentro, nunca ficou sozinha. A ficha [para mim] só caiu muito depois. Lembro até hoje que ela me chamou e disse: Filha, a mamãe está com um tumorzinho, mas já tirou, já resolveu. Aí, dali a pouco, ela dizia que tinha que viajar porque a mamãe ficou com câncer. Tudo era muito minimizado.

Nepo baby

Luisa Périssé nasceu fruto do antigo casamento de Heloisa Périssé com Lug de Paula, filho de Chico Anysio. Ao relembrar o dia em que a filha chegou ao mundo, a atriz compartilha qual foi o comentário que o eterno Professor Raimundo fez ao conhecer a neta:

- Tem uma coisa curiosa, que quando a Luisa nasceu, o Chico foi visitar, entrou no quarto pela primeira vez, saiu e disse: A Luisa não parece nem com a Lolo e nem com o Lug, ela parece com a Luisa. Ali ele de uma benção, uma assinatura para a Luisa. Ela sempre teve a personalidade dela. E muita personalidade até, podia ter um pouco menos, diz brincando.

Como Luisa vem de uma família repleta de artistas, Pedro Bial aproveitou a oportunidade para perguntar qual a sua opinião sobre o termo nepo baby, usado para se referir à alguém que tem parentes famosos. 

- Nepo baby é só uma síntese para dizer a filha da ou filho do. Eu sou filha dos meus pais, sou nepo-baby, não tem o que fazer, a não ser que eu nasça de novo. Mas se eu nascer de novo e vier filha de Larissa Manoela vou continuar sendo nepo baby. Sou filha, neta, sobrinha e afilhada, diz Luisa. 

Heloisa diz que a família pode desempenhar influência na carreira escolhida pelos filhos e a herdeira concorda:

- Ainda mais que o teatro é uma coisa que você entra em um mundo em que você tem mil possibilidades, mil figurinos, mil perucas... Você pode ser tudo. O teatro é uma brincadeira séria.

A atriz veterana então revela que desde pequena já sabia que queria trabalhar no meio artístico e até tinha um nome que gostaria de adotar quando fosse famosa. 

- Eu acho que, como tudo na vida, tem os prós e os contras. eu cheguei da Bahia, não tinha artistas na família, vim diferente. Meus irmãos bem mais velhos, vieram todos normais, de repente nasce eu. Minha mãe me perguntava o que eu seria quando crescer e eu dizia que atriz. Ela falava que quando crescer ia mudar e eu dizia: Não mudo, já tenho até meu nome artístico, Linda Strass. eu achava que o melhor nome para mulher era Linda e o Strass era brilho. Eu cheguei no Rio e tinha que fazer o que aparecesse. Fui escalando. Nasci no Rio, mas mudei muito até os 11 anos de idade, quando minha família mudou para a Bahia e nunca mais saí de lá.

Programa juntas

Quando perguntadas sobre de quem partiu a ideia que criar o programa Desencontro de Gerações, que realizam juntas no GNT, mãe e filha respondem:

- Foi das duas. A gente fazia vídeos falando sobre a nossa vida e contando uma coisa louca que a gente fez. Por exemplo, minha mãe estava se maquiando agora com um pé de sapato e o outro sem. Só que ela normal. Eu ia contando essas coisas, minha mãe contava outras, as pessoas iam comentando que era igual com elas. A gente falou que precisava ter um programa, conta Luisa.

- Eu falei que essa ideia podia ser um programa, porque isso não é uma coisa entre eu e Luiza, é família. O lugar em que sou mais assaltada no Rio de Janeiro é dentro da minha casa. Minhas filhas vão pegar minha roupa. Eu sou assaltada. Eu perguntando cadê meu shampoo molhada dentro do banheiro. Quando a gente postava essas coisas, todas as mães e filhos vinham comentar, explica Heloisa. 

A herdeira ainda compartilha se Heloisa costuma interferir em suas decisões:

- Nesse nível também não, mas a gente conversa muito. A gente se abre e troca muito, mas ela interfere um pouco, sim. Ela se mete um pouco, mas é inevitável. Todo mundo lá em casa se mete, a verdade é essa. E minha mãe se mete na vida de todo mundo, ela dá um conselho, um pitaco, fala um negócio, fala outro. Na vida amorosa ela não fala.

- Não falo, porque a Luisa realmente tem um íma, graças a Deus, para os príncipes. Eu amo meu genro, o Rafael, sou apaixonada. Rafa, te amo muito. Inclusive, na tranca ele é meu parceiro. Luisa é parceira de Antonia e eu de Rafael, completa a mãe.

- Foi na mesa de tranca que surgiu o Trap do Trepa-Trepa, inclusive, finaliza a filha.


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Luisa Périssé relembra como Heloísa Périssé lidou com o tratamento contra o câncer: <i>- Suavizou muito para o nosso lado</i>

Luisa Périssé relembra como Heloísa Périssé lidou com o tratamento contra o câncer: - Suavizou muito para o nosso lado

09/Mai/

Heloísa Périssé participou do Conversa com Bial ao lado da filha, Luisa Périssé. Ao longo da entrevista, as duas refletiram sobre o que pensam do termo nepo baby, como surgiu a ideia de criarem um programa juntos e relembraram a época em que a atriz veterana passou pelo tratamento contra o câncer nas glândulas salivares em meados de 2019. 

Durante o processo de cura da doença, Heloísa passou por cirurgia para remoção do tumor e sessões de quimioterapia e radioterapia. Questionada sobre como ficou a relação com a mãe durante o período difícil, Luisa respondeu:

- A minha mãe, não é que ela escondeu, mas suavizou muito para o nosso lado. Nem ficou em casa, morou em São Paulo.

Em seguida, a matriarca explicou o motivo de ter decidido sair de sua casa no Rio de Janeiro e como conduziu o tratamento em outra cidade.

- Eu saí de casa, não tratei no Rio por vários motivos. As pessoas às vezes se chocam e diziam que eu tinha que estar em torno da família, eu disse: Não. Eu sou uma pessoa que tenho essa característica curiosa. Em momentos da minha vida em que tenho certos xeque-mates, prefiro estar Deus e eu, sabe? Eu quis me tratar fora da minha casa, queria estar à vontade para chorar, vomitar, berrar, me desestruturar.

Ela completa contando que nunca estava sozinha, pois recebia visitas frequentes de amigos e familiares, que permaneceram ao seu lado. Ao fim do tratamento, saiu do apartamento no qual estava hospedada na capital paulista sem olhar para trás e retornou para a Cidade Maravilhosa. 

- Claro que me visitavam, não consegui ficar sozinha, porque Maria Clara Gueiros organizou um hall de amigas, que toda semana vinham, ficavam, dormiam comigo e tudo. Mas foi um movimento das amigas. E Mauro ia, Luisa, Tomtom. Eu não queria ter aquela experiência de fazer uma quimioterapia ou uma radioterapia, voltar para a minha cama que eu ia dormir. Eu fiz exatamente como quis, quando acabei o tratamento saí andando pela porta do apartamento em que fiquei, bati a porta de costas, entrei no elevador, ele desceu, eu fui embora sem olhar para trás e disse: Vivi o que tinha que viver e é aí que vai ficar, para trás. É o xeque-mate que a vida te dá, isso te redimensiona, te faz ter um outro olhar, passa s ser propósito. Procuro isso na minha vida.

Luisa então reflete sobre a forma como a mãe lidou com a doença e confessa:

- Em alguns lugares, obviamente, algumas coisas mudaram. Mas a essência é a mesma. Fazia tratamento, voltava, continuava de bom humor, era hilária. Falava que queria ficar só ela e Deus, mas ficava um rodízio de pessoas lá dentro, nunca ficou sozinha. A ficha [para mim] só caiu muito depois. Lembro até hoje que ela me chamou e disse: Filha, a mamãe está com um tumorzinho, mas já tirou, já resolveu. Aí, dali a pouco, ela dizia que tinha que viajar porque a mamãe ficou com câncer. Tudo era muito minimizado.

Nepo baby

Luisa Périssé nasceu fruto do antigo casamento de Heloisa Périssé com Lug de Paula, filho de Chico Anysio. Ao relembrar o dia em que a filha chegou ao mundo, a atriz compartilha qual foi o comentário que o eterno Professor Raimundo fez ao conhecer a neta:

- Tem uma coisa curiosa, que quando a Luisa nasceu, o Chico foi visitar, entrou no quarto pela primeira vez, saiu e disse: A Luisa não parece nem com a Lolo e nem com o Lug, ela parece com a Luisa. Ali ele de uma benção, uma assinatura para a Luisa. Ela sempre teve a personalidade dela. E muita personalidade até, podia ter um pouco menos, diz brincando.

Como Luisa vem de uma família repleta de artistas, Pedro Bial aproveitou a oportunidade para perguntar qual a sua opinião sobre o termo nepo baby, usado para se referir à alguém que tem parentes famosos. 

- Nepo baby é só uma síntese para dizer a filha da ou filho do. Eu sou filha dos meus pais, sou nepo-baby, não tem o que fazer, a não ser que eu nasça de novo. Mas se eu nascer de novo e vier filha de Larissa Manoela vou continuar sendo nepo baby. Sou filha, neta, sobrinha e afilhada, diz Luisa. 

Heloisa diz que a família pode desempenhar influência na carreira escolhida pelos filhos e a herdeira concorda:

- Ainda mais que o teatro é uma coisa que você entra em um mundo em que você tem mil possibilidades, mil figurinos, mil perucas... Você pode ser tudo. O teatro é uma brincadeira séria.

A atriz veterana então revela que desde pequena já sabia que queria trabalhar no meio artístico e até tinha um nome que gostaria de adotar quando fosse famosa. 

- Eu acho que, como tudo na vida, tem os prós e os contras. eu cheguei da Bahia, não tinha artistas na família, vim diferente. Meus irmãos bem mais velhos, vieram todos normais, de repente nasce eu. Minha mãe me perguntava o que eu seria quando crescer e eu dizia que atriz. Ela falava que quando crescer ia mudar e eu dizia: Não mudo, já tenho até meu nome artístico, Linda Strass. eu achava que o melhor nome para mulher era Linda e o Strass era brilho. Eu cheguei no Rio e tinha que fazer o que aparecesse. Fui escalando. Nasci no Rio, mas mudei muito até os 11 anos de idade, quando minha família mudou para a Bahia e nunca mais saí de lá.

Programa juntas

Quando perguntadas sobre de quem partiu a ideia que criar o programa Desencontro de Gerações, que realizam juntas no GNT, mãe e filha respondem:

- Foi das duas. A gente fazia vídeos falando sobre a nossa vida e contando uma coisa louca que a gente fez. Por exemplo, minha mãe estava se maquiando agora com um pé de sapato e o outro sem. Só que ela normal. Eu ia contando essas coisas, minha mãe contava outras, as pessoas iam comentando que era igual com elas. A gente falou que precisava ter um programa, conta Luisa.

- Eu falei que essa ideia podia ser um programa, porque isso não é uma coisa entre eu e Luiza, é família. O lugar em que sou mais assaltada no Rio de Janeiro é dentro da minha casa. Minhas filhas vão pegar minha roupa. Eu sou assaltada. Eu perguntando cadê meu shampoo molhada dentro do banheiro. Quando a gente postava essas coisas, todas as mães e filhos vinham comentar, explica Heloisa. 

A herdeira ainda compartilha se Heloisa costuma interferir em suas decisões:

- Nesse nível também não, mas a gente conversa muito. A gente se abre e troca muito, mas ela interfere um pouco, sim. Ela se mete um pouco, mas é inevitável. Todo mundo lá em casa se mete, a verdade é essa. E minha mãe se mete na vida de todo mundo, ela dá um conselho, um pitaco, fala um negócio, fala outro. Na vida amorosa ela não fala.

- Não falo, porque a Luisa realmente tem um íma, graças a Deus, para os príncipes. Eu amo meu genro, o Rafael, sou apaixonada. Rafa, te amo muito. Inclusive, na tranca ele é meu parceiro. Luisa é parceira de Antonia e eu de Rafael, completa a mãe.

- Foi na mesa de tranca que surgiu o Trap do Trepa-Trepa, inclusive, finaliza a filha.