Como você viu aqui no ESTRELANDO, Asia Argento foi acusada de assédio sexual pelo ator e músico Jimmy Bennett, que na época do acontecido tinha apenas 17 anos de idade. Além do suposto abuso, Asia também teria pago cerca de um milhão e 400 mil reais pelo silêncio do jovem, em um acordo feito pelos advogados de ambos. A história já é chocante por si só, mas o que mais chamou a atenção foi o fato da atriz participar ativamente do movimento #MeToo, que condena a agressão sexual em Hollywood, e por ela mesma ter sido uma das vítimas do produtor Harvey Weinstein. A seguir, você confere quem se manifestou publicamente sobre as acusações feitas contra Asia Argento.

Dario Argento, renomado diretor do cinema de horror e pai de Asia, defendeu a filha em entrevista ao jornal italiano La Stampa. O cineasta disse que Asia irá lutar até o fim contra as acusações: - Tudo o que está acontecendo me deixou em um estado mental negativo, é uma sequência de eventos desagradáveis. Dario ainda especulou sobre uma possível conspiração contra Asia: - Temos que ver se essas acusações são verdadeiras. Eu não acho que sejam. Acho que podem ser uma tentativa organizada de difamá-la. Acho que Weinstein disse para os seus advogados para inventarem alguma sujeira sobre ela.

Rose McGowan, amiga próxima de Asia e outra vítima de Weinstein, disse estar de coração partido com o que veio à tona: Eu conheci Asia Argento dez meses atrás. Nossa comunalidade é a dor compartilhada de ser agredida por Harvey Weinstein. Estou de coração partido. Eu continuarei meu trabalho em apoio às vítimas de todos os lugares. Nenhum de nós sabe da verdade da situação e tenho certeza que mais coisas serão compartilhadas. Sejam gentis.

O advogado de Harvey Weinstein, Ben Brafman, não economizou na hora de criticar Asia pelo caso: - Essa história revela um nível impressionante de hipocrisia de Asia Argento, uma das catalisadoras mais relevantes que procuram destruir Harvey Weinstein. Talvez seja mais notório, no momento, que sugere que, ao mesmo tempo em que Argento estava trabalhando em seu próprio acordo secreto pelo suposto abuso sexual de um menor, ela estava se posicionando à frente daqueles que condenavam Weinstein, apesar do fato de que seu relacionamento sexual com o sr. Weinstein foi entre dois adultos que consentiram e que durou mais de quatro anos, revelou ao TMZ.

A fundadora do movimento #MeToo também se pronunciou: Eu disse repetidamente que o Movimento #MeToo é para todos nós, incluindo esses jovens corajosos que estão se apresentando agora. Continuará a ser chocante quando ouvirmos os nomes de alguns dos nossos favoritos ligados à violência sexual, a menos que paremos de falar sobre indivíduos e comecemos a falar sobre poder. A violência sexual é sobre poder e privilégio. Isso não muda se o perpetrador for sua atriz, ativista ou professora favorita, de qualquer gênero. E não vamos mudar a cultura a menos que levemos a sério a mudança dessas falsas narrativas. Minha esperança é que, à medida que mais pessoas se apresentarem, particularmente homens, que nos preparemos para conversas duras sobre poder e humanidade, privilégios e danos. Esta questão é menos sobre crime e castigo e mais sobre danos e redução de danos. Uma mudança pode acontecer. Este movimento está abrindo espaço para a possibilidade. Mas, isso só pode acontecer depois que abrirmos toda a lata de minhocas e ficarmos realmente confortáveis com a realidade desconfortável de que não há uma maneira de ser um perpetrador e que não existe um sobrevivente modelo. Somos imperfeitamente humanos e todos nós temos que ser responsáveis por nosso comportamento individual. As pessoas usarão essas notícias recentes para tentar desacreditar esse movimento - não deixe isso acontecer. É disso que trata o movimento. Não é um esporte de espectador. São pessoas geradas. Nós que dizemos "isso é / isso não é o que este movimento é sobre!"