De vilão a mocinho, relembre a trajetória da carreira de Lima Duarte
Ele é considerado um dos atores mais importantes da dramaturgia brasileira e acumula papéis memoráveis nas novelas
29/Mar/2024
Da Redação
Ariclenes Venâncio Martins, mais conhecido pelo público como Lima Duarte, nasceu no dia 29 de março de 1930. O ator nunca se considerou uma celebridade e dizia que preferia ser conhecido pelo trabalho: Eu não gosto de popularidade, gosto de prestígio. Quero ser reconhecido como o ator que faz bem a fundamentação psicológica do personagem: como ele anda, ama, odeia, morre e mata, contou ao Memória Globo. Mas, quem acompanhou a carreira de Lima Duarte nas telinhas e todo o sucesso que o ator fez durante sua trajetória, mal deve saber que quando deu início a vida profissional foi criticado pela própria voz. O ator mineiro, que ainda não usava o nome artístico, chegou em São Paulo em 1946 e sonhando em trabalhar no rádio, foi reprovado em teste na TV Tupi por causa do sotaque caipira. Ainda assim, conseguiu o cargo de sonoplasta, até que foi convidado para trabalhar em sua primeira radionovela. Na rádio, ficou por 16 anos e em 1950 realizou sua primeira telenovela, Sua Vida me Pertence, de Walter Forster. No começo, ainda realizou algumas dublagens em português de desenhos animados americanos, como desenhos animados norte-americanos como Manda-Chuva, na voz do personagem Espeto. A seguir, relembre a trajetória da carreira do ator!
Seu trabalho mais recente foi em 2022, quando o ator deu vida a Afonson Camargo na telenovela Além da Ilusão.
Já em 2015, Duarte estava no ar com I Love Paraisópolis, novela que encantou o público com Dom Peppino.
Em 2010, Lima estrelou em Araguaia como o vilão Max, porém o ator não gostou muito de seu papel como malvado.
No ano de 2009, o artista deu vida a Shankar na novela Caminho das Índias. Na trama, ele era um personagem super rico que acabou doando todo o seu dinheiro para viver nas montanhas como Gandhi.
Em Senhora do Destilo, novela que foi ao ar em 2005, o ator era o Senador Victório Vianna, mas só apareceu entre os capítulos entre os dias 3 e 12 de março.
Já em 1997, o ator fez a novela A Indomada, também como Murilo Pontes.
Já em 1996, esteve na novela O Fim do Mundo, como o Coronel Ildásio Junqueira, e fez parte de um episódio de Sai de baixo.
Em 1995, o ator fez parte de A Próxima Vítima, como Zé Bolacha.
Fera Ferida, de 1993 e 1994, também se tornou um das novelas inesquecíveis da qual Lima Duarte fez parte, como personagem ambicioso e prepotente Major Bentes, que ditava as regras na cidade de Tubiacanga.
Em 1993, ele passou a fazer parte do programa Você Decide, que a cada episódio eram encenados casos especiais, com um final diferente a ser escolhido pelos telespectadores através de votações via telefone. Ele apresentou a atração naquele ano e ainda fez participações nos anos 1997, 1999 e 2000, último ano da exibição.
Em 1992, o ator fez Pedra Sobre Pedra.Em entrevista ao site Memória Globo, o ator falou sobre o personagem Murilo Pontes, que mantinha uma relação conturbada com Pilar Pontes, personagem de Renata Sorrah. - Eu gostava daquele amor. Eu gosto muito dessas coisas desesperadas. Digo coisas que eu não diria nunca, visto uma roupa que eu não vestiria nunca, emito conceitos, vivo paixões que eu não viveria nunca. Quando você encontra uma companheira como a Renata Sorrah, que também é capaz de fingir que vive uma desesperada paixão, é muito gostoso.
Em 1990, contracenou com Zilda Cardoso em Meu Bem, Meu Mal, como o personagem Dom Lázaro Venturini.
No mesmo ano, também fez parte de Rainha da Sucata, de Silvio de Abreu, como o personagem Onofre Pereira.
Embalado pelo sucesso de Sinhozinho Malta, Lima seguiu nos holofotes, dessa vez como o Sassá Mutema de Salvador da Pátria, de 1989. Um humilde plantador de laranjas, ele é obrigado a se casar com Marlene para acobertar o caso do deputado federal Severo Toledo Blanco. A novela marca um importante momento da política brasileira com a volta das eleições diretas para presidente.
Um dos personagens que não poderiam faltar é o Sinhozinho Malta de Roque Santeiro, sucesso de 1985 e escrito por Dias Gomes e Aguinaldo Silva. O personagem lhe valeu o segundo prêmio de Melhor Ator da APCA. Na novela, ele atuava ao lado de Regina Duarte, como Porcina. Sinhozinho era um poderoso fazendeiro, que se apaixonava pela viúva Porcina - que na realidade nunca chegou a ser casada com Roque Santeiro, que foi dado como morto anos atrás. A novela foi um sucesso espontâneo, alcançando altos índices de audiência, sendo reexibida diversas vezes e também sendo vendida para vários países. Nem tudo foram flores, no entanto, a novela chegou a ser proibida pela censura e teve que ser rapidamente substituída, só entrando no ar 10 anos depois. Antes da trama, ele ainda esteve em Partido Alto, de 1984, como Cocada. E na novela Champagne, de 1983.
Na foto acima, o ator aparece como Oscar, seu personagem de 1979 em Marrom Glacê. No mesmo ano, ele também fez parte de Pai Herói como Malta Cajarana. Antes de grandes sucessos de sua carreira, como Roque Santeiro, o ator se tornou premiado por Getúlio de Sargento Getúlio, filme de 1983 inspirado no livro de mesmo nome de João Ubaldo Ribeiro. Ele vive um sargente que transporta um prisioneiro e, mesmo depois que as ordens mudam, ele decide não libertar o preso. Entre os festivais dos quais ele participou estão o Festival de Gramado, o Festival de Havan e o Prêmio APCA.
Nos anos 1970, ainda esteve nas novelas Os Ossos do Barão, O Rebu, Pecado Capital e O Crime de Zé Bigorna, que é marcante por três motivos: por ser um filme, o episódio de uma série e também parte de uma novela. Acontece que tudo começou com um episódio de Caso Especial, o que inspirou o filme com o nome do conto e, por fim, foi isso que inspirou O Salvador da Pátria. Em todos os três casos foi Lima que viveu Zé Bigorna, um homem que é acusado de um crime que acaba o transformando em uma celebridade.
Em Pecado Capital, de 1975, ele foi Salviano Lisboa, um milionário pai de seis filhos que, por ser muito bajulado, se sente sozinho e abandonado. Ele se apaixona por Lucinha, personagem de Betty Faria, e os dois precisam lutar para continuarem juntos. O ator ainda levou pela primeira vez o prêmio de Melhor Ator da APCA. Na novela, ele atuou ao lado da Débora Duarte, sua enteada. Os dois eram pai e filha na trama.
Lima também faz parte da história da televisão brasileira, sendo um dos protagonistas de O Bem Amado, a primeira telenovela a cores da televisão brasileira. A trama, exibida em 1973, criticava a ditadura militar com toques de humor e Darte vinha na pele de Zeca Diabo, um matador que é chamado para a cidade com o intuito de tirar a vida de alguém, mas se recusa a fazê-lo porque quer ser um homem mudado. O ator ainda esteve na série originada da telenovela homônima com o mesmo personagem, que ficou nas telinhas entre 1980 e 1984.
Enquanto realizava seus primeiros trabalhos na televisão, Lima Duarte também atuava no teatro. Ele trabalhou no grupo Teatro de Arena e fez peças como O Testamento do Cangaceiro e Arena conta Zumbi. Na TV Tupi, sua novela mais bem-sucedida foi quando dirigiu Beto Rockfeller, em 1968, com Luis Gustavo como protagonista. O trabalho o levou até a Globo, onde realizou um de seus papeis mais lembrados de toda a carreira na primeira novela colorida da TV, O Bem-Amado, de Dias Gomes. Antes, ele esteve nos cinemas, com o filme Quase no Céu, exibido em 1949 e que contava com grande elenco, com nomes como Hebe Camargo, Paulo de Alencar e outros.
A primeira novela global de Tony Ramos e Vera Fischer marcou Lima Duarte na pele do palhaço Carijó - um humorista que já foi brilhante, mas é considerado ultrapassado para o seu tempo. Roberto Marinho, fundador da Globo, chegou a mandar uma carta ao elenco da novela falando sobre a cena tão dolorosa de Carijó sendo expulso enquanto fazia uma participação especial em uma novela.
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