Sessão nostalgia? Carrossel de emoções? Sim e sim. Na última terça-feira, dia 17, a temperatura do lado de fora do Espaço Unimed, em São Paulo, podia até estar em torno de oito graus Celsius, mas a banda McFly fez o clima esquentar dentro da casa de shows com a primeira apresentação da turnê Young Dumb Thrills em solo brasileiro. Após dez anos desde a última vez que os meninos se apresentaram por aqui, Danny Jones, Tom Fletcher, Dougie Poynter e Harry Judd fizeram a espera valer a pena ao entregarem hits que aqueceram o coração dos fãs. O ESTRELANDO marcou presença e te conta tudo o que rolou!

A banda abriu a setlist com Red, do álbum The Lost Songs, lançado em 2020, e fez a galera sair do chão com pulos e gritos. No entanto, horas antes de entrar no palco, Tom Fletcher teve problemas com a voz e o quarteto precisou improvisar. Desta forma, Danny Jones assumiu a maior parte dos vocais do amigo e conduziu toda a performance da noite.

Quem também teve grande destaque foi Dougie Poynter, que nunca cantou tanto em um show como nesta apresentação. Por conta do problema de Tom, o baixista surpreendeu em diversos solos. Por volta da terceira canção, o grupo enfrentou problemas técnicos e o loiro aproveitou para interagir com a plateia. Estamos tendo problemas técnicos, mas fazemos isso há 20 anos, então nada vai nos parar. É ótimo estar de volta, sentimos falta de vocês. Não acredito que depois de dez anos vocês voltaram, disparou.

Aparentando bastante abatido, Tom não deixou de dar tudo de si e arrasou na guitarra. Além das canções antigas, o britânico apresentou pela primeira vez a faixa Josephine e mostrou dificuldades na hora de terminar a letra. O público, é claro, ajudou o astro. Fletcher ainda fez a felicidade dos fãs ao dar uma palhinha de No Worries, que não estava no repertório.

Danny, por sua vez, foi de 8 a 80 em questão de minutos. Das batidas pesadas do rock n' roll e solos de guitarra, ele engatou na balada romântica e arrancou lágrimas da galera com o solo acústico de Walk in the Sun, outra faixa que nunca está na setlist. Baita surpresa, não é mesmo? Além disso, Jones não poupou gracinhas em cima do palco e até se arriscou no português: Sorvete, por favor!, disse, exibindo as novas palavrinhas que aprendeu no nosso idioma.

Alerta de fofura! De olho em tudo o que acontecia na plateia e preocupados com a segurança, os meninos pararam o show durante a faixa Ultraviolet para socorrer uma fã. Ei, ei, ei. Você está bem?, indagou Danny. Me avisem se ela está bem. Certeza?, repetiu o cantor. No final das contas, a garota tinha apenas perdido o celular, mas conquistou alguns segundos de atenção de seus ídolos, que tiraram sarro da situação. Se qualquer outra coisa sumir, não se acanhe em nos avisar e paramos o show outra vez, brincou Dougie.

Em cerca de duas horas, a banda entregou um repertório de 21 músicas nostálgicas que marcaram a juventude dos anos 2000. Uma verdadeira viagem no tempo! Já o encerramento foi marcado por muito estilo e lágrimas do público. Danny Jones pegou a toalha que usou para secar o suor durante o show e passou por todo o corpo antes de jogar para os fãs... em todo o corpo mesmo, inclusive naquele lugar. Vocês são uma das plateias mais barulhentas e talentosas que já tivemos, afirmou. Enquanto Dougie se resumiu a jogar palhetas de guitarra na Pista Premium. Harry Judd, que ficou o tempo todo na bateria, aproveitou para entregar as baquetas para uma sortuda. Inclusive, por conta de tanta fumaça artificial, o baterista quase não apareceu, deixando a galera em prantos.

A turnê foi remarcada duas vezes por conta da Covid-19 e quem não deixou de marcar presença foi o casal Mari Palma e Phelipe Siani. Após São Paulo, o grupo internacional ainda segue para Belo Horizonte, Porto Alegre, Ribeirão Preto e Rio de Janeiro.