No dia 30 de maio de 2022 o Brasil perdeu uma grande estrela da dramaturgia, Milton Gonçalves. O ator estava com 88 anos de idade e morreu em sua casa no Rio de Janeiro por consequências de problemas de saúde enfrentados desde que teve um AVC em 2020. Considerado um dos maiores atores da dramaturgia brasileira, Milton Gonçalves é também um dos mais antigos das telinhas. Consagrado com mais de 40 novelas no currículo, o ator, que é dono de uma voz inconfundível , faz parte do elenco da TV Globo antes mesmo da emissora inaugurar em 1965. Além das novelas, também fez sucesso em programas de humor, minisséries, filmes e no teatro, interpretando os mais diversos personagens, desde político corrupto, delegado, pai de santo e escravo. Atrás das câmeras, Milton também faz sucesso e já tem algumas direções no currículo, como o sucesso Escrava Isaura e Irmãos Coragem. A seguir, relembre outros destaques da carreira de Milton Gonçalves!

O último papel de Milton foi em uma minissérie protagonizada pelo ex-casal Murilo Benício e Débora Falabella. Em Se Eu Fechar os Olhos Agora, exibida em 2018, o ator viveu Paulo Roberto e também trabalhou como narrador da trama.

Já na dramaturgia, o ator esteve em O Tempo Não Para, de Mario Peixoto, como o personagem Eliseu. Milton dividiu cena com Edson Celulari, que interpretava Dom Sabino.

Em 2017 o ator esteve na novela Pega Pega como o personagem Cristóvão, que era responsável pelos pequenos consertos no hotel Carioca Palace, cenário central do folhetim das sete. Já em 2015, ele esteve na novela Além do Tempo.

Em 2012, o ator completou 79 anos de idade na novela Lado a Lado. Como Afonso, ele dividia cena com Camila Pitanga, que dava vida à personagem Isabel.

Em 2011, ele interpretou o alcoólatra Gregório na novela Insensato Coração, que era pai de André, personagem de Lázaro Ramos.

Em 2008, ele esteve ao lado de Taís Araújo na novela A Favorita, como o personagem Romildo. Na trama de João Emanuel Carneiro, o ator, que também possui experiência na política do Brasil e até chegou a se candidatar ao governo do Estado do Rio de Janeiro em 1994 pelo, interpretou um político corrupto.

Em 2006, ele esteve mais uma vez ao lado de Taís Araújo, só que no horário das sete da TV Globo, na novela Cobras e Lagartos.

Mas o destaque de 2006 ficou por conta de Sinhá Moça, novela das seis da emissora. A segunda versão do folhetim lhe valeu a indicação para o prêmio de Melhor Ator no Emmy Internacional. Apesar de não ter levado o troféu para casa, o ator apresentou a categoria de Melhor Programa Infantojuvenil ao lado da atriz norte-americana Susan Sarandon. A ocasião ficou marcada para o Brasil, já que ele foi o primeiro brasileiro a se apresentar no evento.

O ano de 2005 também oi bastante marcante para Milton, que foi premiado na categoria de Melhor Ator no Festival de Gramado pelo filme As Filhas do Vento. Na produção, ele também atuava ao lado de Taís Araújo, além de outros grandes nomes da dramaturgia, como Ruth de Souza e Léa Garcia. No cinema, ele também esteve em 2003, no sucesso Carandiru.

Em 1996, o ator fez sucesso na novela O Rei do Gado e Anjo de Mim, que você vê na foto acima. Em 1999, ele também se destacou em Andando nas Nuvens e Chiquinha Gonzaga.

O ator ganhou o papel de Mestre Lídio Corró na minissérie Tenda dos Milagres, de 1985. No mesmo ano, ele também esteve em Roque Santeiro, de Dias Gomes, como o promotor público Lourival Prata.

O ano de 1974 rendeu diversos prêmios para Milton, que era protagonista no filme Rainha Riaba, de Antônio Carlos da Fontoura. No longa, interpretou um bandido transexual. Ganhou prêmios de Melhor Ator do cinema brasileiro da época: o Troféu Candango, do Festival de Brasília, o Air France, o Governador do Estado e o Coruja de Ouro.

Em 1973, o ator viveu o Zelão das Asas na novela O Bem-Amado, de Dias Gomes. Dois anos depois, em 1975, ele interpretou o personagem Filé na primeira versão de Gabriela, de Walter George Durst. Em 1976, ele também participou da primeira versão de Samarandaia. Já em 1976, ele dirigiu Escrava Isaura ao lado de Herval Rossano. A telenovela fez tanto sucesso que já foi reprisada mais de cinco vezes pela emissora.

Em 1970, o ator não só dirigiu a primeira versão de Irmãos Coragem, como atuou também como o personagem Braz Canoeiro. Além de Milton, o folhetim também estava sob comando de Daniel Filho e Reynaldo Boury.