Michael Jackson não eternizou apenas grandes músicas, como também muito bafafá. Isso porque, apesar de morto, o cantor será julgado por abuso sexual infantil. Oi? Pois é. Em 2009, o Rei do Pop foi encontrado desacordado na mansão em Beverly Hills, Los Angeles, Estados Unidos, tendo a morte declarada decorrente de intoxicação por propofol e benzodiazepina. Contudo, antes disso, ele fez história com os hits Billie Jean, Black Or White, Thriller e Man In The Mirror - sem contar que o artista revolucionou a história da música com os shows tecnológicos e grandes passos de dança, como o Moonwalker. Porém, nem tudo são flores, né? Ao longo da carreira, diversas polêmicas rodearam o astro, como as acusações de abuso sexual contra crianças. Antes de morrer, Jackson passou longos meses no tribunal tentando recuperar sua reputação - e conseguiu. Ele chegou a vencer as acusações e declarou sua inocência. Mas, em 2023, de acordo com o TMZ, o Tribunal de Apelação da Califórnia, nos Estados Unidos, deu o sinal verde para Wade Robson seguir com um novo processo. Nos anos 1990, quando tinha entre sete e 14 anos de idade, o coreógrafo passou muito tempo no rancho Neverland, famosa propriedade do Rei do Pop, e alegou que Michael tentou manipulá-lo com lavagem cerebral para fazer sexo em vários cômodos. Agora, a situação será abordada em documentário. Eita! A seguir, entenda toda a polêmica.

Diante de todo bafafá, em julho de 2023, a People divulgou que o polêmico documentário Leaving Neverland, produzido pelo próprio Wade, vai ganhar uma sequência para mostrar os novos processos. Esta história revela o viés da mídia e o tratamento de seus 'assuntos'; um olhar intrigante sobre a integridade da mídia ao longo dos anos, e o que mudou no tecido da sociedade para abraçar tais histórias preconceituosas sobre Michael Jackson, diz o site da AMOS Picture Media, empresa que tem os direitos do projeto.

É claro que a abertura do caso de Wade Robson trouxe à tona todo o passado obscuro de Michael Jackson. Em 1993, o músico foi acusado pela primeira vez de abuso sexual por Evan Chandler, pai de Jordan Chandler. O dentista alegou na Justiça que o cantor fez amizade com seu filho, de 13 anos de idade, e chegou a dividir a cama, além de molestá-lo. Um ano depois, Michael foi aconselhado por sua equipe a fechar um acordo financeiro com a família Chandler. Decisão que foi muito mal vista pelo público. Afinal, por que o cantor pagaria pelo silêncio de Evan se, teoricamente, era inocente? Na época, Jackson chegou a afirmar que não via nenhum mal em dar sua cama para as crianças dormirem, inclusive, já teria dormido com ator Macaulay Culkin, astro de Esqueceram de Mim.

Falando em Macaulay Culkin, o ator é padrinho dos filhos de Jackson e foi uma das testemunhas que falou a favor de Jackson no julgamento de 2005. Acho isso improvável. Acho que perceberia se algo assim estivesse acontecendo comigo. Nunca o vi fazer nada impróprio com ninguém., disse na ocasião. Em novembro daquele ano, o cantor chegou a ser preso e indiciado por sete supostos abusos sexuais infantis, entre as crianças estava Wade Robson, que, em 2023, voltou a processá-lo apesar de morto. Agora, por conta da decisão tomada pelo Tribunal de Apelação da Califórnia, alguns famosos vão precisar aparecer no tribunal novamente. Segundo o site Radar, Macaulay vai ser um deles, já que o ator era muito amigo de Michael.

Em 2005, com os fãs aflitos, a família Jackson em pé de guerra, e Michael emagrecendo cada vez mais - além de abusar de remédios para dormir, o cantor foi declarado inocente em junho, quatro meses após o início do julgamento.

Contudo, Michael nunca superou a fase obscura de sua vida. O cantor preferiu não voltar para o rancho Neverland pois havia colecionado más lembranças dos policiais o despindo para tentarem encontrar evidências físicas. Sem contar que a carreira estava abalada, já que grande parte do público ainda não acreditava em sua inocência e o vício em sedativos estava cada vez maior.

Em 2009, aos 50 anos de idade, Jackson tentou retornar ao palcos com a última turnê antes de declarar a aposentadoria, intitulada This Is It. Os ingressos esgotaram e tudo parecia bem. Michael andava ensaiando sem parar e contava com a ajuda do famoso coreógrafo Kenny Ortega. Mas em 25 de junho, o mundo se chocou com a notícia de sua morte por overdose de propofol e benzodiazepínicos, remédios usados para anestesia geral em procedimentos cirúrgicos, mas que o cantor fazia o uso para dormir, já que sofria de insônia aguda.

Apesar da morte, o nome de Michael Jackson continuou na boca do povo. 14 anos após ser enterrado, Wade Robson não desistiu de provar que o cantor era culpado pelos casos de abusos sexuais.

Vale lembrar que, em abril de 2021, Wade não ganhou o processo que movia contra a MJJ Productions, empresa responsável pelo espólio do cantor. Após perder o processo, o advogado de Robson disse que iria recorrer da decisão. A decisão estabeleceria um precedente perigoso que deixaria milhares de crianças que trabalham na indústria do entretenimento vulneráveis, disse Mark A. Young, juiz do caso.