Confira as vezes em que Samara Felippo abriu o coração na web
A atriz fala muito sobre amor próprio em seu Instagram
02/Dez/2023
Da Redação
Samara Felippo sempre faz desabafos importantes e propõe reflexões necessárias. Recentemente, ela revelou que sua filha mais velha, Alicia, de 14 anos de idade, decidiu ir morar com o pai nos Estados Unidos. A atriz não escondeu que está arrasada com a partida da adolescente e desabafou por meio de um texto publicado em suas redes sociais. Assim, a artista declarou que respeita a escolha da menina de ir morar com o ex-marido, o jogador de basquete Leandro Barbosa. Fiz um vídeo, mas ainda não consegui soltar. Muita gente me perguntando nos Stories porque Alicia não tem aparecido. Depois de muita conversa, encorajamento, apoio, diálogos minha adolê decidiu bater asas, sair um pouco da asa da galinha mãe aqui. E eu tenho muito orgulho como mãe, dela com 14 anos estar tão segura e decidida em tomar um rumo que muda vida, rotina, costumes, idioma, distância de quem ela ama, diz ela em um trecho do tocante desabafo. A seguir, veja outros momentos em que a atriz trouxe à tona importantes reflexões!
Certa vez, ao participar do podcast Téte a Theo, a atriz revelou intimidades de sua vida sexual. Samara disse que não poder ter relações sexuais barulhentas após a maternidade é algo que a incomoda. Além disso, a mãe de Alicia e Lara abriu o jogo sobre algumas obrigações que vem junto com a maternidade, mas que não são agradáveis. - Não gosto de acordar cedo, não gostei de estar grávida, minha pele encher de manchas, não gostei de pausar minha carreira. Isso não invalida minha maternidade e o amor incondicional que eu tenho pelas minhas filhas, tudo que dediquei e dedico a elas. Era um tabu isso.
Durante uma entrevista para o programa De Lado com Fefito, ela comentou sobre as polêmicas envolvendo seus fios brancos. Eu recebo muitas críticas de mulheres principalmente, é uma loucura. O que suas filhas vão pensar? Não tem vergonha? Tenho não! É uma rebeldia praticamente, declarou ela.
No canal Mais que oito minutos, a atriz conversou sobre ter um relacionamento aberto com o humorista Elídio Sanna, do grupo Os Barbixas. Não estou no nível de dizer que somos superabertos. Já aconteceu e não foi um problema. A parceria precisa entender, mas fácil não é. Existe sempre a possibilidade de seu parceiro se apaixonar por outra pessoa. Mas Elídio é super na dele. Os dois estão juntos há sete anos e Samara revelou: A gente não nasceu para ser monogâmico. Sei que é um tabu para muitas pessoas que eu conheço, mas que ciúme é esse que vira prova de amor? Eu sou livre, e meu namorado entende bem isso. A gente não está junto há sete anos à toa. Existem limites, claro, existem acordos. Tem situações que não são tão confortáveis, e aí a gente sente para conversar.
Posando plena, ela legendou outro clique que ganhou milhares de curtidas: Venho acompanhando com orgulho muitos movimentos femininos/feministas em prol da libertação da mulher. Um deles é a cultura do corpo perfeito. Comecei na TV aos 18 anos, a vida TODA lutei contra a balança, tomei remédios, tive efeito sanfona, fiz todas as dietas, entrei e saí de academia, sofria quando minha imagem na TV parecia fora do padrão, quando um diretor me pedia para emagrecer sem qualquer propósito, apenas para ficar melhor no vídeo. Sofri quando aos 15 anos fui rejeitada de uma agência de modelos por ter o quadril largo demais. E olha que eu nunca fui gorda, mas ja me achei enorme diversas vezes e sofria com isso. Fiz lipo em lugares do meu corpo que odiava ( aos 26 anos) Hoje olha pra trás e não me culpo, não me julgo. Fui apenas vítima das capas de revistas, da pressão da mídia, da obrigação de estar sempre linda, leia - a magra! Hoje vejo @carolinie_figueiredo@mbottan @naosouexposicao@ellorahaonne @pretararaoficial@theashleygraham@marianaxavieroficial. Enfim... faria aqui (ainda bem) uma lista maravilhosa e imensa de mulheres que nos mostram a realidade, que nos ensinam, que nos ajudam a tirar esse maldito peso e fazer com que deixemos de nos odiar, de odiar o nosso corpo. Você é linda! Na cultura que vivemos, nós mulheres crescemos com o fardo de ter que agradar o homem, que se ele não achar bonito, gostoso, agradável, você é uma merda! Chega né? Hoje aos 39 anos, mãe de duas meninas (fico feliz que meninas tem acesso a esse empoderamento muito mais cedo hoje) me sinto tão livre! Eu gosto de fazer exercício e comer bem, me sinto disposta. Tenho fases mais intensas e outras menos, mais não se torna mais uma tortura. Não vou mentir, ainda tem coisas que me incomodam mas como eu disse no texto do meu aniversário, amo minha EU de hoje mas ela ainda tá desaprendendo e desconstruindo e aprendendo a amar essa minha barriguinha linda da foto. E a tomar minha cervejinha sem culpa, porque AMO tomar minha cerveja com meus amigos, e eu posso parar de tomar por intolerância mas não vou parar pra ser magra.
Samara Felippo sempre faz desabafos importantes e propõe reflexões necessárias nas redes sociais. Certa vez, ela contou no Instagram sofre o preconceito sofrido pela filha caçula: - A Lara veio me relatando que um amiguinho dela chamou ela de negrinha chata: Ah, sua negrinha chata. Só que ela veio me contar isso, sei lá, uma semana depois do ocorrido. E aí, me deu uma taquicardia momentânea e eu falei: Filha, está tudo bem? Como é que você recebeu isso? Você precisa falar para a professora na hora. Porque o menino branco lá que falou não pode repetir isso. Ele tem que aprender que isso é crime... Eu falei: Fala para ele que se ele não pagar, os pais dele vão pagar. Eu mandei um e-mail e falei: Aconteceu isso, isso e isso e eu quero saber se vocês vão falar com os pais. Eu estava até discutindo isso com o meu companheiro: Como é que a gente vai começar a ter uma resposta positiva da sociedade se esse menino branco chega na escola, que se diz inclusiva, antirracista, mas em casa os pais são imbecis, e ele vai repetir os que os pais estão falando. E crianças como a minha filha e tantas crianças pretas que deixam de ir para a escola e são feridas na primeira infância, atravessadas pelo racismo. Uma situação que nem deveria mais existir, não é?
Em junho de 2022, a atriz publicou uma foto com as filhas, Alice, de 13 anos de idade, e Lara, de nove anos, e falou sobre términos de relacionamentos. A partir do momento em que uma mulher se pega pensando se tem coragem ou não de pedir o fim do casamento, algo já revirou por dentro. Quando ela começa a questionar se é o caso de se separar com filhos ou de colocar os filhos como uma moeda de troca para que aquela relação não venha a falir, é porque já existe algo exponencialmente errado ali. Até porque, sempre achamos que a culpa pelo término é invariavelmente nossa. Filho jamais segurou casamento, mas, no fundo, algumas gerações passadas acreditavam de verdade que era preciso manter o casamento aparente e feliz, passando por cima de toda e qualquer violência, para não traumatizar os filhos. Ou, até mesmo, para tentar não carregar a culpa por essa falência. Seus filhos não verão uma mulher forte. Eles verão uma mulher exausta, estressada, triste, renunciando seus sonhos, sua liberdade, sua identidade e profissão, na maioria das vezes. Eu e elas, muitos aniversários e momentos nossos! Só nossos, escreveu.
A artista lançou um livro chamado Mulheres Que Habitam Em MIM que traz algumas revelações e questionamentos sobre a vida, maternidade e desconstrução. Lembrando que Samara Felippo também encerrou uma temporada de sucesso no teatro quando levou para os palcos uma maneira bem sincera e humorada sobre os dilemas de ser mãe. Apesar de ter me aberto totalmente sobre o que penso e o que vivi como mãe no palco, no livro eu consegui contar minha história de uma forma ainda mais intimista. Cada linha tem o propósito de desromantizar a maternidade com a coragem de dizer tudo aquilo que ninguém tem coragem de expor. É preciso lembrar que a forma como esse papel social feminino sempre tem sido transmitido expõe um perfil totalmente equivocado sobre o que é ser mãe. O efeito disso são conflitos de opiniões, sentimentos e atitudes. Diante desse tipo de narrativa, como não ter um filho ou uma filha, fruto do amor, e acima de tudo, um pedacinho de você? Eu segui pensando que essa era a verdadeira analogia da maternidade, revela a artista. Algumas frases de impacto já pipocaram nas redes socais e Samara ainda aborda no livro a luta contra o racismo e desabafa sobre a maternidade: Amo minhas filhas, mas não gosto tanto de ser mãe! Polêmica! A seguir, veja outros desabafos de Samara Felippo sobre o corpo, padrões e a vida de mãe.
Samara também compartilha cliques antigos para relembrar fases difíceis da sua vida. Na legenda da foto acima, ela explicou que à época, já tinha questões de imagem: Uma viagem linda que fiz pra Ilha de Páscoa. O que me entristece é olhar pra essa foto e lembrar que pra posar foi um sacrifício porque eu odiava meu corpo, tamanha pressão estética nós sofremos desde que nascemos! #chegadepadrao #representatividade #estetica.
Mais uma vez relembrando uma matéria antiga, de quanto tinha 21 anos, Samara fez um textão: Isso não vai acabar nunca! Ontem me deparei com um programa de auditório inteiro voltado para objetificação da mulher e em como ela mais agrada ao homem. Com pesquisa na rua com os macho e tudo pra saber qual a preferência nacional. No palco, doutores dizendo a melhor forma de fazer cirurgias, adesivos para levantar o peito, sutiãs que deixam seios perfeitos, o que seria perfeito? É cruel, é errado, sempre foi. E essa crueldade se perpetua até os dias de hoje. Trazendo bulimia, anorexia, suicídios, cirurgias... Inclusive somos todas vítimas dessa sociedade sufocante da perfeição. Décadas e décadas tentando ser quem não somos! Vítimas de uma sociedade que não respeita nossa forma de se vestir, agir, trabalhar, ser. Que dita cara do verão! Mulheres morrem quase todos os dias em procedimentos cirúrgicos. E não estou julgando a cirurgia que você escolheu, mas se formos a fundo, se tivéssemos simplesmente sido educadas a agradar a NÓS mesmas, não tivéssemos uma mídia tirana esfregando na nossa cara que estamos gordas demais, magras demais, peludas demais, peituda demais, despeitada demais, nariz ossudo demais, cabelo ralo demais ou cheio demais, mancha demais... seríamos livres. Livres de procedimentos cirúrgicos desnecessários e essa busca incessante pela estética inatingível. O Brasil lidera o ranking de cirurgias plásticas no mundo entre o público jovem. No ano passado, foram 90 mil procedimentos. Meninas de 15 anos colocando silicone. Segundo médicos especialistas os fatores que levam os jovens a procurarem cirurgias são a vaidade, auto estima e o desejo de aceitação... Ela vem de dentro meninas e não de fora! Cresci a vida toda tentando me encaixar, pra profissão, pra agradar namorado, a mídia, e o pior, eu já estava encaixada. Achei essas matérias após escrever esse texto, me assustei mais uma vez com quem eu era. E agradeci profundamente quem me tornei. Agora me responde, porque eu passei a vida lutando com a balança sem nenhum propósito? E o que me dói lembrar, é que eu fiz parte dessa mídia nesse lugar penoso. Peço perdão a minha geração. Sigamos, sejamos, amemos - mais a nós, lutemos e libertemos-nos. (Foi mal o textão).
Em uma publicação, Samara falou sobre muitas coisas de sua vida que ela ama: Eu amo essa minha versão franja! Eu amo todas as minhas versões! Eu amo não permitir mais que me façam mal! Eu amo os amigos que me cercam! Mas logo em seguida, falou sobre o que não gosta: Eu amo minhas filhas!! Mas não amo tanto ser mãe (Boom! Polêmica). Eu amo não sentir mais culpa! (Tô em processo). Eu amo exercitar o não julgamento! (Tô em processo). Eu amo minhas Deusas e Deuses negros! Eu amo povo preto. Eu amo não competir com outras mulheres! Eu amo não ser escrava do padrão! Eu amo o Elidio Sanna (namorado da atriz). Eu amo as mulheres que lutam ao meu lado! Eu amo um belo porre! Eu amo tatuagem! Eu amo batom e unha vermelhos! Eu amo meu irmão! Eu amo minha mãe! Eu amo ficar com a xuxinha do cabelo no pulso! Eu amo a natureza! Eu amo a liberdade! Eu amo amar tanto! Eu amo me amar. Me empolguei com tanto amor. Confira, a seguir, os desabafos dela que mais bombaram nas redes!
E também fez textão indignada sobre quem comemora o Dina Internacional da Mulher: Não consigo comemorar a data e do jeito que anda nem sei se conseguirei pelos próximos anos. Tive amigas agredidas nesse carnaval apenas por se defenderem, sim temos que nos defender, todos os dias, infelizmente. Andamos com medo nas ruas e em casa. O que consigo agora é desejar e lutar. Cada vez mais com toda a minha força. Tanta falta de empatia, tanto desrespeito e violência. Tanto desamor e união. Tanta competição e julgamento principalmente entre mulheres. Tanto domínio do patriarcado ainda. Gerações e gerações se repetindo. Gerações e gerações lutando. O que consigo fazer agora é usar, daqui do alto do meu privilégio, a minha voz dentro do meu lugar de fala, para falar por e com muitas que são caladas. É dar força para que se ergam. O que consigo fazer agora é ouvir, enaltecer e caminhar, junto com as mulheres negras, que buscam a cada dia sua sobrevivência, seu lugar e precisam lutar além do machismo, contra o racismo. O que consigo fazer agora é pedir que homens não se omitam. Eu particularmente acredito que precisamos de vocês juntos nessa luta. Vocês têm muito o que fazer. Consigo agradecer as gerações de mulheres que lutaram e morreram para que tenhamos hoje um mínimo de liberdade e direito. Às mulheres que nos dia de hoje lutam mesmo sem saber, que geram, criam, cuidam e tentam fazer desse mundo melhor. À minha mãe, minhas avós, bisavós, minhas tias e primas que são tão vítimas dessa sociedade quanto eu. E por fim as minhas filhas que me fizeram sentir o poder e a força que há em mim. Que me fizeram sair da minha “zona de conforto” e enxergar a importância de ser quem sou e dar as mãos a outras mulheres para que se inspirem e sintam o poder do feminino que habita em nós. Minhas filhas saberão disso um dia, se é que já não sabem. Hoje não é o dia da mulher, porque isso é todo dia. Hoje é dia de ocupar e revolucionar. Amo vocês mulheres. Amo ser mulher. Hoje é dia de ir pra rua e gritar por liberdade, respeito e igualdade.
Em um desafio com uma foto de 10 anos atrás, ela postou: Eu não ia entrar nessa onda mas aproveito pra vir com textão, afinal em 2009 eu fui mãe pela primeira vez. E ali está eu: a grávida ingênua. Não tinha ideia o que me aguardava. Hoje em dia não sei se fui mãe mais por vontade própria ou pra “formar a tão sonhada família”, mas me entreguei nessa parada maluca aí. O problema é lidar com a frustração se nada disso dá certo, se o teto do castelo que você construía cai na sua cabeça ou até se vc tenta aquela gravidez tão cobrada e não consegue. Quanta cobrança. Isso não ensinam pra gente quando “mocinhas”. Escolhas, diversidade, liberdade. Mudei. Hoje em 2019 eu ainda não sei o que essa maternidade guarda pra mim, mas a respeito, exerço, aprendo, apanho, me entrego, morro de amor, de saudade, de angustia, de cansaço, choro, grito e sirvo de exemplo. Exemplo!! Alguém te copiando 24 hrs/dia, nem colocar aquele ketchup em tudo você pode mais porque é péssimo exemplo, risos. Piadinhas a parte... Alícia veio pra me tirar da minha bolha branca privilegiada e cega. Alicia é meu norte. É o orgulho que tenho de ser quem sou e de quem quero criar. De ser quem eu me transformei e tenho buscado cada vez mais. Em 10 anos eu descobri a força que há em mim. Descobri o quão difícil é sair da “zona de conforto” e o poder que isso dá. Descobri que eu posso ir muito mas muito mais além do que me fizeram acreditar que poderia.
O desabafo que mais tocou as seguidoras de Samara foi sobre sua barriga: A barriga e? proibida. Perseguida. Alvo de artilharia e de armas químicas. A guerra contra a barriga é antes de tudo uma guerra contra o ser mulher. Qualquer que seja sua forma ou tamanho, é na barriga das mulheres que nasce a vida, o riso, a criação. Amar a barriga é transgressor. É um ato revolucionário de cura. Dentro e fora do padrão, somos ensinadas desde cedo a ocuparmos o mínimo possível de espaço. Meu lugar no mundo e? este aqui: pontuado pelo escuro do meu umbigo. Cobrir e esconder o volume que o meu corpo ocupa não reduz meu tamanho no espaço. É o corpo que delimita a parte que me cabe, ínfima e imensurável. A barriga é luminosa.Sou uma mulher mas sou também muitas. A barriga lembra. Trespassada pelo plexo solar, ela catalisa o poder pessoal, a consciência visceral. Dela vem uma força ancestral de movimento e de vitalidade pura, selvagem. A barriga é inteligente e também sensível. A barriga quer ser amada. É na barriga que a intuição me agarra, que o friozinho do desejo verdadeiro me estremece. É dentro dela que aquilo que me nutre borbulha lentamente para alimentar minhas criações. A barriga é uma usina de transformação. Um portal entre o imaterial e o material. Mais do que permitida, a partir deste momento eu declaro que a barriga é sagrada. A barriga é revolucionária.
Felippo continuou: Olhei essa foto, por segundos eu me odiei e logo veio esse texto na minha mente! Faço minhas as suas palavras! Que bom poder dividir com vocês, espero que inspire. E que fique claro, eu ainda tenho plena consciência do padrão que ocupo. E chega de opressão e de vergonha com qualquer parte do nosso corpo! Mulheres: Vamos nos amar!
Samara também falou sobre a coragem de sair de um casamento tendo uma bebê recém-nascida, e inspirou e emocionou muitas mulheres: Tava aqui pensando... e lembrei de quando eu tinha 19 e fiz minha primeira novela, de como me senti feliz por estar fazendo algo que eu tanto amava e ganhando meu primeiro salário. Por mais que alguns conceitos fossem retrógrados eu me sentia livre. Lembrei de quando eu tinha 20 quando decidi perder minha virgindade por escolha minha. Sempre tive medo. Medo de doer. Medo de engravidar. Mas eu só tinha medo, não sabia muita coisa sobre o assunto, porque não me explicaram. Lembrei de quando tinha 25 no auge da fama onde era capa de revista e referencia de corpo e comportamento pra tantas meninas mas me sentia infeliz....
....Lembrei de quando tinha 30 que decidi ser mãe, não sei se por vontade própria ou pela criação que tive, fundada no “o mais importante é você formar sua família”. Amo minhas filhas incondicionalmente e sou grata por te-las, sou uma leoa! (Antes que venha os fiscais da maternidade alheia) Lembrei de quando tinha 35, fui mãe pela segunda vez, sem planejar, no auge de um casamento falido. Eu usava DIU. Lara é DIUnísia!! ???? Nãoo quero assustar as mulheres de DIU, apenas fui imprudente. (Querem que eu explique?) Lembrei que tive a coragem de me separar nos mesmos 35 que engravidei pela segunda vez, com uma bebe recém-nascida e uma pequenucha de 4 anos. Lembrei que tenho 40 e amadureci. Lembrei de quantos relacionamentos abusivos eu passei, sem ter consciência do que era “abusivo”. Lembrei que, o que eu quero hoje afeta meu futuro e o futuro das minhas filhas. Lembrei que queria postar essa foto, porque amo e lembrar que sou muito feliz e nunca tinha o que escrever nela. Obrigada aos envolvidos na minha história!
Em outra oportunidade, Samara mais uma vez soltou o verbo: Quando você começa se sentir segura, foda, mulherão da p****, vem a sombra do está errada, está esquisita e te faz voltar ao movimento de minar toda essa autoestima, vai minando tudo que você desbravou e conquistou. Não deixe! Nunca, em toda a minha carreira fotografei nu. Fiz alguns ensaios a la sensuellen, e sempre magra do jeitinho que a sociedade te aceita, mas só com a pele não. E aos 40 e ainda mãe de duas. Como é difícil envelhecer nessa sociedade! Comecei esse autoconhecimento a pouco tempo. Essas quebras de paradigmas e padrões. A busca de me amar em qualquer corpo. É muito difícil! Pra mim ainda é, que estou no socialmente aceita, imagina mulheres fora da porra do padrão?! Não deixe! Lute, se ame!
Os textos reflexivos também fazem parte do dia a dia de publicações da atriz, que também se tornou uma baita influenciadora digital e criadora de conteúdo: Se em um dia sua vida pode mudar, imagina em 6 anos? Em 6 anos muita, muita, muita coisa mudou. E que bom!!! Me separei quando Lara tinha 25 dias e Alicia 4 anos. Ali cortei um bolinho nos meus 35 anos em casa por elas, estava um caco, vivia de camisola e sem ânimo pra nada. Por que eu estou postando isso? Pra dizer que existe vida após separação com filhos!!! Muita mulher me procura nos directs dizendo que estão infelizes nos casamentos e não conseguem sair por causa dos filhos, ou que tem um bebezinho em casa e o marido a largou, ou até por medo de violência mesmo, seja ela física ou emocional. (...)
Em outra publicação, ela comentou sobre uma ansiedade de muitas mulheres: "Pela primeira vez olho e amo o meu lado direito. Será a maquiagem? Espero que não! Passei tanto tempo numa babaquice, num ódio, numa briga, sem olha-lo, ignorando e dizendo que é o pior, que quando o olhei, ele já me mostrava quanto tempo eu tinha perdido tentando aceita-lo.” #euamomeusdoislados #euamominhasmarcas.
Os cliques sensuais de Samara aparecem com frequência e a atriz faz questão de deixar o corpo à mostra bem do jeitinho que ele é, sem retoque: Se ame, sempre. Não vou deixar mais e estou me acolhendo. Acolhendo meus cabelos brancos, minhas marcas. Será que novas gerações de mulheres vão conseguir descobrir cada vez mais cedo o poder da sua liberdade? De não se importar/depender com a visão/opinião alheia e principalmente da aprovação masculina? Peço a todas as Deusas e ao sagrado feminino que sim! Juntas pela nossa liberdade de se amar como somos!
E o assunto amor próprio também já foi assunto: Toda minha vida venho buscando a minha essência. Descobrindo o meu amor próprio. O que move. O que eu vim fazer aqui. (desculpem, isso ainda não descobri) Eu só sei que a maternidade trouxe a coragem de realizar todos os meus sonhos. Parece contraditório pra você? Pois é, pra mim também!! Porque passei a vida ouvindo que mães abrem mão de todos os seus sonhos em prol dos filhos. Achei que eu fosse ficar bem “acomodadona” (e fiquei muito tempo, era mais confortável) e nas horas vagas ser dona de casa casada. Esse era o sonho que eu achava que tinha. Grande erro esse protocolo que me passaram. Ou que eu mesma me coloquei? Eu estou inquieta. Parece as vezes que o chão se move comigo... pra cima, sempre. Eu subo. Descobri recentemente que eu crio minha própria realidade. Eu sou tantas...e quero uma realidade pra cada uma que me contempla. Chega de não acreditar mais na minha capacidade de ser e realizar!!! Quero que minhas filhas sempre me vejam assim, com esse sorriso em todos as fotos e projetos da minha vida. Eu dedico esses sorrisos a vocês todos que fazem parte da minha vida, da minha alma
E quando iniciou 2019, a atriz mostrou que estava de bem com a vida: A arte de sorrir, cada vez que o mundo diz...não. É assim, plena, em paz, livre, bem sorrindo e no meio da natureza que inicio meu 2019
Certa vez, ela falou sobre o assunto ao expor um debate importante: Ontem vi a notícia que a Ariel no novo filme da Disney sera negra. A linda Halle Bailey irá representar a pequena sereia. Apesar de detestar a historia dela eu fui correndo contar pra Alicia porque afinal de contas, como muitas meninas negras, ela um dia quis ser a Ariel. E foi, a minha Ariel, bem do jeitinho que ela é, mesmo sem qualquer representatividade. Na hora que contei, ela repetia: Mentira!! É mentira!! Mentira mãe!! Várias vezes, com um sorriso no rosto. Apesar de hoje em dia ela não ligar mais pra princesas e já entender a nociva mensagem que essas histórias passam quando somos crianças, ela sabe a importância desse acontecimento, dessa representatividade, ela sabe quantas meninas negras irão se enxergar na história agora. Eu devia ter filmado a reação dela, foi lindo. É muito muito emocionante pra uma mãe!!! É mais um grande passo na desconstrução e empoderamento infantil negro, para que muitas meninas negras cresçam com a certeza do pertencimento nessa sociedade.
E também falou sobre os cabelos crespos e cacheados de suas filhas, provando que representatividade importa sim! Muita mãe nova por aqui tem vindo me procurar por conta dos cachinhos e crespos de suas meninas...e meninos também!! Queria dizer que esse movimento de você que tem uma crespa ou cacheadinha(o) em casa já é lindo e incentivador, buscar referencias e cuidados pra que o “sistema” não as coajam para alisar e elas se amem como são. Crianças não nascem se odiando, odiando o seu cabelo ou tom da sua pele, a sociedade que é racista e nos impõe padrões cruéis., declarou.
E também compartilhou uma de suas experiência com as filhas: Dia desses Lara aos 6 anos, mesmo numa educação inclusiva, de empoderamento e autoaceitação veio me perguntar se poderia alisar o cabelo quando crescesse. Eu quase tive um treco, um AVC, respirei profundo e pensei: Mesmo com toda a referência e representatividade que trago em livros, brinquedos, em nossas conversas, o sistema vai me vencer? Não é possível que tudo que tenho feito esteja sendo em vão!! Apenas respondi que claro, se ela quisesse quando fosse adulta poderia sim alisar porque ela estaria consciente da escolha e das consequências, mas que a mamãe iria torcer muito muito pra que ela não mudasse o cabelo maravilhoso que ela tem! Ela deu um sorrisinho e disse que era brincadeira, mas meu medo permanece. Sempre brinco dizendo que “exagero” na dose de auto estima delas, mas é óbvio que não, empoderem suas meninas, suas meninas pretas principalmente, as elogie, enalteça suas qualidades sempre que puderem, porque a sociedade fará questão de diminui-las
Mas é a maternidade que está entre os tópicos que Samara aborda com mais frequência. Ela aborda também o racismo, já que suas filhas são negras. Em um clique, ela escreveu: Crianças não nascem racistas. Crianças crescem reproduzindo naturalmente o racismo. A sociedade sutilmente se encarrega de apresentar, através de novelas, desenhos, programas, piadas, brinquedos, músicas, expressões... a própria família que cresceu racista. Crianças não fazem distinção de cor de pele até a sociedade lhes mostrar a realidade. Crianças brancas se tornam racistas e continuam suas vidas como se nada fosse, crianças negras conhecem o racismo da forma mais cruel e passam a vida tentando ter auto estima, se enxergar na sociedade, fazer amigos, achar sua identidade e ter orgulho dela. Estamos em processo de ebulição e intolerância, principalmente nas redes sociais. Pessoas fazem perfis falsos somente para agredir. Incapazes de parar e repensar esse caos. Ainda estou meio perdida com tudo isso.
E maternidade real é com ela mesmo. Seja numa foto mais espontânea ou num textão: Nas últimas semanas, me surpreendi com a repercussão que a declaração real de uma mãe pode causar. Uma declaração sincera, porque pra mim maternidade tem que ser sincera. Fico imaginando se fosse um pai, apesar de não conseguir imaginar uma declaração vinda de um pai. Com suas raras exceções. Cheguei a ler coisas tão absurdas em torno do meu sentimento que fiquei pensando se devia mesmo sentir. E sinto!! E se posso falar, eu falo!! Porque sei que vou aliviar o peso e a culpa de muitas que maternam como eu, e outras tantas com demandas muito mais pesadas que as minhas. Li uma matéria numa coluna de maternidade de um importante jornal que me apoiava e tinha toda a empatia, mas tinha uma passagem que dizia assim: “E não gostar desse novo papel que você ocupa na sociedade e na sua própria existência é um sofrimento que pode ser pra sempre” Em que momento eu disse que sofro? Eu não posso simplesmente detestar determinadas funções e amar consideravelmente outras? O problema é que só se fala da plenitude, dos frusfrus, do rosinha e do azul e da benção de ter filho. Se eu não comemoro uma data comercial eu não amo minhas filhas? Queria achar lógica nesse padrão que nos impuseram! Isso deve ser pra quem vê a mãe uma vez por ano, aí comemora. Só pode. Chego em casa pensando em cada detalhe do rostinho delas, querendo absorver cada cheiro da pele, do cabelo, esperando aquele “Olha mãe" e vem a coisa mais banal da terra. O dever pra fazer, o banho pra tomar, a cama com as duas, uma em cada lado, sim, compartilhamos cama. Adoro quando elas vão pro pai mas fica um buraco de saudade, um vazio quando partem. Eu sonho junto com elas. Eu vou lutar ate o final da minha existência pra que elas realizem seus sonhos, mas não deixo de sonhar e ir em busca dos meus. Precisamos falar, olhar pra essas dores e entende-las, não ignora-las. Pra que tudo fique mais leve e ainda mais doce. Essa foto #tbt era como ela dormia quando eu estava grávida da Lara, isso se repetiu inúmeras vezes Feliz dia não... feliz vida para todas nós e para nossos filhos! E viva a maternidade real!
A atriz também demonstra que está sempre preocupada com as filhas: Eu quero protege-las. Desse mundo. Dessa gente. A vontade é aninha-las aqui nos meus braços, no meu ventre até tudo isso passar. Mas isso não será possível meus amores, porque não vai acabar. Nosso mundo adoeceu faz tempo. E adoece cada vez mais. Desculpem ter trazido vocês a esse mundo as vezes me dá um arrependimento horrível. Pelo medo do que vão enfrentar. Pelo tanto que terão que lutar. Milhares de pessoas ignorantes seguidas por mais milhões, e isso só tende a se alastrar. Descobri que saí de uma bolha para outra. Mas nessa eu quero permanecer, porque aqui encontrei amor, empatia, sororidade, percebi a dor de enxergar a dor do outro, a resistência que é lutar a luta do outro. Quero ficar junto com vocês, as ensinando, as empoderando para que tudo que quando esse mundo for cruel, vocês saberão passar, lutar, vocês ajudarão, denunciarão. Quero que saibam que estarei aqui pra sempre... sempre. Voem e voltem quando quiserem, não posso prende-las mas sei que sabem que aqui sempre terão apoio, amor e aconchego. Sim, estou sofrendo por antecipação
As declarações para as filhas também são frequentes na página da atriz no Instagram: Você é o meu maior desafio. Essa foto você pediu pra tirar comigo quando acabei de fotografar pro cartaz da peça com a Tia Carol. Me viu de olhos fechados e sem blusa na foto e fez igual. Sou seu maior exemplo e me orgulho disso. É chato às vezes? É! Porque não tô aqui pra romantizar, quer romance vai ler um livro, mas é assim que firmamos nossa parceria. Acabamos de brigar e resolvi escrever. Em você vejo meus erros, vejo meus defeitos, vejo minhas sombras. Tudo que relutei pra não enxergar, você vem e esfrega na minha cara e eu na minha tola ingenuidade acredito saber como agir, mas não sei nada e te peço ajuda. Você ao mesmo tempo que me tira do eixo, me dá um suporte inimaginável pra continuar no caminho que estou. Porque ser mãe é não saber. Você e sua irmã são as maiores responsáveis por eu ser essa mulher que sempre sonhei em ser, por trazerem as minhas mais verdadeiras e íntimas vontades, por eu estar subindo num palco pra dizer tudo aquilo que eu acredito e luto. Por estar atuando e produzindo uma peça e impulsionando outras mulheres. Dizendo tudo aquilo que eu gostaria que uma mulher aos 40 anos em sua mais plena, caótica e sincera maternidade me dissesse quando eu tinha 20 achando que meu sonho era ser mãe. Ser mãe é ser você mesmo, antes de ser mãe. Eu amo vocês mais do que tudo na minha vida e perdoo, acolho e agradeço cada dia as escolhas que fiz.
.... Por elas lutei e luto e continuarei lutando até que toda e qualquer força minha acabe. E olha que a gente fica praticamente imbatível. Por elas abri uma conexão de união e liberdade tão impressionante. Vi o abismo racial absurdo que existe na sociedade. Por elas, enxerguei. Tirei minhas coisas de cavalo que fica tapando nosso olhos, qual é o nome daquilo?? Aquilo que a sociedade faz questão de colocar nos que nascem privilegiados. Por elas quero que cada vez mais mães se encorajem, questionem, escutem seus filhos, se encham de orgulho de quem são, deixem a culpa do lado de fora de suas vidas. Sentir culpa, mesmo a culpa de não sentir culpa, não é nada natural. A ideia que nascemos prontas para sermos mães é uma das responsáveis pelo sentimento de culpa que assola a maioria das mulheres, porque não se sentir dotada dessa capacidade inata acaba por minar a confiança das mães perante suas crias. O instinto materno não existe, finalizou a atriz.
Com fotos para lá de fofas, Samara está sempre falando sobre a maternidade, que por mais cansativa que seja e por vezes dolorida, é uma de suas maiores realizações: Sempre sonhei em ser mãe, eu fui. Cuidado com o que você sonha. É um pouco de tudo isso que “mascaram”. Difícil. Dolorido. Cansativo. Exaustivo. Angustiante. E claro de um amor que transcende, transmuta. Uma mudança extrema, uma maturidade repentina. Agora nunca mais é mais só você. E você não sabe nem se ta feliz ou desesperada com isso. Mudei. Crenças abatidas. Padrões excluídos. Me tornei por elas algo que eu jamais pensei que poderia me tornar. Saí de uma zona de conforto, que de confortável não tem nada. Vi minha barriga esticar, rasgar. Vi meu peito quase explodir e murchar. Vi meu teto cair, meu coração vibrar e chorar. Vi o meu melhor, meu melhor lado despertar, por elas.....
Mas há também declarações polêmicas sobre a maternidade, como quando em um texto Samara declarou que não ama tanto assim ser mãe. Veja o texto na íntegra: Eu amo essa minha versão franja! Eu amo todas as minhas versões! Eu amo não permitir mais que me façam mal! Eu amo os amigos que me cercam! Eu amo minhas filhas! Mas não amo tanto ser mãe (Boom! Polêmica) . E eu amo ter coragem de falar isso! Eu amo não sentir mais culpa! (Tô em processo) Eu amo exercitar o não julgamento! (Tô em processo) Eu amo minhas Deusas e Deuses negros! Eu amo povo preto. Eu amo não competir com outras mulheres! Eu amo homens feministas! Eu amo libertar e empoderar mulheres! Eu amo não ser escrava do padrão! Eu amo o Elidio. Eu amo as mulheres que lutam ao meu lado! Eu amo um belo porre! Eu amo tatuagem! Eu amo batom e unha vermelhos! Eu amo meu irmão! Eu amo minha mãe! Eu amo ficar com a xuxinha do cabelo no pulso! Eu amo decote! Eu amo dormir com ar condicionado espalhada na cama! Eu amo a natureza! Eu amo a liberdade! Eu amo amar tanto! Eu amo me amar.
Sobre as gestações de suas filhas, a atriz contou em entrevista ao programa do GNT, Boas Vindas, que o período não foi fácil: Eu detesto o processo da gravidez, pra mim foi saudável, não enjoei muito, mas tive coisas no meu corpo que me incomodaram, me privar de coisas me incomoda. E tenho certeza que isso não me faz menos mãe
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