As Paquitas foram um grande sucesso nos anos 80 e 90, mas até hoje dão o que falar entre os fãs da Rainha dos Baixinhos. Na época, era difícil achar alguma jovem que não quisesse ser uma assistente de palco de Xuxa Meneghel, mas hoje, com as revelações feitas pelas jovens que realmente realizaram esse sonho, é possível perceber que nem tudo foi tão cor-de-rosa assim. A seguir, veja algumas curiosidades sobre as Paquitas!

Para começar, precisamos falar sobre a origem do nome. Tudo começou, claro, com Xuxa! Em uma viagem da apresentadora aos Estados Unidos, ela cuidou do papagaio de seu dentista que se chamava Paquito. Já deu para pegar o que rolou depois, não é? Ao voltar para o Brasil, e começar sua carreira na TV, Meneghel decidiu colocar um papagaio fantoche no programa chamado Paquito. No documentário Pra Sempre Paquitas, do Globoplay, Xuxa explicou: O Paquito ficou meio apaixonadinho por uma das meninas, que era a Andreia Veiga. E aí eu comecei a chamá-la de Paquita.

O figurino das Paquitas também foi idealizado por Xuxa. A ideia foi se inspirar em um look de soldadinho que ela usou quando fazia baliza na época do colégio. Demais, não é?

Como já comentamos por aqui, conforme a carreira da Xuxa ia deslanchando, novas gerações de Paquitas também iam aparecendo. As primeiras trabalharam com Meneghel no Clube da Criança, em 1984. Andréa Veiga e Heloisa Morgado estrearam na posição, mas logo vieram Roberta Cipriani, Ana Paula Almeida, Priscilla Couto, Tatiana Maranhão, Letícia Spiller e Catia Paganote. Ao longo dos anos, algumas deixavam os cargos para seguir carreiras artísticas e novas entravam no lugar. Novos grupos se formaram em 1965 e nos anos 2000. Haja Paquita!

Com isso, claro, era de se esperar que grandes nomes surgissem, não é? Entre as Paquitas mais famosas temos Letícia Spiller, Monique Alfradique, Bianca Rinaldi, Bárbara Borges e Lana Rhodes.

No geral, Xuxa costumava se dar bem com as assistentes, mas ela mesma já confessou, em entrevista ao podcast Papagaio Falante, que algumas ela preferiu perder contato: Para mim, todas são ótimas, maravilhosas. Agora, tem algumas que eu não quero mais para a minha vida, nunca mais perto de mim. São seres humanos para mim que são falhos. Quem sabe um dia elas possam dizer para mim assim: Me arrependo, eu errei. E pode ser que eu venha conversar.

Não temos como falar das Paquitas sem citar um nome que está no centro das polêmicas envolvendo as jovens - Marlene Mattos. Ao longo dos anos, mesmo antes de Xuxa Meneghel revelar de forma aberta suas questões com a empresária, as jovens já haviam batido de frente com os supostos abusos da profissional. Esses relatos foram feitos tanto em um livro, em 1996, quanto no documentário do Globoplay, já citado aqui, lançado em 2024.

Falando sobre o livro... Se tratava da obra Sonhos de Paquita - Nos bastidores do Xou (1996), escrito por João Henrique Schiller. Através dele, algumas jovens tentaram falar sobre os abusos que sofriam nos bastidores, principalmente nas mãos de Marlene. Segundo contou Juliana Baroni, ex-paquita, em entrevista para o programa Conversa com Bial, houve uma demissão em massa em 1996, justamente devido ao lançamento do livro. Teve muito mal-entendido por causa do livro. Até a própria Xuxa achava que a gente estava querendo destruir a carreira dela. Saímos meio como traidoras da história e foi pesado isso. Quando entrei no palco pela última vez para passar o bastão para a nova geração, foi um dos piores dias da minha vida.

O documentário do Globoplay continuou a contar a história que começou a ser aberta ao público em 1996. Ele foi criado por Ana Paula Guimarães e Tatiana Maranhão, ex-paquitas que integraram o primeiro grupo de jovens. É através dele que algumas Paquitas revelam a pressão que sofriam para manter a estética, o corpo magro e a disciplina. Em um dos trechos mais tensos, elas revelam que eram obrigadas a tirar a roupa na frente de todas para que Mattos pudesse avaliar sua forma física.

Apesar de causarem inveja na época, a vida de Paquita não era nada fácil. Além dos abusos, a rotina também era corrida, já que elas ainda estavam em idade escolar e, além das disciplinas comuns, também precisavam ter aulas de etiqueta.

Outra questão é que Paquitas, tecnicamente, eram proibidas de namorar. Apesar disso, algumas quebraram a regra e assumiram relacionamentos na época.