Fernanda Montenegro tem uma baita de uma carreira! A atriz, de 95 anos de idade, não deixa a idade virar um empecilho e continua atuando em diversos filmes, como Vitória, que estreia no dia 13 de março de 2025 e é baseado em fatos reais. Nele, Fernanda vive a protagonista, que apenas com uma câmera e muita coragem consegue derrubar o tráfico. A seguir, veja mais sobre a carreira da renomada artista no cinema.

Não dá para falar de cinema brasileiro sem mencionar Ainda Estou Aqui. Embora sua participação tenha sido no final do filme de 2024, a atuação de Fernanda Montenegro foi bem marcante! E claro que o momento foi ainda mais especial, já que ela e sua filha, Fernanda Torres, dão vida a mesma personagem, Eunice Paiva, em momentos diferentes da vida. Vale lembrar que o longa fez história e trouxe um Oscar para o Brasil na categoria Melhor Filme Internacional.

As duas também atuaram juntas em Gilda, Lúcia e o Bode, filme de 2020 que conta a história das duas personagens que são forçadas a viver em isolamento social. As duas enfrentam desafios quando Lúcia é demitida do seu emprego e vê como única alternativa o aluguel da casa da Serra no Rio para garantir o sustento delas nos meses seguintes. No entanto, uma das condições para fechar o contrato com a locatária é que elas deem um jeito de levar o bode que Gilda havia ganhado em uma rifa.

Em 2019, Fernanda fez vários filmes. Piedade, por exemplo, mostra a rotina dos moradores da cidade que dá nome ao longa, que é abalada pela chegada de uma grande empresa petrolífera, que decide expulsar todos de suas casas para ter acesso ao recurso natural.

No mesmo ano, Montenegro estrelou um filme de terror, O Juízo. O longa retrata a vida de um casal que está em crise devido ao alcoolismo do marido e a perda do emprego. Isso faz com que ele, a esposa e o filho se mudem para a fazenda do avô e se deparam com diversos eventos sobrenaturais.

Ainda no mesmo ano, Fernanda também fez A Vida Invisível, que conta a história de Eurídice, uma senhora de 80 anos de idade que é surpreendida com cartas de sua irmã Guida, que está desaparecida há muitos anos.

Já em 2014, a atriz participou de Rio, Eu Te Amo, uma junção que reúne dez curtas de dez diretores brasileiros e internacionais, mostrando as características mais marcantes do Rio de Janeiro.

Ainda em 2014, ela atuou em Boa Sorte, que conta a história de João, um adolescente diagnosticado com depressão que é internado em uma clínica psiquiátrica, onde conhece Judite, uma paciente portadora do vírus HIV em fase terminal.

Em 2013, O Tempo e o Vento também teve Fernanda no elenco. Ele retrata a família Terra Cambará e sua principal opositora, a família Amaral, que viveram em conflito durante 150 anos, até que um dia o sobrado dos Terra-Cambará é cercado pelos Amaral, e eles são obrigados a se defenderem.

O Amor nos Tempos do Cólera, de 2007, conta a história de Florentino Ariza, um homem que nunca esqueceu seu primeiro amor, que acabou se casando com outro. Agora, após a morte do marido, ele finalmente tem uma chance de reconquistá-la.

Em Casa de Areia, de 2005, Fernanda vive Dona Maria. O filme conta a história de uma mulher grávida e sua mãe, que após a morte do marido precisam lutar para sobreviver no deserto do Nordeste brasileiro. Sua filha, Fernanda Torres, também participa do longa e interpreta ao lado da mãe.

Em 2004, Montenegro ingressou o elenco de O Outro Lado da Rua, filme que conta a história de Regina, uma mulher aposentada de 65 anos de idade, que vive em Copacabana sozinha. Para passar o tempo e fugir da solidão, ela participa de um serviço da polícia no qual aposentados denunciam pequenos delitos. Uma noite, olhando com seu binóculo o que acontece nos prédios do outro lado da rua, Regina se depara com algo que lhe parece ser um homem matando sua mulher. Desesperada, ela chama a polícia, mas o óbito é dado como morte natural. Desmoralizada, a personagem quer provar que estava certa e acaba se envolvendo com o suposto assassino.

Olga, também de 2004, conta a história de Olga Benário, uma militante comunista que é perseguida pela polícia e foge para Moscou. Lá, ela faz um treinamento militar e se apaixona por um de seus colegas. Com o fracasso da revolução, Olga é presa com seu parceiro. Grávida de sete meses, ela é deportada pelo governo Vargas para a Alemanha nazista e tem sua filha Anita Leocádia na prisão feminina do campo de concentração.

O Auto da Compadecida, de 2000, não pode ficar de fora dessa lista. O filme clássico traz a vida de Chicó e João Grilo, que acaba morrendo e se encontrando com Nossa Senhora, interpretada por Fernanda Montenegro.

Outro filme que ela faz ao lado de Fernanda Torres é Gêmeas. O longa de 1999 conta a história de gêmeas idênticas, Iara e Marilena, que enganam os homens se passando uma pela a outra. Um dia, Marilena conhece Osmar, o dono de uma escola, por quem se apaixona. Iara tenta seduzir o namorado da irmã e acaba dando início a uma grande rivalidade.

Central do Brasil, de 1998, é mais um dos grandes feitos de Fernanda Montenegro. Esse filme também fez história e foi um dos filmes brasileiros indicados ao Oscar. Além disso, foi a primeira indicação de uma atriz brasileira ao Oscar de Melhor Atriz, marco que só foi repetido por Fernanda Torres em 2025, por sua filha.

Mais um para o currículo! O Que É Isso, Companheiro?, filme estrelado por ela, Fernanda Torres e Selton Mello, em 1997, também foi indicado ao Oscar de Melhor Filme Internacional. Ele conta a vida do jornalista Fernando e seu amigo César, que abraçam a luta armada contra a ditadura militar no final da década de 1960 após a instauração do Ato Institucional nº 5.

A Hora da Estrela, de 1985, mostra a história de uma jovem que se apaixona por um homem em São Paulo e procura a felicidade.

Fernanda também atua em Eles Não Usam Black-tie, de 1981, um filme sobre um militante sindical Otávio e seu filho Tião, que namora Maria, colega de fábrica, que engravida dele. Os dois decidem se casar apesar das imensas dificuldades financeiras que enfrentam.

Tudo Bem, de 1978, mostra a vida de uma família de classe média carioca que decide reformar o apartamento para o noivado da filha.

Um de seus primeiros trabalhos foi o filme A Falecida, de 1965, no qual Fernanda vive Zulmira, uma mulher que vive uma vida simples e miserável em um subúrbio do Rio de Janeiro, que tem um sonho de ter um enterro luxuoso.