Com o remake de Vale Tudo no ar, surge a pergunta: quais outras novelas também merecem ganhar uma nova versão? Por Amor seria uma ótima opção! O folhetim foi exibido originalmente entre outubro de 1997 e maio de 1998, com trama escrita por Manoel Carlos. Assim como as principais produções do autor, a história era protagonizada por uma Helena. A seguir, veja alguns motivos que indicam por que ela merece um remake.

A história não é centrada no amor romântico, mas sim no forte laço entre mãe e filha. Na história, Helena e Maria Eduarda ficam grávidas e têm filhos ao mesmo tempo. No entanto, o bebê de Eduarda morre pouco após o nascimento e ela acaba perdendo o útero no parto. Vendo a tristeza da filha, Helena, que teve um filho saudável, implora que o médico troque os bebês e guarda consigo esse segredo. A única outra pessoa que sabe da troca é o médico, César, vivido por Marcelo Serrado. Seria muito interessante ver essa temática ser adaptada aos tempos atuais, além de trazer de volta a discussão que foi levantada ainda antes do lançamento da novela: O que você seria capaz de fazer por amor?

Em Por Amor, vemos Regina Duarte e Gabriela Duarte contracenando juntas como mãe e filha. O qual legal seria se, caso possível, não pudéssemos ver novamente uma dupla que tem a mesma relação dentro e fora das telas? Quem será que se encaixaria bem nos papéis?

Por Amor representou a segunda vez em que Regina Duarte interpretou uma Helena de Manoel Carlos, a primeira foi em História de Amor. Segundo informações da emissora, a atriz considerou a novela como uma História de Amor 2, já que também aborda a relação entre mãe e filha. Vale a pena relembrar esse papel e conferir como o amor materno é capaz de mover montanhas.

O folhetim fez um sucesso tão grande que chegou a ser vendido para cerca de 40 países. Além disso, também foi reprisado no Vale a Pena Ver de Novo pela primeira vez em 2003 e pela segunda em 2019. Também foi reexibida pelo Viva em 2010 e em 2017. Se uma novela já passou cinco vezes na televisão, é porque a trama só pode ser muito boa, não é mesmo? Isso só comprova que o público ama a trama e acompanharia um possível remake.

Toda a questão da troca de bebês no hospital deu o que falar e levantou debates, pois o que César fez não apenas foi extremamente antiético, como também representava um crime. Por conta disso, alguns profissionais da classe julgaram que ele era um mau exemplo para a profissão. O público ainda ficou aflito acompanhando o destino do bebê trocado, na ansiedade para saber o que aconteceria. O drama é considerado atemporal e poderia ser abordado independente de já terem se passado quase 30 anos.

A Globo já revelou a curiosidade de que Manoel Carlos se baseou em pessoas e dramas pessoais comuns enquanto escrevia a história. Essa característica aproxima ainda mais o telespectador, permitindo que ele se identifique com cada um dos personagens retratados.

Um exemplo de como a história retrata temáticas e problemáticas que fazem parte da vida do povo brasileiro é o personagem Orestes, interpretado por Paulo José. Segundo informações da emissora, ele foi criado por Manoel Carlos após o ator ter uma conversa com um amigo, que levou à conclusão de que toda família tem um alcoólatra, um ex-alcoólatra ou um alcoólatra em potencial. Assim como Vale Tudo aborda o alcoolismo de Heleninha, um remake de Por Amor também seria importante para abordar todas as questões que envolvem o vício.

Outro ponto interessante que foi abordado era a bissexualidade de Rafael, vivido por Odilton Eagner. O personagem era casado com Virgínia, interpretava Ângela Vieira, mas acabava se interessando por Alex, papel de Beto Nasci.