X

NOTÍCIAS

Publicada em 27/05/2010 às 08:42 | Atualizada em 07/05/2015 às 23:54

Idol: Sem Simon, programa perde autenticidade

Vana Medeiros

Oito anos após a estreia de American Idol nos Estados Unidos, Simon Cowell deixou a cadeira de jurado que ocupou desde o começo - aquela à direita, para garantir o suspense ao ser o último a opinar - na noite da quarta-feira, dia 26, quando a nona temporada da atração chegou ao fim nos Estados Unidos, com transmissão ao vivo no Brasil pelo canal pago Sony.

O ritual era sempre o mesmo. Cantor amedrontado à frente, depois de se apresentar, ouve as opiniões dos dois ou três jurados anteriores e vai deixando a tensão transparecer na medida em que a vez do britânico se aproxima. Cantor de cabaré, muito karaokê, brega foram alguns dos adjetivos que o tornaram famoso ao longo dos anos.

Enquanto, nas primeiras temporadas, Randy Jackson e Paula Abdul tomavam cuidado com as palavras, evitavam desanimar o candidato ao próximo American Idol - mesmo que a falta de talento fosse visível (e risível) -, Simon não aceitava sentar na bancada a não ser para abusar da sinceridade que o marcou como o jurado mais rabugento da televisão norte-americana.

Ao longo dos anos, no entanto, o principal símbolo do programa - superando, inclusive, o apresentador Ryan Seacrest - foi deixando transparecer os sinais de cansaço depois de anos brigando com candidatos desafinados e apresentações carentes de qualquer carisma. Tanto que, em suas últimas entrevistas no cargo, em especial uma para Ellen DeGeneres nesta semana, Cowell diz se sentir aliviado por deixar Idol

Há alguns anos, o inglês foi o primeiro, aliás, a reclamar do sistema de votação popular do programa, que deixava de fora nomes reconhecidos pela crítica, como Melinda Doolittle e Adam Lambert, e colocava nas primeiras posições cantores fracos como Sanjaya Malakar. Que fã de Idol não se lembra da gota d'água que foi Sanjaya na vida de Simon? Depois que o cantor chegou ao sexto lugar da sexta temporada de Idol, mesmo após a insistência do jurado em sua falta de talento, Cowell passou a mencionar uma possível saída do programa em cada entrevista que dava.

Até que, em uma coletiva de imprensa realizada no começo deste ano pelo canal Fox, fez o grande anúncio. Não estaria na décima temporada de American Idol para poder se dedicar à versão norte-americana de The X Factor, uma das estreias do canal para o segundo semestre. Neste formato, aliás, o público, advinhem!, não vota.

Com a saída de Simon da famosa cadeira de jurado à direita do palco, restam na bancada os produtores musicais Randy Jackson e Kara DioGuardi e a comediante Ellen DeGeneres que, apesar de ácida, ainda tem certa consideração pelo sentimento dos candidatos. A dúvida é quem vai assumir, então, a função de levar um pouco de autenticidade para o fantasioso mundo do showbizz.

Deixe um comentário

Atenção! Os comentários do portal Estrelando são via Facebook, lembre-se que o comentário é de inteira responsabilidade do autor, comentários impróprios poderão ser denunciados pelos outros usuários, acarretando até mesmo na perda da conta no Facebook.

Enquete

Qual filho de Kate Middleton e Príncipe William você acha mais fofo?

Obrigado! Seu voto foi enviado.

<i>Idol</i>: Sem Simon, programa perde autenticidade

Idol: Sem Simon, programa perde autenticidade

10/Mai/

Oito anos após a estreia de American Idol nos Estados Unidos, Simon Cowell deixou a cadeira de jurado que ocupou desde o começo - aquela à direita, para garantir o suspense ao ser o último a opinar - na noite da quarta-feira, dia 26, quando a nona temporada da atração chegou ao fim nos Estados Unidos, com transmissão ao vivo no Brasil pelo canal pago Sony.

O ritual era sempre o mesmo. Cantor amedrontado à frente, depois de se apresentar, ouve as opiniões dos dois ou três jurados anteriores e vai deixando a tensão transparecer na medida em que a vez do britânico se aproxima. Cantor de cabaré, muito karaokê, brega foram alguns dos adjetivos que o tornaram famoso ao longo dos anos.

Enquanto, nas primeiras temporadas, Randy Jackson e Paula Abdul tomavam cuidado com as palavras, evitavam desanimar o candidato ao próximo American Idol - mesmo que a falta de talento fosse visível (e risível) -, Simon não aceitava sentar na bancada a não ser para abusar da sinceridade que o marcou como o jurado mais rabugento da televisão norte-americana.

Ao longo dos anos, no entanto, o principal símbolo do programa - superando, inclusive, o apresentador Ryan Seacrest - foi deixando transparecer os sinais de cansaço depois de anos brigando com candidatos desafinados e apresentações carentes de qualquer carisma. Tanto que, em suas últimas entrevistas no cargo, em especial uma para Ellen DeGeneres nesta semana, Cowell diz se sentir aliviado por deixar Idol

Há alguns anos, o inglês foi o primeiro, aliás, a reclamar do sistema de votação popular do programa, que deixava de fora nomes reconhecidos pela crítica, como Melinda Doolittle e Adam Lambert, e colocava nas primeiras posições cantores fracos como Sanjaya Malakar. Que fã de Idol não se lembra da gota d'água que foi Sanjaya na vida de Simon? Depois que o cantor chegou ao sexto lugar da sexta temporada de Idol, mesmo após a insistência do jurado em sua falta de talento, Cowell passou a mencionar uma possível saída do programa em cada entrevista que dava.

Até que, em uma coletiva de imprensa realizada no começo deste ano pelo canal Fox, fez o grande anúncio. Não estaria na décima temporada de American Idol para poder se dedicar à versão norte-americana de The X Factor, uma das estreias do canal para o segundo semestre. Neste formato, aliás, o público, advinhem!, não vota.

Com a saída de Simon da famosa cadeira de jurado à direita do palco, restam na bancada os produtores musicais Randy Jackson e Kara DioGuardi e a comediante Ellen DeGeneres que, apesar de ácida, ainda tem certa consideração pelo sentimento dos candidatos. A dúvida é quem vai assumir, então, a função de levar um pouco de autenticidade para o fantasioso mundo do showbizz.