Wagner Moura posou para a nova edição da revista TPM. O ator baiano, conhecido por suas ideias políticas bastante definidas, comentou sobre se considerar um homem politicamente correto.

- A gente tem que ter alguma referência do que é bacana. Não sou bobo para chegar ao ponto de me referir a um anão como ‘uma pessoa de estatura desavantajada’, mas brigo muito pelo respeito entre seres humanos. Até porque sinto um movimento conservador muito violento vindo por aí, um negócio esquisito. Um monte de jovem achando legal ostentar ‘sou politicamente incorreto, sim’, como se ser politicamente incorreto em si fosse revolucionário, moderno ou engraçado. E aí vira falta de civilização, de respeito, de gentileza, e daí pra falta de ética, preconceito e violência é um passo, disse.

Não só isso, mas o ator comentou sobre um de seus próximos projetos, inclusive o filme em que interpretará Carlos Marighella, um político, guerrilheiro e poeta brasileiro, conhecido por um ser um dos líderes do movimento contra o regime militar.

-Aquelas pessoas, lá atrás, que estavam contra o regime, acreditavam que pela força coletiva dava para mudar o mundo. Uma coisa um pouco ingênua também, mas tão linda. Hoje, o que eu vejo é o individualismo se espalhando, e o coletivo se perdendo. Tudo mudou muito. Eu quero que o meu filme sobre o Marighella seja uma coisa do olhar da minha geração sobre aquela.