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Publicada em 25/11/2017 às 15:33 | Atualizada em 25/11/2017 às 15:42

Marieta Severo elogia temas levantados em O Outro Lado do Paraíso: - Muita gente finge não ver

A atriz, que interpreta a vilã Sophia, abriu o jogo sobre preconceitos

Da Redação

Divulgação-TV Globo

Se por um lado na ficção ela é Sophia, uma mulher sem escrúpulos em O Outro Lado do Paraíso, Marieta Severo, a intérprete da vilã, mostrou que é bastante engajada nas causas em que acredita na vida real. Em entrevista para o jornal Extra, a atriz falou sobre os temas tratados na novela, como a violência contra a mulher, com o drama de Clara; o racismo, explícito nas cenas da personagem de Eliane Giardini; e até mesmo o preconceito da própria Sophia com a filha Estela, que é anã:

- Acho uma maravilha Walcyr estar tocando em feridas tão expostas, mas que muita gente finge não ver. Temos que ser inclementes com o racismo, não dá para relativizar! A violência contra a mulher é outra temática importantíssima em evidência na novela. A agressão não necessariamente é física, pode ser psicológica. E está em toda parte.

Marieta e Juliana Caldas, que interpreta Estela, chegaram a chorar nos ensaios ao lerem o texto em que a mãe maltratava a filha. Mas outro tema que mexe pessoalmente com a veterana atriz é o racismo, já que seu neto é negro. Chiquinho, como Francisco é carinhosamente chamado, é filho de Helena Buarque e Carlinhos Brown, e neto também de Chico Buarque, com quem Marieta foi casada entre 1966 e 1999:

- Quando minha filha se casou com aquele cara incrível que é o Brown, eu me assustei com os olhares tortos de gente muito próxima. Hoje, dói saber que Chiquinho, meu neto, leva tapa de segurança, passa por situações constrangedoras só por ser negro.

Marieta também se revelou feminista desde sempre e comemorou o sucesso do movimento nos dias atuais:

- Uma das minhas maiores alegrias, para compensar o retrocesso que vivemos, é a retomada do movimento feminista. Há uns dez anos, era quase cafona dizer que era feminista. Eu sempre fui! E me cansava explicar o verdadeiro significado disso. As jovens de hoje são inacreditáveis, pegaram para si essa bandeira.

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Marieta Severo elogia temas levantados em <i>O Outro Lado do Paraíso</i>: <i>-  Muita gente finge não ver</i>

Marieta Severo elogia temas levantados em O Outro Lado do Paraíso: - Muita gente finge não ver

03/Mai/

Se por um lado na ficção ela é Sophia, uma mulher sem escrúpulos em O Outro Lado do Paraíso, Marieta Severo, a intérprete da vilã, mostrou que é bastante engajada nas causas em que acredita na vida real. Em entrevista para o jornal Extra, a atriz falou sobre os temas tratados na novela, como a violência contra a mulher, com o drama de Clara; o racismo, explícito nas cenas da personagem de Eliane Giardini; e até mesmo o preconceito da própria Sophia com a filha Estela, que é anã:

- Acho uma maravilha Walcyr estar tocando em feridas tão expostas, mas que muita gente finge não ver. Temos que ser inclementes com o racismo, não dá para relativizar! A violência contra a mulher é outra temática importantíssima em evidência na novela. A agressão não necessariamente é física, pode ser psicológica. E está em toda parte.

Marieta e Juliana Caldas, que interpreta Estela, chegaram a chorar nos ensaios ao lerem o texto em que a mãe maltratava a filha. Mas outro tema que mexe pessoalmente com a veterana atriz é o racismo, já que seu neto é negro. Chiquinho, como Francisco é carinhosamente chamado, é filho de Helena Buarque e Carlinhos Brown, e neto também de Chico Buarque, com quem Marieta foi casada entre 1966 e 1999:

- Quando minha filha se casou com aquele cara incrível que é o Brown, eu me assustei com os olhares tortos de gente muito próxima. Hoje, dói saber que Chiquinho, meu neto, leva tapa de segurança, passa por situações constrangedoras só por ser negro.

Marieta também se revelou feminista desde sempre e comemorou o sucesso do movimento nos dias atuais:

- Uma das minhas maiores alegrias, para compensar o retrocesso que vivemos, é a retomada do movimento feminista. Há uns dez anos, era quase cafona dizer que era feminista. Eu sempre fui! E me cansava explicar o verdadeiro significado disso. As jovens de hoje são inacreditáveis, pegaram para si essa bandeira.