Não é apenas no mercado de trabalho tradicional que pode haver desentendimentos entre os colegas de trabalho. Isso também acontece nos trabalhos artísticos, como nos bastidores das novelas. E as brigas entre os integrantes do elenco (algumas confirmadas e outras que ficam no mundo dos rumores) às vezes é tão forte que não tem clima para que ambos continuem convivendo no mesmo espaço, o que faz com que o personagem de um deles precise deixar o folhetim. Este foi o caso, por exemplo, de Felipe Camargo. Durante a novela Pátria Minha, da Globo, o ator teria deixado a trama por conta de suas constantes discussões com Vera Fischer, com quem se relacionava na época, o que atrapalhava as gravações. O papel de Felipe na novela era secundário, mas mesmo assim as brigas estavam prejudicando a trama. Resultado? Seu personagem, Inácio, morreu em um incêndio.

E não teria sido só ele que teria deixado Pátria Minha por conta disso. Existem histórias de que Vera Fischer se atrasava para as gravações e faltava bastante, além de sempre brigar com Felipe Camargo. Ela era a protagonista do folhetim, o que fez com que Gilberto Braga matasse sua personagem, Lídia Laport, no mesmo incêndio que o personagem de Felipe morreu.

Em Meu Bem, Meu Mal, da Globo, a confusão teria ficado a cargo de Luma de Oliveira, que teria se desentendido com a direção da novela por indisciplina e teria sido obrigada a deixar a trama antes de seu término. Ana Maria era sua personagem, e como Luma teria abandonado o elenco antes de decidirem o que fazer com a moça, a solução encontrada foi achar uma substituta para morrer em seu lugar. As cenas da morte, aliás, forma feitas com muito cuidado e de longe, para não focar no rosto daquela que assumiu o papel da artista.

Antônio Calloni teria passado por isso em Páginas da Vida, da Globo. Ele interpretava Gustavo, mas teria decidido abandonar a trama no meio após se queixar do autor Manoel Carlos pela demora na entrega dos roteiros. Seu personagem morreu em um acidente de carro após brigar com a mulher por causa de ciúme.

Dado Dolabella já teria vivido essa situação em duas ocasiões. A primeira teria sido em Chamas da Vida, da Record, quando seu personagem foi assassinado pela autora Cristianne Fridman. A saída antes do previsto teria ocorrido por mau comportamento do ator nos bastidores.

Já durante Vitória, também da Record, ele foi acusado de agredir um produtor do folhetim. Na época, a assessoria de imprensa da emissora chegou a enviar uma nota informando que ele teve o contrato rescindido. Rodrigo Phavanello assumiu a função de Dado na história, que apareceu apenas nos primeiros capítulos, e a autora Cristianne Fridman criou um novo personagem e alterou diversas cenas da novela.

Outra história rolou durante as gravações de Boogie Oogie, da Globo. Giulia Gam teria ficado alguns dias afastada das gravações da novela depois de brigar com o diretor Ricardo Waddington. No entanto, na época, o autor da trama, Rui Vilhena, afirmou que o sumiço da personagem Carlota já estava previsto na sinopse.

Em A Regra do Jogo, muitas pessoas estranharam a morte de Djanira, papel de Cássia Kiss na trama. Ninguém confirmou a informação, mas nos bastidores disseram que o clima entre a diretora Amora Mautner e a atriz não era dos melhores. A dupla teria se desentendido durante as gravações da novela de João Emanuel Carneiro, o que fez com que a personagem morresse pouco tempo depois da estreia do folhetim.

Já com Chay Suede a história teria sido diferente. Durante a novela Rebelde, da Record, ele teria arrumado confusão com um dos diretores da trama, Daniel Guivelder, o que fez com que o próprio diretor fosse afastado da novela.

Lucia Veríssimo se desentendeu com produtores durante as gravações de Roda de Fogo em 1986 e foi afastada. A solução foi criar uma viagem para a personagem Laís, da qual ela nunca retornou. No último capítulo da trama, a família recebe um cartão postal da moça, e a história ficou por isso mesmo.