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Publicada em 03/01/2019 às 09:43 | Atualizada em 03/01/2019 às 09:52

Bruna Linzmeyer assume que perdeu papéis ao se declarar lésbica, mas não se arrepende: - Ou me assumia ou adoecia

A atriz falou sobre a relação de sua carreira com sua orientação sexual

Da Redação

Divulgação

Bruna Linzmeyer é a capa de janeiro da revista Marie Claire e, em entrevista, falou sobre a relação de sua militância como mulher lésbica e sua carreira como atriz. Ela confessou que se tornou ainda mais próxima de diversas mulheres após o episódio do assédio cometido pelo ator José Mayer contra a figurinista Su Tonani

- Entendemos que nos unir era tão importante quanto a denúncia da própria Su no jornal. Mulheres devem se amparar e conversar sobre o que atravessa suas vivências. É uma forma de nos fortalecer.

E se você acha que isso não é importante, saiba que o feedback que Bruna recebe em suas redes sociais é bem positivo.

Já ouvi de garotas que conseguiram conversar sobre suas sexualidades com os pais e contar que gostam de outras garotas a partir de uma declaração que fiz.

Inclusive, a artista fez uma reflexão sobre a exposição de seu namoro com a artista plástica Priscila Visman, que começou em 2016.

- Não vou deixar de beijar minha namorada em público porque alguém poderia bater uma foto e isso virar notícia. Nunca foi uma opção me esconder. Claro que perdi contratos por me assumir lésbica, mas também ganhei novas oportunidades. E claro que fiquei assustada, principalmente porque tinha um apartamento para pagar e meus pais não são ricos, pelo contrário. Mas não tive muita escolha. Ou me assumia e vivia a minha vida, ou tinha um câncer, tinha depressão. Adoecia. A minha sorte é que, por outro lado, me posicionar aproximou de mim marcas que pensam como eu, que acreditam que o exercício da liberdade é valioso.

O mesmo vale para a opção de Bruna em não depilar os pelos de suas axilas e de outras partes do corpo

- Se não falamos sobre elas, não viram uma questão a ser debatida. É aí que quero chegar. Me depilei durante muito tempo. Ter pelos já foi estranho para mim. Hoje, acho estranho uma mulher não os ter. E mais: acho sexy quando uma mulher tem e acho sexy em mim. 


Jennifer Lawrence também já fez declarações sobre a diferença entre salários de homens e mulheres. Em carta, ela falou: Eu não queria ficar lutando por alguns milhões de dólares que - depois de ter estrelado duas franquias [X-Men e Jogos Vorazes] - eu realmente não precisava... Cansei de tentar encontrar a maneira fofa de marcar minha opinião e continuar sendo simpática. Jeremy Renner, Christian Bale e Bradley Cooper todos lutaram e conseguiram negociar bons contratos para si. No mínimo eles foram elogiados por serem duros e estratégicos, enquanto eu estava preocupada em parecer uma fedelha sem conseguir o que era justo. E ainda relembrou o caso do vazamento de dados da Sony: Quando aconteceu o vazamento da Sony e eu soube como estava ganhando menos que os caras com pintos, não me irritei com a Sony. Eu me irritei comigo mesma. Eu falhei na negociação porque desisti muito cedo. Não queria brigar por milhões de dólares que, francamente, graças a duas franquias eu não preciso. Para a Vanity Fair, a atriz também desabafou sobre o caso de fotos íntimas suas terem sido divulgadas na internet: - Só porque eu sou uma figura pública, só porque eu sou uma atriz, não significa que eu pedi por isso (…) É o meu corpo, e deveria ser uma escolha minha, e o fato de que isso não foi escolhido por mim é absolutamente nojento. Eu não consigo acreditar que nós vivemos em um mundo como esse.

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Bruna Linzmeyer assume que perdeu papéis ao se declarar lésbica, mas não se arrepende: <I>- Ou me assumia ou adoecia</I>

Bruna Linzmeyer assume que perdeu papéis ao se declarar lésbica, mas não se arrepende: - Ou me assumia ou adoecia

A atriz falou sobre a relação de sua carreira com sua orientação sexual

03/Jan/2019

Da Redação

Bruna Linzmeyer é a capa de janeiro da revista Marie Claire e, em entrevista, falou sobre a relação de sua militância como mulher lésbica e sua carreira como atriz. Ela confessou que se tornou ainda mais próxima de diversas mulheres após o episódio do assédio cometido pelo ator José Mayer contra a figurinista Su Tonani

- Entendemos que nos unir era tão importante quanto a denúncia da própria Su no jornal. Mulheres devem se amparar e conversar sobre o que atravessa suas vivências. É uma forma de nos fortalecer.

E se você acha que isso não é importante, saiba que o feedback que Bruna recebe em suas redes sociais é bem positivo.

Já ouvi de garotas que conseguiram conversar sobre suas sexualidades com os pais e contar que gostam de outras garotas a partir de uma declaração que fiz.

Inclusive, a artista fez uma reflexão sobre a exposição de seu namoro com a artista plástica Priscila Visman, que começou em 2016.

- Não vou deixar de beijar minha namorada em público porque alguém poderia bater uma foto e isso virar notícia. Nunca foi uma opção me esconder. Claro que perdi contratos por me assumir lésbica, mas também ganhei novas oportunidades. E claro que fiquei assustada, principalmente porque tinha um apartamento para pagar e meus pais não são ricos, pelo contrário. Mas não tive muita escolha. Ou me assumia e vivia a minha vida, ou tinha um câncer, tinha depressão. Adoecia. A minha sorte é que, por outro lado, me posicionar aproximou de mim marcas que pensam como eu, que acreditam que o exercício da liberdade é valioso.

O mesmo vale para a opção de Bruna em não depilar os pelos de suas axilas e de outras partes do corpo

- Se não falamos sobre elas, não viram uma questão a ser debatida. É aí que quero chegar. Me depilei durante muito tempo. Ter pelos já foi estranho para mim. Hoje, acho estranho uma mulher não os ter. E mais: acho sexy quando uma mulher tem e acho sexy em mim.