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Publicada em 16/12/2019 às 19:27 | Atualizada em 16/12/2019 às 19:36

Camila Márdila fala sobre sua visão da TV na infância: - Era lugar de gente bonita, e eu não era bonita

A atriz atualmente interpreta Amanda em Amor de Mãe

Da Redação

Divulgação

Depois de sua estreia estrondosa no cinema em Que Horas Ela Volta?, Camila Márdila estreou no mundo das novelas interpretando Amanda em Amor de Mãe, folhetim das nove da TV Globo. Em entrevista para a revista Glamour, a atriz falou sobre sua personagem na trama, autoestima e sua relação com os pais. 

Camila contou que nunca sonhou em fazer novelas - não por desdenhar do gênero, mas porque durante sua infância não se via representada nas obras:

No meu imaginário de criança e adolescente, TV era lugar de gente bonita, e eu não era bonita. Ou de gente engraçada, e eu não era engraçada. Por isso me empenhava demais, em tudo, porque acreditava que se eu estudasse muito, algum dia eu seria valorizada em algum lugar pelo meu trabalho. Hoje me acho bonita e engraçada! Segura de assumir minha beleza do jeito que me sinto bem e livre pra exercer meu humor, digamos, meio torto meio ácido. E sinto um alívio danado em assistir hoje a uma novela como Amor de Mãe, ou a série Segunda Chamada, entre outros produtos televisivos, que contemplam diferentes corpos e personalidades diversas. 

Ela também contou sobre já ter recebido negativas durante testes por conta de sua aparência, e como isso a ajudou a ser mais confiante sobre os locais que gostaria de trabalhar:

Mesmo como atriz, quantas vezes já não fui recusada ou ignorada em testes porque eu não era bonita? Muitas! Algo dito assim, na minha cara mesmo. E geralmente por homens velhos, barrigudos e desprezíveis, sedentos por exercer algum micro-podre-poder. Mas daí eu penso: se esse cara tem uma atitude dessas, talvez ele não seja a pessoa com quem eu quero trabalhar. Isso não significa aderir apenas a quem te aprova ou concorda com você, não é isso. É uma questão de não se machucar, não se desrespeitar ou se anular, pra tentar alcançar uma espécie de unanimidade, uma aprovação generalizada.

Camila também disse que considera o seu núcleo na novela como Amor de Filha, já que Amanda está fazendo de tudo para cuidar do pai e desmascarar Álvaro. Ela ainda contou que, apesar de ainda não ter contracenado com Regina Casé, está muito feliz por observar a atriz na novela - as duas atuaram como mãe e filha em Que Horas Ela Volta? Márdila também revelou que nunca se relacionou com alguém que tivesse uma relação tão dependente da mãe, caso de Danilo e Thelma no folhetim. 

Sempre fui muito independente, desgarrada, e principalmente sem paciência pra rapazes mimados. Meu pai e minha mãe abraçaram totalmente a minha ideia desbaratada de ser atriz. E acho que isso foi parte fundamental do meu processo de independência emancipada. Apesar de ainda uma criança, eu não queria fazer teatro infantil, fugia dos cursos voltados pra minha idade, me enfiava em turmas de pessoas mais velhas, espaços destinados a maiores de 16 e eu ainda com 12 anos [de idade]. Era muito séria, disciplinada, conseguia permissão pra fazer essas aulas. E minha mãe ali, me acompanhando, me buscando em cursos que terminavam depois da meia noite, pra logo acordar às 5 horas da matina e ir pra escola, sem nunca perder um primeiro horário. 

A seguir, veja os flagras dos bastidores de Amor de Mãe!


Sabe quem é o ator desta foto? Carmo Dalla Vecchia publicou a imagem acima, de Alexandre Nero, em sua página. O Comendador da já finalizada novela Império, da Globo, aparece com um saco na cabeça, fazendo careta enquanto posa para o clique do colega de elenco.

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Camila Márdila fala sobre sua visão da TV na infância: - <i>Era lugar de gente bonita, e eu não era bonita</I>

Camila Márdila fala sobre sua visão da TV na infância: - Era lugar de gente bonita, e eu não era bonita

A atriz atualmente interpreta Amanda em Amor de Mãe

16/Dez/2019

Da Redação

Depois de sua estreia estrondosa no cinema em Que Horas Ela Volta?, Camila Márdila estreou no mundo das novelas interpretando Amanda em Amor de Mãe, folhetim das nove da TV Globo. Em entrevista para a revista Glamour, a atriz falou sobre sua personagem na trama, autoestima e sua relação com os pais. 

Camila contou que nunca sonhou em fazer novelas - não por desdenhar do gênero, mas porque durante sua infância não se via representada nas obras:

No meu imaginário de criança e adolescente, TV era lugar de gente bonita, e eu não era bonita. Ou de gente engraçada, e eu não era engraçada. Por isso me empenhava demais, em tudo, porque acreditava que se eu estudasse muito, algum dia eu seria valorizada em algum lugar pelo meu trabalho. Hoje me acho bonita e engraçada! Segura de assumir minha beleza do jeito que me sinto bem e livre pra exercer meu humor, digamos, meio torto meio ácido. E sinto um alívio danado em assistir hoje a uma novela como Amor de Mãe, ou a série Segunda Chamada, entre outros produtos televisivos, que contemplam diferentes corpos e personalidades diversas. 

Ela também contou sobre já ter recebido negativas durante testes por conta de sua aparência, e como isso a ajudou a ser mais confiante sobre os locais que gostaria de trabalhar:

Mesmo como atriz, quantas vezes já não fui recusada ou ignorada em testes porque eu não era bonita? Muitas! Algo dito assim, na minha cara mesmo. E geralmente por homens velhos, barrigudos e desprezíveis, sedentos por exercer algum micro-podre-poder. Mas daí eu penso: se esse cara tem uma atitude dessas, talvez ele não seja a pessoa com quem eu quero trabalhar. Isso não significa aderir apenas a quem te aprova ou concorda com você, não é isso. É uma questão de não se machucar, não se desrespeitar ou se anular, pra tentar alcançar uma espécie de unanimidade, uma aprovação generalizada.

Camila também disse que considera o seu núcleo na novela como Amor de Filha, já que Amanda está fazendo de tudo para cuidar do pai e desmascarar Álvaro. Ela ainda contou que, apesar de ainda não ter contracenado com Regina Casé, está muito feliz por observar a atriz na novela - as duas atuaram como mãe e filha em Que Horas Ela Volta? Márdila também revelou que nunca se relacionou com alguém que tivesse uma relação tão dependente da mãe, caso de Danilo e Thelma no folhetim. 

Sempre fui muito independente, desgarrada, e principalmente sem paciência pra rapazes mimados. Meu pai e minha mãe abraçaram totalmente a minha ideia desbaratada de ser atriz. E acho que isso foi parte fundamental do meu processo de independência emancipada. Apesar de ainda uma criança, eu não queria fazer teatro infantil, fugia dos cursos voltados pra minha idade, me enfiava em turmas de pessoas mais velhas, espaços destinados a maiores de 16 e eu ainda com 12 anos [de idade]. Era muito séria, disciplinada, conseguia permissão pra fazer essas aulas. E minha mãe ali, me acompanhando, me buscando em cursos que terminavam depois da meia noite, pra logo acordar às 5 horas da matina e ir pra escola, sem nunca perder um primeiro horário. 

A seguir, veja os flagras dos bastidores de Amor de Mãe!