Paris Hilton deu uma entrevista ao site Sky News sobre as revelações feitas em seu novo documentário, This Is Paris. Sincera, a socialite lembrou da sex tape que foi vazada sem o seu consentimento nos anos 90, quando tinha apenas 19 anos de idade. Na época, ela namorava Rick Salomon, que já tinha 30 anos. No bate-papo, Paris contou que concordou com a filmagem, mas que nunca pensou que alguém fosse assistir ao conteúdo. 

- Seria uma história totalmente diferente se algo assim acontecesse com uma mulher hoje em dia. Naquela época, as pessoas me pintaram como vilã. As pessoas diziam que eu fiz de propósito, que foi vazada para aumentar minha fama. Isso também dói. Agora as mulheres estão recebendo o respeito que merecem, porque eu não estava... Obviamente, eu fui sortuda naquela situação. Mas hoje, ao menos, há uma mudança. Então eu estou feliz pelas futuras mulheres que não terão que passar por algo assim, porque é um dos maiores arrependimentos da minha vida e é algo que irá me traumatizar pelo resto da minha vida.

A empresária também falou sobre o seu desejo de chegar à marca de um bilhão de dólares.

- Acho que por eu ter tido tantas experiências traumáticas na vida, sinto que tudo o que eu queria fazer era focar nos meus negócios e no meu sucesso. E estava fazendo isso de uma maneira que nem tinha percebido até assistir ao documentário. Acho que estava fazendo como uma distração, para não pensar em tudo o que eu passei. E isso [fazer um bilhão de dólares] era a minha meta, porque os negócios eram tudo com o que eu me importava, mas agora eu estou colocando a minha vida pessoal em primeiro lugar. Então, claro, eu continuarei trabalhando, mas... dinheiro não compra felicidade. E essa não é mais a minha meta. Minha meta é ter um futuro incrível, uma família e focar nas coisas que realmente importam. 

Paris relatou que tem recebido inúmeras mensagens após ter revelado o abuso que sofreu no colégio interno Provo Canyon.

- Eu definitivamente sinto que um peso foi tirado das minhas costas. Num primeiro momento, eu estava muito nervosa, e quando estava na sala de edição do documentário, eu estava tipo Precisamos cortar isso, eu não quero que ninguém saiba sobre isso. Agora, eu tenho recebido inúmeros e-mails e vejo as pessoas entrando em contato comigo, sobreviventes que estiveram no mesmo colégio, pais, que por terem visto o trailer [do documentário], tiraram suas crianças de lá. As pessoas estão me agradecendo por ter sido corajosa. Eu nunca tinha falado sobre isso com ninguém porque estava tão traumatizada que não queria falar sobre. Mas só o fato de que está ajudando a fazer alguma diferença faz tudo valer a pena para mim. Faz valer a pena que eu tenha dito a minha história e até ter passado por isso. 

Por fim, a artista confessou que tem orgulho de si mesma.

- Estou ansiosa para as pessoas verem que há muito mais de mim que nunca foi mostrado antes. Para verem que eu sou só um ser humano, como qualquer outro, com sentimentos. Eu passei por coisas, eu não tenho uma vida perfeita. E eu contei a minha história, um livro aberto. Então isso é como ler o meu diário.

Em tempo: o site Sky News entrou em contato com a instituição Provo Canyon sobre as acusações de abuso e obteve a seguinte resposta:

Estamos cientes de um novo documentário que referencia o colégio Provo Canyon (PCS). Por favor, saibam que o PCS foi vendido para o antigo dono em agosto de 2000. Portanto, nós não podemos comentar sobre as operações ou a experiência dos pacientes antes dessa época. Nós estamos comprometidos a fornecer um cuidado de altíssima qualidade para jovens especiais, e muitas vezes complexos, com necessidades emocionais, comportamentais e psiquiátricas.