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Publicada em 04/12/2020 às 17:30 | Atualizada em 04/12/2020 às 17:36

Na CCXP, Neil Gaiman dá detalhes sobre a série de Sandman e declara seu amor ao Brasil: - Tem sido muito frustrante não conseguir voltar ainda

O escritor ainda falou que hoje vê mais meninas fãs de quadrinhos: - Quando eu comecei a dar autógrafos, todo mundo tinha um pênis

Luiza Aloi

Divulgação

E começou mais uma CCXP! O evento anual que traz grandes nomes do cinema, televisão e quadrinhos, teve que mudar um pouco o esquema por conta da pandemia do coronavírus e está acontecendo de forma totalmente online. Mesmo assim, a magia não se perde e podemos ver pessoas como Neil Gaiman frente a frente - mesmo de forma virtual!

Pois é, o autor de diversas histórias em quadrinhos e livros mundialmente conhecidos é o convidado de honra do evento! E na tarde dessa sexta-feira, dia 4, ele deu detalhes sobre a série de Sandman, declarou o seu amor pelo Brasil e demonstrou ser gente como a gente, já que em plena pandemia, ele aprendeu a fazer pão!

- Eu queria estar realmente lá e me divertindo muito no Brasil, começou dizendo.

Sandman é, sem dúvidas, um dos quadrinhos mais famosos de Neil Gaiman. E o autor sempre fica muito surpreso ao saber que os brasileiros adoram a história:

- Eu fiquei muito impressionado e animado na época [do lançamento]. E por algum motivo que eu não entendia, eles amaram no Brasil. Foi mágico.

E ele comentou algo curioso: ele percebeu, ao longo dos anos, que mais mulheres estavam lendo Sandman. Com isso, brincou:

- Mulheres gostam bastante de quadrinhos, principalmente Sandman. É definitivamente verdade. Quando eu comecei a dar autógrafos, todo mundo tinha um pênis. Em lojas de quadrinhos todas as pessoas tinham um pênis. Mas agora eu vejo que está bem equilibrado, meninos e meninas, disse, acrescentando que muitos namorados apresentam Sandman para as namoradas, mas quando o relacionamento acaba, são elas que ficam com a obra!

A série Sandman

Por ser uma história longa, Sandman demorou anos para ganhar uma adaptação, seja para o cinema ou para a televisão. Ao dar mais detalhes sobre, Neil começou dizendo o seguinte:

- O problema com Sandman era que Sandman tem três mil páginas. Como escolher o que vai no filme, o que você vai deixar de lado, qual vai ser o público? (...) O que você deixa de fora?

A espera foi longa, mas chegou ao fim, já que a história finalmente vai ganhar a sua versão como série na Netflix, e está prevista para estrear sua primeira temporada em 2021. Com isso, ele explicou sua decisão em aceitar o serviço de streaming como o responsável por seu famoso trabalho:

- A Netflix foi a mais persuasiva, porque eles estavam dispostos a se comprometer ao máximo. Era a minha visão, era o quadrinho, era como o quadrinho seria, agora, como programa de TV. Eu fico de queixo caído, é muito poderoso ver as imagens que eu primeiro vi desenhadas 33 anos atrás se mexendo na minha tela, ali.

Além disso, Neil explicou que não teve problemas com o orçamento mas que, por conta do coronavírus, ele teve que cortar dois episódios, já que o custo de tornar o set mais seguro, além de fornecer milhares de testes, seria bem alto. 

E já que o assunto foi para o coronavírus, o escritor, bem gente como a gente, adquiriu uma nova habilidade na pandemia: a de padeiro! Bem-humorado, ele revelou que aprendeu a fazer pão, mesmo que suas primeiras tentativas tenham dado errado - fazendo com que ele quase quebrasse uma faca, de tão duro que ficou o pão! Bom, ainda bem que Neil não precisa viver disso, não é mesmo?

American Gods

A terceira temporada de American Gods está prevista para estrear em 11 de janeiro de 2021 no Amazon Prime Video! O serviço de streaming, inclusive, divulgou algumas imagens inéditas da produção e Neil comentou algumas novidades, para atiçar os fãs sobre o que eles podem esperar dos novos episódios:

- Tem mais coisas do livro. É [uma temporada] maravilhosa. Vamos saber mais sobre os novos deuses, vocês vão conhecer mais aspectos do mundo e dos novos deuses.

Assista ao trailer aqui:


Amor pelo Brasil

Por fim, como não poderia deixar de ser, Neil relembrou ótimos momentos de quando esteve no Brasil e contou um episódio curioso: de quando ele ficou sem voz e quase incitou uma rebelião em São Paulo:

- Eu sei que eu amo o Brasil, eu sei que o Brasil já me amava antes de ter certeza absoluta do que o brasil era, porque lá no comecinho do Sandmand, o Sandman foi tão importante. A primeira vez que eu fui para o Brasil, sei lá, em 98, eu acho que foi... havia um pessoal me esperando, eu fui bem recebido. Eu conheci pessoas e retornei em 2002 e aí fui a o festival de livros no Rio de Janeiro onde eu comecei a perder a minha voz, ou seja, quando cheguei em São Paulo, eu estava praticamente sem voz.

Em São Paulo, ele foi à extinta livraria Fnac para assinar cópias de Sandman de fãs, porém tinham 15 mil pessoas esperando por ele! Quando o evento limitou o acesso para apenas 700 pessoas, Neil ouviu xingamentos:

- Eles estavam falando algo terrível, mas diziam com tanto amor, que todo mundo ama o brasileiro por isso. Eles explicaram que se a fila fosse determinada, eu não poderia autografar e eles iriam destruir a Fnac, fazer uma rebelião, disse, com bom humor.

Por fim, fez uma declaração:

- Eu amo o Brasil, eu amo o pessoal, amo o país. Tem sido muito frustrante pra mim nessa última década que eu não consegui voltar ainda.

Fofo, né?

Logo abaixo, veja 21 adaptações de livros para o cinema!


As Vantagens de ser Invisível é outra adaptação que conta com um elenco estrelado: Emma Watson, Logan Lerman e Nina Dobrev. Mas tudo começou com o livro de Stephen Chbosky. Tanto filme como livro tratam de assuntos tocantes e falam sobre as dificuldades em amadurecer.

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Na <i>CCXP</i>, Neil Gaiman dá detalhes sobre a série de <i>Sandman</i> e declara seu amor ao Brasil: <i>- Tem sido muito frustrante não conseguir voltar ainda</i>

Na CCXP, Neil Gaiman dá detalhes sobre a série de Sandman e declara seu amor ao Brasil: - Tem sido muito frustrante não conseguir voltar ainda

O escritor ainda falou que hoje vê mais meninas fãs de quadrinhos: - Quando eu comecei a dar autógrafos, todo mundo tinha um pênis

04/Dez/2020

Luiza Aloi

E começou mais uma CCXP! O evento anual que traz grandes nomes do cinema, televisão e quadrinhos, teve que mudar um pouco o esquema por conta da pandemia do coronavírus e está acontecendo de forma totalmente online. Mesmo assim, a magia não se perde e podemos ver pessoas como Neil Gaiman frente a frente - mesmo de forma virtual!

Pois é, o autor de diversas histórias em quadrinhos e livros mundialmente conhecidos é o convidado de honra do evento! E na tarde dessa sexta-feira, dia 4, ele deu detalhes sobre a série de Sandman, declarou o seu amor pelo Brasil e demonstrou ser gente como a gente, já que em plena pandemia, ele aprendeu a fazer pão!

- Eu queria estar realmente lá e me divertindo muito no Brasil, começou dizendo.

Sandman é, sem dúvidas, um dos quadrinhos mais famosos de Neil Gaiman. E o autor sempre fica muito surpreso ao saber que os brasileiros adoram a história:

- Eu fiquei muito impressionado e animado na época [do lançamento]. E por algum motivo que eu não entendia, eles amaram no Brasil. Foi mágico.

E ele comentou algo curioso: ele percebeu, ao longo dos anos, que mais mulheres estavam lendo Sandman. Com isso, brincou:

- Mulheres gostam bastante de quadrinhos, principalmente Sandman. É definitivamente verdade. Quando eu comecei a dar autógrafos, todo mundo tinha um pênis. Em lojas de quadrinhos todas as pessoas tinham um pênis. Mas agora eu vejo que está bem equilibrado, meninos e meninas, disse, acrescentando que muitos namorados apresentam Sandman para as namoradas, mas quando o relacionamento acaba, são elas que ficam com a obra!

A série Sandman

Por ser uma história longa, Sandman demorou anos para ganhar uma adaptação, seja para o cinema ou para a televisão. Ao dar mais detalhes sobre, Neil começou dizendo o seguinte:

- O problema com Sandman era que Sandman tem três mil páginas. Como escolher o que vai no filme, o que você vai deixar de lado, qual vai ser o público? (...) O que você deixa de fora?

A espera foi longa, mas chegou ao fim, já que a história finalmente vai ganhar a sua versão como série na Netflix, e está prevista para estrear sua primeira temporada em 2021. Com isso, ele explicou sua decisão em aceitar o serviço de streaming como o responsável por seu famoso trabalho:

- A Netflix foi a mais persuasiva, porque eles estavam dispostos a se comprometer ao máximo. Era a minha visão, era o quadrinho, era como o quadrinho seria, agora, como programa de TV. Eu fico de queixo caído, é muito poderoso ver as imagens que eu primeiro vi desenhadas 33 anos atrás se mexendo na minha tela, ali.

Além disso, Neil explicou que não teve problemas com o orçamento mas que, por conta do coronavírus, ele teve que cortar dois episódios, já que o custo de tornar o set mais seguro, além de fornecer milhares de testes, seria bem alto. 

E já que o assunto foi para o coronavírus, o escritor, bem gente como a gente, adquiriu uma nova habilidade na pandemia: a de padeiro! Bem-humorado, ele revelou que aprendeu a fazer pão, mesmo que suas primeiras tentativas tenham dado errado - fazendo com que ele quase quebrasse uma faca, de tão duro que ficou o pão! Bom, ainda bem que Neil não precisa viver disso, não é mesmo?

American Gods

A terceira temporada de American Gods está prevista para estrear em 11 de janeiro de 2021 no Amazon Prime Video! O serviço de streaming, inclusive, divulgou algumas imagens inéditas da produção e Neil comentou algumas novidades, para atiçar os fãs sobre o que eles podem esperar dos novos episódios:

- Tem mais coisas do livro. É [uma temporada] maravilhosa. Vamos saber mais sobre os novos deuses, vocês vão conhecer mais aspectos do mundo e dos novos deuses.

Assista ao trailer aqui:


Amor pelo Brasil

Por fim, como não poderia deixar de ser, Neil relembrou ótimos momentos de quando esteve no Brasil e contou um episódio curioso: de quando ele ficou sem voz e quase incitou uma rebelião em São Paulo:

- Eu sei que eu amo o Brasil, eu sei que o Brasil já me amava antes de ter certeza absoluta do que o brasil era, porque lá no comecinho do Sandmand, o Sandman foi tão importante. A primeira vez que eu fui para o Brasil, sei lá, em 98, eu acho que foi... havia um pessoal me esperando, eu fui bem recebido. Eu conheci pessoas e retornei em 2002 e aí fui a o festival de livros no Rio de Janeiro onde eu comecei a perder a minha voz, ou seja, quando cheguei em São Paulo, eu estava praticamente sem voz.

Em São Paulo, ele foi à extinta livraria Fnac para assinar cópias de Sandman de fãs, porém tinham 15 mil pessoas esperando por ele! Quando o evento limitou o acesso para apenas 700 pessoas, Neil ouviu xingamentos:

- Eles estavam falando algo terrível, mas diziam com tanto amor, que todo mundo ama o brasileiro por isso. Eles explicaram que se a fila fosse determinada, eu não poderia autografar e eles iriam destruir a Fnac, fazer uma rebelião, disse, com bom humor.

Por fim, fez uma declaração:

- Eu amo o Brasil, eu amo o pessoal, amo o país. Tem sido muito frustrante pra mim nessa última década que eu não consegui voltar ainda.

Fofo, né?

Logo abaixo, veja 21 adaptações de livros para o cinema!