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Publicada em 09/06/2021 às 17:02 | Atualizada em 09/06/2021 às 17:08

Nany People fala sobre ter se descoberto como uma mulher trans: - Foi solução, não problema

A atriz acredita que o público LGBTQIA+ tem ganhado cada vez mais espaço na mídia

Da Redação

Divulgação

Nany People foi entrevistada pela revista Marie Claire para discutir, dentre outros assuntos, o mês do orgulho LGBTQIA+. Hoje, aos 55 anos de idade, a atriz conta que lamenta só ter tido coragem de se declarar como mulher trans perto dos 20 anos.

- Pra mim, me descobrir trans foi solução, não problema. Problema foi retardar isso até os 22 anos, porque não tinha nome o que eu era. Dizem que fiz história, mas eu estava sobrevivendo. Tive coragem de ser feliz sendo quem eu era, e foi a arte que me deu essa coragem.

Nany defende que o grupo LGBTQIA+ tem ganhado cada vez mais espaço na mídia, mas não nega que ainda haja muito preconceito:

- Nas campanhas, por exemplo, já existe um mercado engajado, mas vivemos essa atmosfera polarizada, então temos a outra metade, que é contra. Eu digo para abrirmos janelas, para que vejam nossa sobrevivência.

E continua:

- É preciso mudar o conceito do que é a família, se desapegar de ser isso ou aquilo.

People conta que parte de seu trabalho é viajar pelo país fazendo palestras em empresas, tudo com o intuito de incentivar os funcionários a exibirem seu verdadeiro eu. Em paralelo, ela segue com o trabalho de atriz. Inclusive, deve entrar em cartaz em breve com o filme Quem quer ficar com Mário?. 

- Minha geração saía de casa para mostrar que era capaz, e muitos aproveitavam para assumir uma condição que não era aceita e riscava a família de sua vida. O filme mostra a importância e a necessidade de não anular ninguém. A família pode ser feliz, cada um como é. O público sempre esteve pronto para assistir histórias LGBTs. As famílias sempre tiveram pessoas LGBTs em casa. Mas existe um pequeno grupo que acha que pode determinar o que a massa pode e não pode ver. A massa vê e convive com tudo. Tive o privilégio de ter uma mãe que me blindou, me empoderou e me encorajou, mas vivo no país que mais mata LGBTs no mundo.

A seguir, confira filmes com a temática LGBTQ+!


Não tem como falar de filme LGBTQIA+ sem mencionar Clube de Compras Dallas, né? O filme traz a transformação de Matthew McConaughey, que precisou emagrecer vários quilos para viver Ron, um eletricista homofóbico e preconceituoso que descobre ter sido infectado pelo vírus do HIV. Na jornada para viver com a doença, ele conhece Rayon, uma mulher trans que também sofre com a AIDS, e que, no longa, é interpretada por Jared Leto. Ele está irreconhecível, hein?

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Nany People fala sobre ter se descoberto como uma mulher trans: <i>- Foi solução, não problema</i>

Nany People fala sobre ter se descoberto como uma mulher trans: - Foi solução, não problema

A atriz acredita que o público LGBTQIA+ tem ganhado cada vez mais espaço na mídia

09/Jun/2021

Da Redação

Nany People foi entrevistada pela revista Marie Claire para discutir, dentre outros assuntos, o mês do orgulho LGBTQIA+. Hoje, aos 55 anos de idade, a atriz conta que lamenta só ter tido coragem de se declarar como mulher trans perto dos 20 anos.

- Pra mim, me descobrir trans foi solução, não problema. Problema foi retardar isso até os 22 anos, porque não tinha nome o que eu era. Dizem que fiz história, mas eu estava sobrevivendo. Tive coragem de ser feliz sendo quem eu era, e foi a arte que me deu essa coragem.

Nany defende que o grupo LGBTQIA+ tem ganhado cada vez mais espaço na mídia, mas não nega que ainda haja muito preconceito:

- Nas campanhas, por exemplo, já existe um mercado engajado, mas vivemos essa atmosfera polarizada, então temos a outra metade, que é contra. Eu digo para abrirmos janelas, para que vejam nossa sobrevivência.

E continua:

- É preciso mudar o conceito do que é a família, se desapegar de ser isso ou aquilo.

People conta que parte de seu trabalho é viajar pelo país fazendo palestras em empresas, tudo com o intuito de incentivar os funcionários a exibirem seu verdadeiro eu. Em paralelo, ela segue com o trabalho de atriz. Inclusive, deve entrar em cartaz em breve com o filme Quem quer ficar com Mário?. 

- Minha geração saía de casa para mostrar que era capaz, e muitos aproveitavam para assumir uma condição que não era aceita e riscava a família de sua vida. O filme mostra a importância e a necessidade de não anular ninguém. A família pode ser feliz, cada um como é. O público sempre esteve pronto para assistir histórias LGBTs. As famílias sempre tiveram pessoas LGBTs em casa. Mas existe um pequeno grupo que acha que pode determinar o que a massa pode e não pode ver. A massa vê e convive com tudo. Tive o privilégio de ter uma mãe que me blindou, me empoderou e me encorajou, mas vivo no país que mais mata LGBTs no mundo.

A seguir, confira filmes com a temática LGBTQ+!