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Publicada em 24/08/2021 às 15:52 | Atualizada em 24/08/2021 às 15:52

Mano Brown divulga novo podcast recheado de entrevistas e revela: - Vou apresentar pessoas e pensamentos

O rapper falou sobre quem é a sua maior inspiração para ser um entrevistador

Karina Dias

Divulgação

Mano Brown é um cantor que vive falando sobre questões raciais, política, do cotidiano de quem mora na periferia e tem a agenda sempre muito agitada de shows e compromissos. Por conta da pandemia do novo coronavírus, as apresentações tiveram que ser deixadas um pouco de lado, mas agora o rapper está investindo em um podcast original Spotify chamado Mano a Mano.

Em uma entrevista coletiva da qual o ESTRELANDO participou na tarde desta terça-feira, dia 24, para fazer a divulgação oficial do projeto, Mano Brown abordou diversos assuntos, revelando o que o acabou inspirando para fazer esse trabalho.

- No começo da pandemia em março de 2020, teve esse lance todo da Covid-19 que todo mundo ficou perplexo. Eu pensei: Eu não posso chapar [ficar ansioso com a situação]. Eu vou estudar! Só desse jeito eu não chapei, peguei para estudar Ciências, Filosofia, Teologia, coisas relacionadas à África e descobri coisas maravilhosas, e comecei a falar sobre isso nas reuniões com os meus amigos. Então eles indicaram que eu falasse sobre isso dentro de um podcast. Falei da ideia com o meu filho e ele gostou também! Aí a minha produtora então apostou na ideia, em mim e cá estamos nós.

O cantor, que é conhecido além das suas obras por ser um ótimo contador de histórias, contou sobre a importância de ter um novo espaço para ser ainda mais ouvido.

- Sou um contador de historia, é coisa do compositor, do rapper, todo mundo tem essa coisa de querer contar a visão sobre o mundo. E a gente investiu nesse lado meu e as pessoas falaram que eu tinha muita coisa para falar. Eles falaram que estava precisando, que vai ser bom... então vou falar mesmo, vou usar o espaço. Toda a filosofia negra e da conscientização é banalizada no Brasil.

Brown revelou que nunca tinha feito um trabalho desse na vida e contou como foi a preparação, entregando qual entrevistador o inspirou.

- Eu não tenho experiência com esse tipo de trabalho. Enquanto a gente está fazendo é que a gente vê o quanto é difícil abordar o convidado e tirar a verdade dele, o que as pessoas do outro lado querem ouvir e etc. Isso é uma ciência. Eu confesso que eu não estudei sobre isso, mas li e assisti muitas entrevistas. Então a gente acaba aprendendo com os outros. E uma inspiração pra mim é o Thaíde. Acho ele muito bom. Ele é o tipo de entrevistador que me agrada, ele fala sem deixar o que tem que perguntar e ao mesmo tempo te deixa muito tranquilo no ambiente.

Caso você não saiba, Mano Brown é uma pessoa mais fechada e escolhia muito bem os veículos para os quais gostava e queria dar entrevista. Com o podcast Mano a Mano, os fãs acabam ganhando mais com isso, podendo conhecer ainda melhor a história do cantor.

- As pessoas vão descobrir que eu sou o cara mais comum do mundo. Sou brasileiro, tenho uma mentalidade mediana, estou sempre aprendendo... sou filho de uma mulher negra e um homem branco. Sou um produto tipicamente brasileiro, filho da escravidão. Isso que eu sou, e que os fãs vão ficar sabendo. Muitas coisas da minha vida, de 2010 pra cá, as pessoas tiveram acesso por causa da internet. Antes disso ninguém tinha acesso.

Aliás, o rapper chegou a citar também alguns artistas negros e jovens que estão em ascensão.

- Tem gente que não gosta de ver preto rico no Brasil, eu percebo o novo momento de cinco anos pra cá. O Emicida, por exemplo, está dando aula [sendo uma influência] em Portugal. É sobre isso!

Brown, que tem uma gama de fãs mais ligada, obviamente, ao hip-hop comentou que com o podcast ele tem a ideia de fazer uma aproximação de públicos diferentes.

- Pretendo apresentar pessoas para esse público que ouve rap e eles vão falar por mim, essa é a ideia. Apresentar pessoas e pensamentos. 

Lembrando que Mano a Mano chega na plataforma do Spotify na próxima quinta-feira, dia 26, com uma entrevista de Mano Brown com Karol Conka.

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Mano Brown divulga novo podcast recheado de entrevistas e revela: - Vou apresentar pessoas e pensamentos

25/Abr/

Mano Brown é um cantor que vive falando sobre questões raciais, política, do cotidiano de quem mora na periferia e tem a agenda sempre muito agitada de shows e compromissos. Por conta da pandemia do novo coronavírus, as apresentações tiveram que ser deixadas um pouco de lado, mas agora o rapper está investindo em um podcast original Spotify chamado Mano a Mano.

Em uma entrevista coletiva da qual o ESTRELANDO participou na tarde desta terça-feira, dia 24, para fazer a divulgação oficial do projeto, Mano Brown abordou diversos assuntos, revelando o que o acabou inspirando para fazer esse trabalho.

- No começo da pandemia em março de 2020, teve esse lance todo da Covid-19 que todo mundo ficou perplexo. Eu pensei: Eu não posso chapar [ficar ansioso com a situação]. Eu vou estudar! Só desse jeito eu não chapei, peguei para estudar Ciências, Filosofia, Teologia, coisas relacionadas à África e descobri coisas maravilhosas, e comecei a falar sobre isso nas reuniões com os meus amigos. Então eles indicaram que eu falasse sobre isso dentro de um podcast. Falei da ideia com o meu filho e ele gostou também! Aí a minha produtora então apostou na ideia, em mim e cá estamos nós.

O cantor, que é conhecido além das suas obras por ser um ótimo contador de histórias, contou sobre a importância de ter um novo espaço para ser ainda mais ouvido.

- Sou um contador de historia, é coisa do compositor, do rapper, todo mundo tem essa coisa de querer contar a visão sobre o mundo. E a gente investiu nesse lado meu e as pessoas falaram que eu tinha muita coisa para falar. Eles falaram que estava precisando, que vai ser bom... então vou falar mesmo, vou usar o espaço. Toda a filosofia negra e da conscientização é banalizada no Brasil.

Brown revelou que nunca tinha feito um trabalho desse na vida e contou como foi a preparação, entregando qual entrevistador o inspirou.

- Eu não tenho experiência com esse tipo de trabalho. Enquanto a gente está fazendo é que a gente vê o quanto é difícil abordar o convidado e tirar a verdade dele, o que as pessoas do outro lado querem ouvir e etc. Isso é uma ciência. Eu confesso que eu não estudei sobre isso, mas li e assisti muitas entrevistas. Então a gente acaba aprendendo com os outros. E uma inspiração pra mim é o Thaíde. Acho ele muito bom. Ele é o tipo de entrevistador que me agrada, ele fala sem deixar o que tem que perguntar e ao mesmo tempo te deixa muito tranquilo no ambiente.

Caso você não saiba, Mano Brown é uma pessoa mais fechada e escolhia muito bem os veículos para os quais gostava e queria dar entrevista. Com o podcast Mano a Mano, os fãs acabam ganhando mais com isso, podendo conhecer ainda melhor a história do cantor.

- As pessoas vão descobrir que eu sou o cara mais comum do mundo. Sou brasileiro, tenho uma mentalidade mediana, estou sempre aprendendo... sou filho de uma mulher negra e um homem branco. Sou um produto tipicamente brasileiro, filho da escravidão. Isso que eu sou, e que os fãs vão ficar sabendo. Muitas coisas da minha vida, de 2010 pra cá, as pessoas tiveram acesso por causa da internet. Antes disso ninguém tinha acesso.

Aliás, o rapper chegou a citar também alguns artistas negros e jovens que estão em ascensão.

- Tem gente que não gosta de ver preto rico no Brasil, eu percebo o novo momento de cinco anos pra cá. O Emicida, por exemplo, está dando aula [sendo uma influência] em Portugal. É sobre isso!

Brown, que tem uma gama de fãs mais ligada, obviamente, ao hip-hop comentou que com o podcast ele tem a ideia de fazer uma aproximação de públicos diferentes.

- Pretendo apresentar pessoas para esse público que ouve rap e eles vão falar por mim, essa é a ideia. Apresentar pessoas e pensamentos. 

Lembrando que Mano a Mano chega na plataforma do Spotify na próxima quinta-feira, dia 26, com uma entrevista de Mano Brown com Karol Conka.