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Publicada em 08/12/2021 às 13:58 | Atualizada em 08/12/2021 às 14:00

Esther Góes fala sobre Ubu Rei: Uma paródia cômica de personagens loucas do teatro

A atriz vive Mãe Ubu no espetáculo teatral que mostra como a ganância e a vaidade exacerbada são capazes de motivar a tomada do poder

Letícia Giollo

Divulgação

O que acontece quando a ganância e a vaidade exacerbada se juntam? Na peça Ubu Rei, o público acompanha uma verdadeira sátira sobre os tiranos em busca do poder. Ubu, o protagonista, é um personagem inescrupuloso que não mede esforços para alcançar seus objetivos. Manipulado pela esposa, Mãe Ubu, vivida por Esther Góes, ele decide matar o rei da Polônia para roubar a coroa. Qualquer semelhança com Macbeth, de Shakespeare, não é mera coincidência! Em entrevista exclusiva para o ESTRELANDO, a atriz revelou detalhes da produção e ainda entregou como rolou o convite para participar do espetáculo.

Augusto Marin, diretor e ator que faz o Pai Ubu, e Luciane Ortiz, diretora de produção, me perguntaram se eu gostaria de fazer a Mãe Ubu. Aderi quase de imediato à possibilidade de fazer este exercício maravilhoso de comédia, num texto que permanece sendo montado com a liberdade de uma festa, disse.

Na peça, Mãe Ubu promove uma baita confusão e trai quem for preciso para conquistar o que deseja.

Ela é a paródia cômica de personagens loucas do teatro, como Lady Macbeth, Ofélia... Promove a confusão e depois temque aguentar o tranco. Mãe Ubu sempre trai, sempre quer mais, sempre se arrepende e faz de novo. A personagem é ótima porque não tem nada a ver com as consequências. Tudo é possível, até o casamento feliz!

Esther revelou que para interpretá-la decidiu não fazer uma grande preparação, e sim improvisar:

Na verdade não me preparei, deixei acontecer. O Armando Liguori, nosso diretor, é ótimo em conduzir processos sem explicação, cenas sem sentido... Muito inspirador sem falar muito. Entrei na dele.

A artista finalizando explicando o que cada pessoa sentirá ao ver a produção:

Cada pessoas identificará sua mensagem. O Jarry não faz mais do que dizer que cada um de nós é um tirano, se não em ação, pelo menos em potencial. Podemos vir a ser. Gosto muito disso, um autor que olhou o mundo de uma certa distância, acho que desistiu de querer entender. Sobre a atualidade, permita-me dizer que qualquer boa peça de teatro é sempre atual, desde aqueles gregos. As pessoas não mudam.

No próximo domingo, dia 12, às 20h, acontece a última apresentação no Teatro Commune.

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Esther Góes fala sobre <I>Ubu Rei</i>: <I>Uma paródia cômica de personagens loucas do teatro</i>

Esther Góes fala sobre Ubu Rei: Uma paródia cômica de personagens loucas do teatro

18/Abr/

O que acontece quando a ganância e a vaidade exacerbada se juntam? Na peça Ubu Rei, o público acompanha uma verdadeira sátira sobre os tiranos em busca do poder. Ubu, o protagonista, é um personagem inescrupuloso que não mede esforços para alcançar seus objetivos. Manipulado pela esposa, Mãe Ubu, vivida por Esther Góes, ele decide matar o rei da Polônia para roubar a coroa. Qualquer semelhança com Macbeth, de Shakespeare, não é mera coincidência! Em entrevista exclusiva para o ESTRELANDO, a atriz revelou detalhes da produção e ainda entregou como rolou o convite para participar do espetáculo.

Augusto Marin, diretor e ator que faz o Pai Ubu, e Luciane Ortiz, diretora de produção, me perguntaram se eu gostaria de fazer a Mãe Ubu. Aderi quase de imediato à possibilidade de fazer este exercício maravilhoso de comédia, num texto que permanece sendo montado com a liberdade de uma festa, disse.

Na peça, Mãe Ubu promove uma baita confusão e trai quem for preciso para conquistar o que deseja.

Ela é a paródia cômica de personagens loucas do teatro, como Lady Macbeth, Ofélia... Promove a confusão e depois temque aguentar o tranco. Mãe Ubu sempre trai, sempre quer mais, sempre se arrepende e faz de novo. A personagem é ótima porque não tem nada a ver com as consequências. Tudo é possível, até o casamento feliz!

Esther revelou que para interpretá-la decidiu não fazer uma grande preparação, e sim improvisar:

Na verdade não me preparei, deixei acontecer. O Armando Liguori, nosso diretor, é ótimo em conduzir processos sem explicação, cenas sem sentido... Muito inspirador sem falar muito. Entrei na dele.

A artista finalizando explicando o que cada pessoa sentirá ao ver a produção:

Cada pessoas identificará sua mensagem. O Jarry não faz mais do que dizer que cada um de nós é um tirano, se não em ação, pelo menos em potencial. Podemos vir a ser. Gosto muito disso, um autor que olhou o mundo de uma certa distância, acho que desistiu de querer entender. Sobre a atualidade, permita-me dizer que qualquer boa peça de teatro é sempre atual, desde aqueles gregos. As pessoas não mudam.

No próximo domingo, dia 12, às 20h, acontece a última apresentação no Teatro Commune.