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Publicada em 03/08/2022 às 15:46 | Atualizada em 03/08/2022 às 15:51

Giovanna Ewbank relembra entrevista emocionante com Taís Araújo: Eu entendo total a sua revolta

As duas se aproximaram na época que Titi foi adotada

Da Redação

Divulgação

Após o episódio de racismo contra os filhos Titi e Bless, Giovanna Ewbank relembrou a entrevista que fez com Taís Araújo uma semana antes, em seu podcast Quem Pode, Pod.

Em um trecho compartilhado em sua conta do Instagram, e apresentadora contou que Taís a procurou assim que soube que ela e Bruno Gagliasso iriam adotar Titi:

- Nossa relação começou através de um telefonema seu, quando a Titi chegou no Brasil. Você me contou sobre a sua escola. Que você estudou numa escola particular, e que você sempre viu, na sua escola, mulheres pretas em posição de servir. E você me falou: Eu só te peço para que você tenha essa visão na hora de escolher a escola da sua filha. E isso, para mim, foi de uma importância, porque você me deu um parâmetro que eu não tinha.

Ainda na entrevista, Taís fala, emocionada, sobre o racismo e os conselhos que deu para Gio:

- Fiquei muito pensando assim: o que vai ser da vida de uma menina negra, africana e criada por dois brancos, loiros e dos olhos azuis entre um mundo que só está a serviço deles? Eu entendo você, Giovanna. Você não passou nada do que seus filhos passaram, vão passar e estão passando. Eu entendo total a sua revolta. Tem que ir pra porrada! Só que a gente toma porrada desde sempre. Você dando porrada em outra pessoa branca é encarado de outra maneira de eu dando porrada numa pessoa branca! É o famoso: vocês que são brancos, que se entendam.

Giovanna ainda fez uma legenda reflexiva para acompanhar o post:

A maternidade nos aproximou. E para ser mãe de crianças pretas é necessário construir uma aldeia, então nossa troca é e sempre foi fundamental. Nos emocionamos muito nesse bate papo ao falar dos nossos filhos. Tudo isso sem saber que, uma semana depois, o racismo nos atingiria de frente. Nós. Porque quando uma criança sofre uma violência dessa, todas nós mães sofremos juntas. Que esse bate papo que seja um serviço pra toda a sociedade. E que siga nos fortalecendo.

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Giovanna Ewbank relembra entrevista emocionante com Taís Araújo: <i>Eu entendo total a sua revolta</i>

Giovanna Ewbank relembra entrevista emocionante com Taís Araújo: Eu entendo total a sua revolta

26/Abr/

Após o episódio de racismo contra os filhos Titi e Bless, Giovanna Ewbank relembrou a entrevista que fez com Taís Araújo uma semana antes, em seu podcast Quem Pode, Pod.

Em um trecho compartilhado em sua conta do Instagram, e apresentadora contou que Taís a procurou assim que soube que ela e Bruno Gagliasso iriam adotar Titi:

- Nossa relação começou através de um telefonema seu, quando a Titi chegou no Brasil. Você me contou sobre a sua escola. Que você estudou numa escola particular, e que você sempre viu, na sua escola, mulheres pretas em posição de servir. E você me falou: Eu só te peço para que você tenha essa visão na hora de escolher a escola da sua filha. E isso, para mim, foi de uma importância, porque você me deu um parâmetro que eu não tinha.

Ainda na entrevista, Taís fala, emocionada, sobre o racismo e os conselhos que deu para Gio:

- Fiquei muito pensando assim: o que vai ser da vida de uma menina negra, africana e criada por dois brancos, loiros e dos olhos azuis entre um mundo que só está a serviço deles? Eu entendo você, Giovanna. Você não passou nada do que seus filhos passaram, vão passar e estão passando. Eu entendo total a sua revolta. Tem que ir pra porrada! Só que a gente toma porrada desde sempre. Você dando porrada em outra pessoa branca é encarado de outra maneira de eu dando porrada numa pessoa branca! É o famoso: vocês que são brancos, que se entendam.

Giovanna ainda fez uma legenda reflexiva para acompanhar o post:

A maternidade nos aproximou. E para ser mãe de crianças pretas é necessário construir uma aldeia, então nossa troca é e sempre foi fundamental. Nos emocionamos muito nesse bate papo ao falar dos nossos filhos. Tudo isso sem saber que, uma semana depois, o racismo nos atingiria de frente. Nós. Porque quando uma criança sofre uma violência dessa, todas nós mães sofremos juntas. Que esse bate papo que seja um serviço pra toda a sociedade. E que siga nos fortalecendo.