
Nando Reis admite ser alcoólatra: - Estou há quase sete anos sóbrio, mas consigo sentir a compulsão dentro de mim
02/Mai/
Aos 60 anos de idade, Nando Reis concedeu uma entrevista à revista Piauí e falou abertamente sobre o seu vício no álcool e nas drogas. Sincero, ele contou que está sóbrio há quase sete anos, mas que ainda consegue sentir uma compulsão dentro dele.
- Sou alcoólatra, mas recuperei minha sobriedade. Minha jornada com o álcool começou na adolescência e, gradativamente, foi se tornando um uso abusivo e uma dependência. Comecei a beber aos 13 anos e só parei aos 53. Foram décadas de consumo pesado e, com o passar do tempo, associado à cocaína. Estou há quase sete anos sóbrio, mas não deixei de ser alcoólatra: consigo sentir a compulsão dentro de mim, disse.
De acordo com Nando, o álcool era como um escudo entre ele e a realidade:
- O álcool era um escudo entre mim e a realidade. Comparo o alcoolismo a uma barreira que se impôs entre mim e o resto do mundo, entre mim e os meus próprios sentimentos e a minha própria razão.
- Hoje, aos 60 anos, percebo que sempre bebi muito. Gostava de ficar bêbado, a embriaguez era um estado que me agradava. (...) Eu bebia compulsivamente, inclusive no ambiente de trabalho. Cometi o erro primário de vincular a bebida ao meu processo de criação artística. Na minha cabeça, o álcool estava associado à minha atuação como músico e compositor, então era indistinto para mim beber durante a semana ou no final de semana. Eu bebia sempre, emendou.
Sobre a cocaína, Nando contou que a droga entrou em sua vida aos 27 anos de idade:
- Era uma droga presente nos ambientes que eu frequentava nos anos 1980 e 1990. Logo desenvolvi uma dependência cruzada de álcool e cocaína. Eu não me importava de ficar bêbado e cheirado, ao contrário: achava graça nisso. Me divertia sendo o mais doido, o que cheirava a maior carreira, o que bebia todas. Me tornei a figura folclórica, o cara que virava cinco noites sem dormir e fazia shows nesse estado. Fiz dezenas de apresentações completamente embriagado.
De acordo com o músico, o vício aumento após a morte de dois amigos: Cássia Eller e Marcelo Fromer, dos Titãs.
- Morando sozinho, passei por períodos limpo, mas também por fases em que bebia e cheirava todos os dias. Fui perdendo o freio do consumo do álcool e da cocaína e aquilo foi comprometendo a minha vida pessoal e profissional.
Em 2016, Nando relembrou que chegou ao fundo do poço e chegou a pensar em suicídio:
- Ali não havia cocaína, então mergulhei de cabeça no álcool. Eu simplesmente não conseguia parar de beber. Foi a primeira vez que acordei no meio da noite sentindo a necessidade de ingerir álcool. Percebi que estava ficando louco, desesperado e não enxergava saída para aquela situação. A Vânia (ex-mulher) já não falava mais comigo, meus filhos não queriam mais saber de mim, eu havia afastado as pessoas mais queridas e mais importantes da minha vida. Precisava retornar para o Brasil porque estava no meio de uma turnê importante, mas não tinha a menor condição de subir no palco e cumprir meus compromissos. Pensei: F*d**, vou me matar.
- Só que eu estava hospedado num hotel de dois andares, não adiantava pular da janela. Eu não tinha revólver, não havia fogão ali, então pensei: Vou cortar meus pulsos. Fui à farmácia, comprei uma pomada de xilocaína e passei, na esperança de não sentir dor. Cheguei a quebrar uma garrafa de vidro para ter um objeto cortante, mas não tive coragem de ir até o fim. Aquela não era a primeira vez que eu tentava me matar. Já tinha feito uma tentativa anterior com remédios e outra no vigésimo terceiro andar de um prédio. Subi no parapeito, olhei para baixo, mas não tive forças para me jogar.
Nando então contou que ligou para o seu psiquiatra e pediu ajuda. Assim que chegou no Brasil, Nando começou a frequentar sessões do AA - Alcoólicos Anônimos -, e se internou em um SPA:
- Meu último ingresso no AA foi em maio de 2016 e continuo frequentando o mesmo grupo até hoje. Desde então, fiquei cinco meses sóbrio, tive uma recaída de três semanas e estou sóbrio há quase sete anos. (...) Gosto de beber. Se eu pudesse, eu bebia. Acontece que eu não posso porque sou alcoólatra. Não pretendo recair porque conheço as consequências do primeiro gole. Se eu tomar uma dose de vodca, vou precisar de outra e de mais outra e de mais outra, num desejo sem fim. É algo desesperador porque não há nada que o sacie. Não vou voltar a beber porque sei que o álcool só traz dor para mim e para os que estão ao meu redor.
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