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Publicada em 08/08/2023 às 10:59 | Atualizada em 08/08/2023 às 11:08

Isabelle Drummond e Patrícia Poeta se emocionam ao relembrar momentos com Aracy Balabanian: - Sou grata de todas as maneiras

O programa Encontro contou com muitas memórias da icônica atriz

Da Redação

Montagem-Divulgação

Na manhã desta terça-feira, dia 8, o Encontro convidou Isabelle Drummond para falar sobre a sua belíssima amizade com Aracy Balabanian. A grande atriz morreu na última segunda-feira, dia 7, deixando muitas saudades. As duas se conheceram em 2012 enquanto trabalhavam na novela Cheias de Charme e nunca mais se separaram. 

- Falar da Aracy é tão difícil, porque ela era tanta coisa. O Brasil acompanhou a trajetória da Aracy e toda a coragem que ela teve em uma geração em que ser atriz era tão difícil. Tantas histórias lindas que ela me contou, que eu tive a oportunidade de ouvir dela e que experimentei na minha geração. Essa carreira que já tinha um caminho para nós e a Aracy foi uma dessas pessoas que fez esse caminho para as atrizes da minha geração poderem atuar hoje com essa liberdade, aceitação das pessoas. Hoje o ser atriz é tão bem aceito, possível, admirado... mas isso é graças ao trabalho, à dedicação e à coragem de atrizes como a Aracy.

A artista continuou a exaltar Aracy e deu mais detalhes sobre a amizade: 

- Sou grata de todas as maneiras à Aracy, mas eu conheci uma Aracy em um lugar muito íntimo. Meus amigos achavam muito engraçado, que eu falava assim: Vou encontrar a minha amiga. As pessoas perguntavam quem e eu falava: A Aracy. Eu com 30 e a Aracy com 83. Ela tinha uma generosidade na troca, um vigor, ela não envelheceu internamente a não ser em maturidade e amor. Sempre foi tão lindo os nossos cafés da tarde de uns anos para cá, principalmente depois da pandemia. Passava na casa dela cinco horas, a gente tomando café e conversando. Eu não estava preparada, eu não estou preparada para não estar com a Aracy, mas temos muito a lembrar dela. Temos muito a lembrar de tudo o que ela fez. Quem pôde conhecer a Aracy próximo, como eu, teve essa oportunidade e essa riqueza, sabe do que eu estou falando. Como ela era aberta, generosa, amorosa e disposta a ser amiga, ser família para tantas pessoas. Construiu uma família linda de amigos, netos postiços, afilhados postiços. Estavam todos lá hoje. 

Isabelle ainda deu risada ao lembrar de fatos divertidos sobre a atriz: 

- Tudo para ela era tão relevante, acho muito engraçado que as conversas do WhatsApp dela eram todas em letra maiúscula. Eu perguntava o porquê, levava um susto quando via aquela coisa em capslock. Ela falava: Por que eu quero que as coisas sejam relevantes, porque o mundo virtual já diminuiu muito e quero que as coisas sejam significativas ainda. Ela era incrível, um sol. 

E contou como foi o encontro em Cheias de Charme: 

- A gente começou essa amizade em Cheias de Charme, eu tinha uns 18 anos, mais ou menos. Ela me fazia perguntas, que as pessoas normalmente não faziam, eram mais sobre o que eu estava sentindo e vivendo no meu coração. Depois ela até me contava coisas que eu nem lembrava das nossas conversas. De processos meus e sentimentos que compartilhei com ela. Sou muito reservada, então não contava muito para todo mundo, não sou de ficar falando do meu íntimo, mas para ela falava. Ela lembrava disso, verdadeiramente pelo outro, pelo encontro, pelo ser humano, não por questões externas, mas internas. A Aracy era isso. 

As duas tiveram momentos na carreira em que trabalharam com público infantil, Aracy em Vila Sésamo e Isabelle no Sítio do Pica-Pau Amarelo - e a convidada do Encontro revelou que a amiga quase trabalhou na mesma atração que ela

- A gente tinha até projeto de fazer teatro juntas, ela vivia me botando pilha para a gente trabalhar. Me contava até que quase fez o Sítio do Pica-Pau Amarelo, uma história que eu não sabia. Teria sido uma coisa maravilhosa se ela tivesse feito. Sou muito grata pelo nosso encontro, o tempo que foi, do jeito que foi. Eu aproveitei muito a Aracy, os nossos momentos juntas, eu estava sempre com ela. Se tivesse um evento juntas, eu pegava ela e ficava ali com ela. Consegui aproveitar muito essa troca e a presença dela, sou muito feliz por isso. Estou aqui tentando também que seja um dia bonito, porque ela era assim e era feliz, alegre. Ela fazia bem para as pessoas ao redor dela, então que hoje seja esse dia festivo e alegre para ela. 

Patrícia Poeta, que se emocionou ao rever trechos de uma entrevista que havia realizado com Aracy, também fez questão de deixar palavras de carinho sobre a icônica atriz: 

- Eterna Aracy com seu humor maravilhoso, seu alto-astral. Isabelle, acho que a gente que teve o privilégio de viver com a Dinda, ela era juma mulher tão atenciosa e carinhosa, tudo o que você falou. Aquele tipo de pessoa que a gente queria ter a vida toda do lado da gente. Agora não vamos ter mais fisicamente, mas a Dinda vai sempre habitar no nosso coração, nas nossas belas lembranças, nas boas memórias e eu acho que hoje a gente devia isso a ela. A gente fez homenagens em vida merecidíssimas e nesse ritual de despedida, estamos nos esforçando para não chorar e se emocionar mais para homenagear essa mulher que foi incrível. 

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Isabelle Drummond e Patrícia Poeta se emocionam ao relembrar momentos com Aracy Balabanian: <i>- Sou grata de todas as maneiras</i>

Isabelle Drummond e Patrícia Poeta se emocionam ao relembrar momentos com Aracy Balabanian: - Sou grata de todas as maneiras

27/Abr/

Na manhã desta terça-feira, dia 8, o Encontro convidou Isabelle Drummond para falar sobre a sua belíssima amizade com Aracy Balabanian. A grande atriz morreu na última segunda-feira, dia 7, deixando muitas saudades. As duas se conheceram em 2012 enquanto trabalhavam na novela Cheias de Charme e nunca mais se separaram. 

- Falar da Aracy é tão difícil, porque ela era tanta coisa. O Brasil acompanhou a trajetória da Aracy e toda a coragem que ela teve em uma geração em que ser atriz era tão difícil. Tantas histórias lindas que ela me contou, que eu tive a oportunidade de ouvir dela e que experimentei na minha geração. Essa carreira que já tinha um caminho para nós e a Aracy foi uma dessas pessoas que fez esse caminho para as atrizes da minha geração poderem atuar hoje com essa liberdade, aceitação das pessoas. Hoje o ser atriz é tão bem aceito, possível, admirado... mas isso é graças ao trabalho, à dedicação e à coragem de atrizes como a Aracy.

A artista continuou a exaltar Aracy e deu mais detalhes sobre a amizade: 

- Sou grata de todas as maneiras à Aracy, mas eu conheci uma Aracy em um lugar muito íntimo. Meus amigos achavam muito engraçado, que eu falava assim: Vou encontrar a minha amiga. As pessoas perguntavam quem e eu falava: A Aracy. Eu com 30 e a Aracy com 83. Ela tinha uma generosidade na troca, um vigor, ela não envelheceu internamente a não ser em maturidade e amor. Sempre foi tão lindo os nossos cafés da tarde de uns anos para cá, principalmente depois da pandemia. Passava na casa dela cinco horas, a gente tomando café e conversando. Eu não estava preparada, eu não estou preparada para não estar com a Aracy, mas temos muito a lembrar dela. Temos muito a lembrar de tudo o que ela fez. Quem pôde conhecer a Aracy próximo, como eu, teve essa oportunidade e essa riqueza, sabe do que eu estou falando. Como ela era aberta, generosa, amorosa e disposta a ser amiga, ser família para tantas pessoas. Construiu uma família linda de amigos, netos postiços, afilhados postiços. Estavam todos lá hoje. 

Isabelle ainda deu risada ao lembrar de fatos divertidos sobre a atriz: 

- Tudo para ela era tão relevante, acho muito engraçado que as conversas do WhatsApp dela eram todas em letra maiúscula. Eu perguntava o porquê, levava um susto quando via aquela coisa em capslock. Ela falava: Por que eu quero que as coisas sejam relevantes, porque o mundo virtual já diminuiu muito e quero que as coisas sejam significativas ainda. Ela era incrível, um sol. 

E contou como foi o encontro em Cheias de Charme: 

- A gente começou essa amizade em Cheias de Charme, eu tinha uns 18 anos, mais ou menos. Ela me fazia perguntas, que as pessoas normalmente não faziam, eram mais sobre o que eu estava sentindo e vivendo no meu coração. Depois ela até me contava coisas que eu nem lembrava das nossas conversas. De processos meus e sentimentos que compartilhei com ela. Sou muito reservada, então não contava muito para todo mundo, não sou de ficar falando do meu íntimo, mas para ela falava. Ela lembrava disso, verdadeiramente pelo outro, pelo encontro, pelo ser humano, não por questões externas, mas internas. A Aracy era isso. 

As duas tiveram momentos na carreira em que trabalharam com público infantil, Aracy em Vila Sésamo e Isabelle no Sítio do Pica-Pau Amarelo - e a convidada do Encontro revelou que a amiga quase trabalhou na mesma atração que ela

- A gente tinha até projeto de fazer teatro juntas, ela vivia me botando pilha para a gente trabalhar. Me contava até que quase fez o Sítio do Pica-Pau Amarelo, uma história que eu não sabia. Teria sido uma coisa maravilhosa se ela tivesse feito. Sou muito grata pelo nosso encontro, o tempo que foi, do jeito que foi. Eu aproveitei muito a Aracy, os nossos momentos juntas, eu estava sempre com ela. Se tivesse um evento juntas, eu pegava ela e ficava ali com ela. Consegui aproveitar muito essa troca e a presença dela, sou muito feliz por isso. Estou aqui tentando também que seja um dia bonito, porque ela era assim e era feliz, alegre. Ela fazia bem para as pessoas ao redor dela, então que hoje seja esse dia festivo e alegre para ela. 

Patrícia Poeta, que se emocionou ao rever trechos de uma entrevista que havia realizado com Aracy, também fez questão de deixar palavras de carinho sobre a icônica atriz: 

- Eterna Aracy com seu humor maravilhoso, seu alto-astral. Isabelle, acho que a gente que teve o privilégio de viver com a Dinda, ela era juma mulher tão atenciosa e carinhosa, tudo o que você falou. Aquele tipo de pessoa que a gente queria ter a vida toda do lado da gente. Agora não vamos ter mais fisicamente, mas a Dinda vai sempre habitar no nosso coração, nas nossas belas lembranças, nas boas memórias e eu acho que hoje a gente devia isso a ela. A gente fez homenagens em vida merecidíssimas e nesse ritual de despedida, estamos nos esforçando para não chorar e se emocionar mais para homenagear essa mulher que foi incrível.