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Publicada em 18/10/2023 às 13:44 | Atualizada em 18/10/2023 às 13:44

Myra Ruiz entrega que se inspirou em Sharpay Evans e Narcisa Tamborindeguy para dar vida à personagem em Matilda - O Musical

O ESTRELANDO conversou com o elenco e descobriu detalhes dos bastidores do musical

Leticia Giollo

AgNews

Como não sentir a nostalgia no ar quando se fala de Matilda? A garotinha de vestido azul e laço vermelho na cabeça apareceu pela primeira vez em 1988, no livro do escrito britânico Roald Dahl, e fez parte da infância de muitas pessoas ao redor do mundo. Desde então, ela já virou protagonista de filme, que você já deve ter visto ser exibido muitas vezes na Sessão da Tarde, e até de musical da Broadway. Agora, ela aterrissa no Brasil para uma curta temporada no Teatro Claro, em São Paulo.

Criativa e cativante, a peça conta a história de Matilda Wormwood, uma menina que se sente deslocada dentro da própria família cabeça oca, e acaba encontrando refúgio no mundo da leitura, na bondade de sua professora e nas travessuras que apronta por aí para derrubar a terrível diretora do colégio. A temporada começa a partir desta quarta-feira, dia 18, com cenário grandioso, coreografia original assinada por Peter Darling, o maior coreógrafo de teatro musical em atividade no mundo, e um elenco de 50 artistas.

O ESTRELANDO já conferiu a apresentação, conversou com os atores e te adianta: prepare-se para ser transportado para uma verdadeira viagem no tempo, pois assim que a personagem aparece no palco para mostrar que é bom, às vezes, ser um pouco levada, é impossível não sentir toda a magia da clássica história vir à tona. 

Para interpretar Matilda foram escaladas as atrizes-mirins Belle Rodrigues, Luísa Moribe, Mafê Diniz e Maria Volpe. O elenco ainda conta com nomes como Cleto Baccic, no papel da terrível diretora Agatha Trunchbull, Fabi Bang, que interpreta a doce e dedicada professora, Srta. Honey, e Myra Ruiz, que encarna a desnaturada mãe de Matilda, Sra. Wormwood. 

- Tive bastante liberdade na hora de construir a personagem da Sra. Wormwood. Claro que sem perder o controle, pois temos que respeitar a história e o texto original da Broadway. Mas o número principal dela cabe trazer pequenos improvisos diariamente. Durante a preparação, eu pensava e mandava referências para o diretor do espetáculo, como as frases de efeito da Sharpay Evans, de High School Musical. A Narcisa Tamborindeguy também é a minha musa inspiradora para essa personagem. Acredito que todas essas referências ajudam o público a entender o cérebro maluco e caótico da Sra. Wormwood, disse Myra ao ESTRELANDO.

Pela primeira vez no Brasil, a produção é composta por três elencos de crianças, além de quatro Matildas que se revezam entre as sessões. Com tantos atores-mirins, será que foi difícil organizar a peça e deixar todos os números musicais redondinhos? Fabi Bang, que interpreta a bondosa Srta, Honey, professora de Matilda, garante que não e ainda entrega qual foi o maior desafio.

- É a primeira personagem com o viés mais dramático da minha carreira [Bang era Glinda, a Bruxa Boa de Oz, em Wicked]. Para mim, por si só, isso já é um grande desafio. A gente traz um espetáculo com o protagonista infantil, o que pode trazer várias adversidades, mas a imprevisibilidade faz parte da magia do espetáculo. O maior desafio é saber driblar esses imprevistos que já sabemos que vão acontecer, mas que, ao mesmo tempo, agregam no resultado da história. Construímos um elenco muito maduro e preparado para defender a peça.

Muito além do cenário impecável e das músicas encantadoras - que grudam na cabeça mesmo após você sair do teatro -, a peça entrega diálogos profundos e reflexivos sobre os direitos das crianças e suas estratégias para lidarem com a hostilidade do mundo adulto por meio da inteligência, perspicácia e até de poderes mágicos. Com isso, é inevitável não ficar de boca aberta com a facilidade que as quatro atrizes-mirins que interpretam Matilda, todas em torno de 12 anos de idade, decoram as falas e atuam com tanta paixão. O ESTRELANDO perguntou para Belle Rodrigues, Luísa Moribe, Mafê Diniz e Maria Volpe qual é o segredo para não esquecerem nenhuma palavra.

- Repetição. A gente lê bastante o texto e repete muito, muito mesmo. Colocamos o lápis na boca e usamos a técnica para a dicção ficar mais bonita. E claro, uma ajuda a outra. A Maria, por exemplo, não me deixava ver o texto para eu ter que decorar na marra [risos], disse Luísa.

E Maria brincou:

- Eu não deixo elas olharem o texto mesmo [risos]. Senão a gente não decora.

- E também observamos a outra em cena. Quando escutamos a outra atuando, nos ajuda a lembrar, disse Mafê Diniz.

Matilda - O Musical estreou pela primeira vez na Inglaterra, em 2010. Depois, chegou nos Estados Unidos, na Broadway, em Nova York, em 2013. Agora em São Paulo, John Stefaniuk, o diretor da produção, contou que a história tem um toque brasileiro.

- Uma das coisas que mais gosto no Brasil é a liberdade criativa. Eu queria que o espetáculo fosse atual. O mundo está passando por um período obscuro e queria que o espetáculo fosse um escape de amor e esperança. Trouxemos um frescor para a produção e um toque brasileiro, disse o norte-americano.

E tem mesmo, viu! Prepare-se para ver menções à atrações televisivas brasileiras dos anos 2000, piadinhas que nenhum gringo entenderia e até dancinhas temáticas. É diversão e emoção para toda a família!

A seguir, confira um pedacinho da cena da revolta escolar:

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Myra Ruiz entrega que se inspirou em Sharpay Evans e Narcisa Tamborindeguy para dar vida à personagem em Matilda - O Musical

27/Abr/

Como não sentir a nostalgia no ar quando se fala de Matilda? A garotinha de vestido azul e laço vermelho na cabeça apareceu pela primeira vez em 1988, no livro do escrito britânico Roald Dahl, e fez parte da infância de muitas pessoas ao redor do mundo. Desde então, ela já virou protagonista de filme, que você já deve ter visto ser exibido muitas vezes na Sessão da Tarde, e até de musical da Broadway. Agora, ela aterrissa no Brasil para uma curta temporada no Teatro Claro, em São Paulo.

Criativa e cativante, a peça conta a história de Matilda Wormwood, uma menina que se sente deslocada dentro da própria família cabeça oca, e acaba encontrando refúgio no mundo da leitura, na bondade de sua professora e nas travessuras que apronta por aí para derrubar a terrível diretora do colégio. A temporada começa a partir desta quarta-feira, dia 18, com cenário grandioso, coreografia original assinada por Peter Darling, o maior coreógrafo de teatro musical em atividade no mundo, e um elenco de 50 artistas.

O ESTRELANDO já conferiu a apresentação, conversou com os atores e te adianta: prepare-se para ser transportado para uma verdadeira viagem no tempo, pois assim que a personagem aparece no palco para mostrar que é bom, às vezes, ser um pouco levada, é impossível não sentir toda a magia da clássica história vir à tona. 

Para interpretar Matilda foram escaladas as atrizes-mirins Belle Rodrigues, Luísa Moribe, Mafê Diniz e Maria Volpe. O elenco ainda conta com nomes como Cleto Baccic, no papel da terrível diretora Agatha Trunchbull, Fabi Bang, que interpreta a doce e dedicada professora, Srta. Honey, e Myra Ruiz, que encarna a desnaturada mãe de Matilda, Sra. Wormwood. 

- Tive bastante liberdade na hora de construir a personagem da Sra. Wormwood. Claro que sem perder o controle, pois temos que respeitar a história e o texto original da Broadway. Mas o número principal dela cabe trazer pequenos improvisos diariamente. Durante a preparação, eu pensava e mandava referências para o diretor do espetáculo, como as frases de efeito da Sharpay Evans, de High School Musical. A Narcisa Tamborindeguy também é a minha musa inspiradora para essa personagem. Acredito que todas essas referências ajudam o público a entender o cérebro maluco e caótico da Sra. Wormwood, disse Myra ao ESTRELANDO.

Pela primeira vez no Brasil, a produção é composta por três elencos de crianças, além de quatro Matildas que se revezam entre as sessões. Com tantos atores-mirins, será que foi difícil organizar a peça e deixar todos os números musicais redondinhos? Fabi Bang, que interpreta a bondosa Srta, Honey, professora de Matilda, garante que não e ainda entrega qual foi o maior desafio.

- É a primeira personagem com o viés mais dramático da minha carreira [Bang era Glinda, a Bruxa Boa de Oz, em Wicked]. Para mim, por si só, isso já é um grande desafio. A gente traz um espetáculo com o protagonista infantil, o que pode trazer várias adversidades, mas a imprevisibilidade faz parte da magia do espetáculo. O maior desafio é saber driblar esses imprevistos que já sabemos que vão acontecer, mas que, ao mesmo tempo, agregam no resultado da história. Construímos um elenco muito maduro e preparado para defender a peça.

Muito além do cenário impecável e das músicas encantadoras - que grudam na cabeça mesmo após você sair do teatro -, a peça entrega diálogos profundos e reflexivos sobre os direitos das crianças e suas estratégias para lidarem com a hostilidade do mundo adulto por meio da inteligência, perspicácia e até de poderes mágicos. Com isso, é inevitável não ficar de boca aberta com a facilidade que as quatro atrizes-mirins que interpretam Matilda, todas em torno de 12 anos de idade, decoram as falas e atuam com tanta paixão. O ESTRELANDO perguntou para Belle Rodrigues, Luísa Moribe, Mafê Diniz e Maria Volpe qual é o segredo para não esquecerem nenhuma palavra.

- Repetição. A gente lê bastante o texto e repete muito, muito mesmo. Colocamos o lápis na boca e usamos a técnica para a dicção ficar mais bonita. E claro, uma ajuda a outra. A Maria, por exemplo, não me deixava ver o texto para eu ter que decorar na marra [risos], disse Luísa.

E Maria brincou:

- Eu não deixo elas olharem o texto mesmo [risos]. Senão a gente não decora.

- E também observamos a outra em cena. Quando escutamos a outra atuando, nos ajuda a lembrar, disse Mafê Diniz.

Matilda - O Musical estreou pela primeira vez na Inglaterra, em 2010. Depois, chegou nos Estados Unidos, na Broadway, em Nova York, em 2013. Agora em São Paulo, John Stefaniuk, o diretor da produção, contou que a história tem um toque brasileiro.

- Uma das coisas que mais gosto no Brasil é a liberdade criativa. Eu queria que o espetáculo fosse atual. O mundo está passando por um período obscuro e queria que o espetáculo fosse um escape de amor e esperança. Trouxemos um frescor para a produção e um toque brasileiro, disse o norte-americano.

E tem mesmo, viu! Prepare-se para ver menções à atrações televisivas brasileiras dos anos 2000, piadinhas que nenhum gringo entenderia e até dancinhas temáticas. É diversão e emoção para toda a família!

A seguir, confira um pedacinho da cena da revolta escolar: