Pedro Cardoso é criticado após citar Beyoncé em reflexão: Sexo vende
29/Abr/
O ano começou ácido para Pedro Cardoso. Nesta terça-feira, dia 2, o ator usou as redes sociais para fazer uma reflexão de ano novo, mas acabou despertando o ódio de algumas pessoas ao citar o nome da cantora Beyoncé - que reúne milhares de fãs ao redor do mundo.
No começo do texto, Pedro escreve:
Bom ano. A mim, mais me toca a arte de Trace Chapman do que a de Beyonce. Seria gosto… Mas a minha questão aqui é a razão de a Beyonce ser mais consumida do que Trace. A mesma pergunta eu posso fazer para outros pares de artistas cujas as artes eu admiro mais do que a de outros, igualmente bons artistas, e mais consumidos do que os que prefiro. E desconfio que o maior sucesso comercial das Beyonce frente às Chapman se deve aquelas venderem, além de sua arte, também a sua vida pessoal.
E continua:
Cito a própria Tracy, no wikipedia: Tenho uma vida pública, que é a do meu trabalho; e uma vida pessoal. Hoje, há mais consumo de biografia espetacularizada de artistas do que de arte. Os jornais noticiam como fatos da cultura os namoros, os negócios, os treinos, os crimes etc e, principalmente, a vida sexual dos ditos famosos! Quase nada dizem sobre a arte deles! Mesmo porque, mais das vezes, pouca arte é produzida pelos artistas inventados pela indústria de biografias espetaculares; o que produzem é mesmo mais os escândalos de suas intimidades inventadas.
Pedro então continua fazendo seu ponto:
Não gosto nem desgosto especialmente de Beyoncé mas da vida pessoal de Tracy eu nada sei; da de Beyoncé, sem que eu procure, chegam-me mil fofocas. Para fazer o sucesso comercial tal qual o de Beyoncé é preciso um empenho de promoção tão milionário quanto os milhões que se quer ganhar. A arte não se presta ao comércio tanto quanto bem mais se presta a vida sexual dos artistas. Sexo vende-se mais facilmente que poesia. Mas a demanda por fofoca sexual, há. Mas, além de haver, é, e muito, estimulada a ser insaciável. Quem muito vive a vida dos outros, busca distrair-se da sua, eu acho; e me parece natural. Problema para mim é se fazer um comércio ganancioso que não apenas atende a uma demanda psicológica natural mas a super excita artificialmente fabricando contos de fadas sexuais exuberantes de famosos. E nisso, a arte se torna um adorno secundário da vida pessoal dos artistas. A indústria que vende biografias íntimas de artistas é tão rica hoje que ela mesma produz os artistas sem arte que explora. E os artistas autênticos, e suas artes, circulam menos pelo planeta. Sem vender a vida, Beyonces não venderiam tanto.
Mas o público não recebeu bem esse texto. Entre elogios e críticas, um internauta escreveu:
Pedro, dá tempo de apagar. Porque você tá falando de uma das artistas mais reservadas do mundo, com menos polêmicas. E assim, achei de péssimo tom um cara branco, colocar duas mulheres pretas nessa posição comparativa.
Outra internauta apontou:
Querido Pedro, com todo respeito, mas esse texto deveria ir para o museu da branquitude. Comparar duas cantoras com estilos totalmente diferentes, baseada em informações que não são reais para poder dizer que uma das artistas mais importantes do mundo baseia a vida em escândalos que nunca existiram. Dizer que discrição e silêncio são boas características quando se trata de uma artista negra é sintomático tbm. Branco gosta de preto discreto. Comparar obras também me parece algo pequeno, mas o que mais chama é como é fácil para quem sempre teve o poder da palavra formar opinião baseada em achismo.
Concordo com o texto, mas não com o exemplo. O sucesso de Beyonce é de fato pautado na música, na dança, nos seus significados, no espetáculo também. Não vejo essa artista se utilizar de sua vida pessoal ou de escândalos pra se promover, ao contrário, percebo que tenta e muito fazer tal distinção, apesar do interesse indiscriminado do público pelo seu íntimo, apontou outra pessoa.
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