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Publicada em 04/01/2024 às 01:00 | Atualizada em 03/01/2024 às 11:23

No filme Priscilla, ex-esposa de Elvis Presley expõe conto de fadas conturbado com cantor e relação abusiva

O longa é baseado no livro Elvis e Eu, escrito por Priscilla Presley

Livia Veiga

Divulgação

Se você já assistiu ao filme Elvis, estrelado por Austin Butler, já conhece parte da história do Rei do Rock. Mas, em Priscilla, é o momento de conferir o outro lado do relacionamento conturbado vivido por Elvis Presley e Priscilla Presley. O longa estreia nesta quinta-feira, dia 4, em todos os cinemas do Brasil e promete trazer uma nova visão de uma história que foi acompanhada de perto pela mídia norte-americana na época.

O filme é inspirado no livro Elvis e Eu, escrito pela própria ex-esposa do cantor, e tem direção de Sofia Coppola. Os personagens principais da trama são vividos por Cailee Spaeny e Jacob Elordi, os dois encenam um casal que vende a imagem de um conto de fadas, mas que, por trás das câmeras, tinha um relacionamento bem difícil. No longa, a diretora faz questão de tirar todo o protagonismo de Elvis Presley e foca no sentimento de solidão e vazio que Priscilla enfrentava enquanto estava casada com o Rei do Rock.

A produção tem pouco mais de duas horas e a narrativa não se preocupa em acelerar os acontecimentos. Desde as primeiras cenas, o intuito do filme parece ser lembrar os espectadores de que Priscilla era apenas uma jovem que ainda estava na escola quando conheceu o grande Elvis Presley. Vale lembrar que os dois tinham dez anos de diferença e, na vida real, eles se conheceram quando ela ainda tinha apenas 14 anos de idade e ele, 24 anos de idade.

A Priscilla de Coppola deixa claro o amor e a devoção que a atual empresária sentia pelo cantor enquanto eles ainda estavam juntos. A narrativa começa ainda na Alemanha, quando os dois se conheceram através de um amigo em comum, mas é só quando ela se muda para os Estados Unidos, para morar com ele, que o conto de fadas conturbado começa a se desenrolar.

Em todos os momentos em que eles estão juntos, Elvis deixa claro que gostaria de mantê-la fora dos holofotes. Apesar de fazerem alguns passeios e aparições juntos, o cantor não definia o relacionamento deles com um rótulo e seguia tendo encontros íntimos com outras mulheres, mesmo que negasse tudo para Priscilla. Além disso, ele fazia questão de deixá-la na grande mansão Graceland, em Memphis, no Tennessee, nos Estados Unidos, enquanto ele seguia em turnê e em gravações dos filmes que fez parte.

Priscilla é retratada como uma jovem inocente, que acredita no amor e sente que tudo que enfrenta com o amado é algo normal de um namoro, mas não enxerga que está sendo manipulada e vive um relacionamento abusivo e violento. Elvis consegue esconder seus comportamentos conturbados com diferentes demonstrações de carinho e afeto, sempre maquiando os momentos com presentes ou beijos e abraços na amada.

As músicas de Elvis também não são o foco dessa narrativa. Apesar de serem usadas como pano de fundo em algumas cenas, o Rei do Rock trava uma forte batalha com outros cantores que invadem a trilha sonora para construir a história.

Outro ponto que se destaca e chama a atenção do público é a falta da participação do Coronel na vida do casal. Caso você não se lembre, ele era o empresário de Elvis Presley e foi responsável por tomar todas as decisões importantes da carreira do cantor, levando-o ao estrelato, mas também, podando seus sonhos e vontades, visando sempre o dinheiro.

O Coronel aparece muito pouco na história de Priscilla e não ganha nenhum destaque nas decisões que são tomadas por Presley. A única cena onde ele parece ter alguma influência sobre o cantor é quando o Rei do Rock está obcecado pelos ensinamentos cristãos e se recusa a tocar na amada, completamente focado na Bíblia. Mesmo com os pedidos que são feitos por sua, na época, esposa, o artista só decide parar com a leitura obsessiva após uma ligação do Coronel.

Em todas as cenas que se espera que Priscilla esteja sorridente e feliz, ela sustenta um sorriso forçado, quase triste e decepcionado porque as pessoas não enxergam o lado ruim de seu relacionamento. No filme, a jovem é convencida a usar roupas e maquiagens que a deixavam com o visual um pouco mais maduro. Ela chega até a pintar os cabelos de preto, deixando de lado as mechas cor de mel que tinha antes de conhecer o cantor, tudo porque acredita que ele está desejando apenas deixá-la ainda mais bonita.

O desenrolar da história faz o público ficar com um sentimento ruim quanto ao casamento dos dois. Quando os dois se casam oficialmente, Priscilla não parece muito confortável e age quase como um robô, recebendo abraços e o carinho das pessoas, mas apática à situação. Além disso, o uso de drogas medicinais, por parte do artista, tornam o seu comportamento ainda mais conturbado, apesar de amar a esposa.

É só depois de muitas demonstrações violentas que a jovem decide levar a pequena Lisa Marie, única filha do Rei do Rock, para outra casa, apesar de manter o relacionamento dos dois. Na época, ela já estava começando a se distanciar do amado e não se importava muito mais com as notícias de traição.

O filme chega ao fim poucos minutos depois de Priscilla anunciar que deseja se divorciar de Elvis. Para o público, fica claro que os meses longe do cantor fizeram com que a jovem notasse que precisava acabar com o relacionamento. Já neste momento, ela aparece sorridente, mais feliz e volta a usar roupas e maquiagens da forma como ela gostaria.

O anúncio do divórcio é feito por Priscilla após os dois passarem uma noite juntos em um hotel. Vale lembrar que, na vida real, ao saber sobre a separação, Elvis teria cometido um estupro conjuga, mas essa cena não foi retratada no novo longa. O divórcio foi assinado oficialmente em 1972, mas os dois mantiveram um relacionamento próximo pelo bem da pequena Lisa Marie.

O Rei do Rock morreu em 1977, aos 42 anos de idade. Ele foi encontrado morto no banheiro da mansão Graceland. A causa da morte foi o abuso de remédios prescritos por seus médicos.

A seguir, confira o trailer oficial em inglês:


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No filme <i>Priscilla</i>, ex-esposa de Elvis Presley expõe conto de fadas conturbado com cantor e relação abusiva

No filme Priscilla, ex-esposa de Elvis Presley expõe conto de fadas conturbado com cantor e relação abusiva

27/Abr/

Se você já assistiu ao filme Elvis, estrelado por Austin Butler, já conhece parte da história do Rei do Rock. Mas, em Priscilla, é o momento de conferir o outro lado do relacionamento conturbado vivido por Elvis Presley e Priscilla Presley. O longa estreia nesta quinta-feira, dia 4, em todos os cinemas do Brasil e promete trazer uma nova visão de uma história que foi acompanhada de perto pela mídia norte-americana na época.

O filme é inspirado no livro Elvis e Eu, escrito pela própria ex-esposa do cantor, e tem direção de Sofia Coppola. Os personagens principais da trama são vividos por Cailee Spaeny e Jacob Elordi, os dois encenam um casal que vende a imagem de um conto de fadas, mas que, por trás das câmeras, tinha um relacionamento bem difícil. No longa, a diretora faz questão de tirar todo o protagonismo de Elvis Presley e foca no sentimento de solidão e vazio que Priscilla enfrentava enquanto estava casada com o Rei do Rock.

A produção tem pouco mais de duas horas e a narrativa não se preocupa em acelerar os acontecimentos. Desde as primeiras cenas, o intuito do filme parece ser lembrar os espectadores de que Priscilla era apenas uma jovem que ainda estava na escola quando conheceu o grande Elvis Presley. Vale lembrar que os dois tinham dez anos de diferença e, na vida real, eles se conheceram quando ela ainda tinha apenas 14 anos de idade e ele, 24 anos de idade.

A Priscilla de Coppola deixa claro o amor e a devoção que a atual empresária sentia pelo cantor enquanto eles ainda estavam juntos. A narrativa começa ainda na Alemanha, quando os dois se conheceram através de um amigo em comum, mas é só quando ela se muda para os Estados Unidos, para morar com ele, que o conto de fadas conturbado começa a se desenrolar.

Em todos os momentos em que eles estão juntos, Elvis deixa claro que gostaria de mantê-la fora dos holofotes. Apesar de fazerem alguns passeios e aparições juntos, o cantor não definia o relacionamento deles com um rótulo e seguia tendo encontros íntimos com outras mulheres, mesmo que negasse tudo para Priscilla. Além disso, ele fazia questão de deixá-la na grande mansão Graceland, em Memphis, no Tennessee, nos Estados Unidos, enquanto ele seguia em turnê e em gravações dos filmes que fez parte.

Priscilla é retratada como uma jovem inocente, que acredita no amor e sente que tudo que enfrenta com o amado é algo normal de um namoro, mas não enxerga que está sendo manipulada e vive um relacionamento abusivo e violento. Elvis consegue esconder seus comportamentos conturbados com diferentes demonstrações de carinho e afeto, sempre maquiando os momentos com presentes ou beijos e abraços na amada.

As músicas de Elvis também não são o foco dessa narrativa. Apesar de serem usadas como pano de fundo em algumas cenas, o Rei do Rock trava uma forte batalha com outros cantores que invadem a trilha sonora para construir a história.

Outro ponto que se destaca e chama a atenção do público é a falta da participação do Coronel na vida do casal. Caso você não se lembre, ele era o empresário de Elvis Presley e foi responsável por tomar todas as decisões importantes da carreira do cantor, levando-o ao estrelato, mas também, podando seus sonhos e vontades, visando sempre o dinheiro.

O Coronel aparece muito pouco na história de Priscilla e não ganha nenhum destaque nas decisões que são tomadas por Presley. A única cena onde ele parece ter alguma influência sobre o cantor é quando o Rei do Rock está obcecado pelos ensinamentos cristãos e se recusa a tocar na amada, completamente focado na Bíblia. Mesmo com os pedidos que são feitos por sua, na época, esposa, o artista só decide parar com a leitura obsessiva após uma ligação do Coronel.

Em todas as cenas que se espera que Priscilla esteja sorridente e feliz, ela sustenta um sorriso forçado, quase triste e decepcionado porque as pessoas não enxergam o lado ruim de seu relacionamento. No filme, a jovem é convencida a usar roupas e maquiagens que a deixavam com o visual um pouco mais maduro. Ela chega até a pintar os cabelos de preto, deixando de lado as mechas cor de mel que tinha antes de conhecer o cantor, tudo porque acredita que ele está desejando apenas deixá-la ainda mais bonita.

O desenrolar da história faz o público ficar com um sentimento ruim quanto ao casamento dos dois. Quando os dois se casam oficialmente, Priscilla não parece muito confortável e age quase como um robô, recebendo abraços e o carinho das pessoas, mas apática à situação. Além disso, o uso de drogas medicinais, por parte do artista, tornam o seu comportamento ainda mais conturbado, apesar de amar a esposa.

É só depois de muitas demonstrações violentas que a jovem decide levar a pequena Lisa Marie, única filha do Rei do Rock, para outra casa, apesar de manter o relacionamento dos dois. Na época, ela já estava começando a se distanciar do amado e não se importava muito mais com as notícias de traição.

O filme chega ao fim poucos minutos depois de Priscilla anunciar que deseja se divorciar de Elvis. Para o público, fica claro que os meses longe do cantor fizeram com que a jovem notasse que precisava acabar com o relacionamento. Já neste momento, ela aparece sorridente, mais feliz e volta a usar roupas e maquiagens da forma como ela gostaria.

O anúncio do divórcio é feito por Priscilla após os dois passarem uma noite juntos em um hotel. Vale lembrar que, na vida real, ao saber sobre a separação, Elvis teria cometido um estupro conjuga, mas essa cena não foi retratada no novo longa. O divórcio foi assinado oficialmente em 1972, mas os dois mantiveram um relacionamento próximo pelo bem da pequena Lisa Marie.

O Rei do Rock morreu em 1977, aos 42 anos de idade. Ele foi encontrado morto no banheiro da mansão Graceland. A causa da morte foi o abuso de remédios prescritos por seus médicos.

A seguir, confira o trailer oficial em inglês: