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Publicada em 26/06/2024 às 17:17 | Atualizada em 26/06/2024 às 18:11

Maria Casadevall relembra namoro com Caio Castro após se declarar lésbica: - Sabia que alguma coisa estava meio fora do tom

A atriz precisou de 31 anos para entender seus sentimentos

Da Redação

Divulgação-TV Globo

Maria Casadevall precisou de 31 anos para entender seus sentimentos homoafetivos e como a heteronormatividade compulsória afetava sua vida pessoal. Agora, em entrevista à Marie Claire, a atriz avaliou profundamente o assunto e relembrou seu namoro com Caio Castro.

Na conversa, a artista contou como foi a descoberta de sua sexualidade e que essa aventura está muito relacionada a outras mulheres que ocupam espaços importantes em sua vida. Maria disse que sempre se sentiu desconfortável nos relacionamentos heteroafetivos que teve ao longo da vida, mas entendia que tudo era normal.

Foi nesse momento que ela relacionou a pressão de se encaixar na sociedade com o namoro que teve com Caio Castro.

- Tive uma vida afetiva de relacionamentos com homens cisgênero - comecei a namorar aos 16 -, mas como não sabia identificar essa pressão, encarava com naturalidade o desconforto que vinha como consequência das minhas escolhas. Não sabia nomear, mas sabia que alguma coisa estava meio fora do tom, fora do lugar.

Foi apenas em 2020 que a atriz fez sua primeira declaração para outra mulher de maneira pública. No bate-papo, Casadevall revelou que sempre sentiu desejo por pessoas do mesmo gênero, mas encarava tal fato como uma experiência para ser vivida:

Na minha vida íntima, desde cedo percebi que me sentia atraída por mulheres também. Mas, por conta da heteronormatividade em que cresci inserida, sempre enxerguei a minha atração por homens como a regra a ser afirmada, e o meu desejo por mulheres como uma experiência para ser vivida. Eu nunca reprimi [o desejo], mas mantinha ele à parte de qualquer reconhecimento, por nem cogitar que houvesse espaço ou possibilidade da homoafetividade assumir um lugar central na minha vida, tanto pessoal, quanto pública, e isso tem nome: heteronormatividade compulsória.

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Maria Casadevall relembra namoro com Caio Castro após se declarar lésbica: <i>- Sabia que alguma coisa estava meio fora do tom</i>

Maria Casadevall relembra namoro com Caio Castro após se declarar lésbica: - Sabia que alguma coisa estava meio fora do tom

01/Mai/

Maria Casadevall precisou de 31 anos para entender seus sentimentos homoafetivos e como a heteronormatividade compulsória afetava sua vida pessoal. Agora, em entrevista à Marie Claire, a atriz avaliou profundamente o assunto e relembrou seu namoro com Caio Castro.

Na conversa, a artista contou como foi a descoberta de sua sexualidade e que essa aventura está muito relacionada a outras mulheres que ocupam espaços importantes em sua vida. Maria disse que sempre se sentiu desconfortável nos relacionamentos heteroafetivos que teve ao longo da vida, mas entendia que tudo era normal.

Foi nesse momento que ela relacionou a pressão de se encaixar na sociedade com o namoro que teve com Caio Castro.

- Tive uma vida afetiva de relacionamentos com homens cisgênero - comecei a namorar aos 16 -, mas como não sabia identificar essa pressão, encarava com naturalidade o desconforto que vinha como consequência das minhas escolhas. Não sabia nomear, mas sabia que alguma coisa estava meio fora do tom, fora do lugar.

Foi apenas em 2020 que a atriz fez sua primeira declaração para outra mulher de maneira pública. No bate-papo, Casadevall revelou que sempre sentiu desejo por pessoas do mesmo gênero, mas encarava tal fato como uma experiência para ser vivida:

Na minha vida íntima, desde cedo percebi que me sentia atraída por mulheres também. Mas, por conta da heteronormatividade em que cresci inserida, sempre enxerguei a minha atração por homens como a regra a ser afirmada, e o meu desejo por mulheres como uma experiência para ser vivida. Eu nunca reprimi [o desejo], mas mantinha ele à parte de qualquer reconhecimento, por nem cogitar que houvesse espaço ou possibilidade da homoafetividade assumir um lugar central na minha vida, tanto pessoal, quanto pública, e isso tem nome: heteronormatividade compulsória.