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Publicada em 11/08/2025 às 08:53 | Atualizada em 11/08/2025 às 09:28

Gilberto Gil fala sobre legado de Preta Gil: Ela viveu uma vida que nos ensina muita coisa

Cantora morreu aos 50 anos de idade no dia 20 de julho de 2025

Da Redação

Divulgação-TV Globo

23 dias sem Preta Gil. No último domingo, 10, Dia dos Pais, foi ao ar no Fantástico uma entrevista feita com Gilberto Gil, pai da cantora. Em uma conversa com Poliana Abritta, o cantor relembrou com carinho do legado deixado pela filha e deu mais detalhes de seus últimos momentos com ela. 

Questionado sobre como estaria a família neste momento, Gilberto respondeu:

Nós estamos, enfim, tristes, naturalmente tristes. Ainda tendo que nos acostumar com a perda, com a falta.Preta era uma menina muito cheia de vida, muito intensa no sentido afetivo. Ao mesmo tempo, ela já vinha com um sofrimento prolongado, de três anos, quase.

Desde 2023, Preta tratava um câncer no intestino, que acabou se espalhando para outros órgãos. 

- O diagnóstico dela foi um diagnóstico logo de início muito duro. Quer dizer, as expectativas em relação à possibilidade dela se curar eram pequenas.

Fica a saudade 

Ao relembrar os 50 anos que passou ao lado da filha, fruto de seu antigo casamento com Sandra Gadêlha, Gilberto sorriu em diversos momentos. 

Eu tava pensando ontem sobre isso, sobre a herança que ela deixa pra nós. Ela viveu uma vida que nos ensina muita coisa, nos indica direções, escolhas a serem feitas, valores a serem cultivados. Era entusiasta de viver para que a vida seja melhor. Para ela e para todos. Ela era assim. Obviamente, é o que fica dela, além da saudade.

E continua:

- No caso, essas pessoas, quando se vão, deixam um vácuo muito grande. Elas se tornam uma figura também pública, muito querida. A morte faz parte da vida, e a gente segue, né? [...] Ela era talvez a mais espivitada de todos os filhos. Era uma menina incrível. Pretinha.

Morte de Pedro Gil

Infelizmente, Preta não foi a primeira filha de Gilberto a morrer. Em 1990, o baterista Pedro Gil, de 19 anos de idade, morreu em um acidente de carro no Rio de Janeiro. Ao relembrar esse momento, o cantor fez uma reflexão sobre a diferença que tem sentido no luto:

- Na época, eu me pronunciei muito enfaticamente a respeito disso, quase como uma queixa: Puxa vida! Os meninos nascem pra enterrar a gente. Fica esquisito a gente ter que enterrar os filhos. Com a Preta, a gente teve tempo pra, de uma certa forma, irmos nos acostumando com a ideia. 

Últimos momentos nos Estados Unidos 

Em uma última tentativa de alcançar a cura, Preta viajou até os Estados Unidos para passar por um tratamento alternativo. 

- Essa luta intensa que ela teve pela vida era uma coisa que não só nos comovia, como nos chamava a responsabilidade pelo fato de sermos quem somos para ela e dela ser quem ela era para nós. Ela resolveu ir e, dentro desse contexto extraordinário de empenho, de amor à vida, de apego no sentido mais benigno da palavra. Então, esses últimos tempos lá nos Estados Unidos foram disso, de acompanhá-la, de cercá-la do maior conforto possível. Nós sabemos que o câncer é uma doença que vem ocupando intensamente o mundo científico, no sentido da busca de uma solução, uma vacina, seja lá o que for. Essa doença é dura, pesada. Então, ela ir para lá tentar continuar a luta pela vida era uma coisa que nos pertencia também. Ela e nós todos juntos com ela.

A cantora passou mal no dia 20 de julho, a caminho do aeroporto, prestes a voltar para o Brasil. Questionado sobre esse momento delicado, Gilberto revelou quais foram suas últimas conversas com a filha:

Não, sabendo que seria a última, não. Porque o mistério da vida continuava tão intenso quanto o mistério da morte. As nossas conversas estavam sempre associadas a isso, os amigos, os parentes, o filho dela, os amores dela, enfim, as coisas do mundo.

Assista abaixo:


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Gilberto Gil fala sobre legado de Preta Gil: <I>Ela viveu uma vida que nos ensina muita coisa</i>

Gilberto Gil fala sobre legado de Preta Gil: Ela viveu uma vida que nos ensina muita coisa

11/Ago/

23 dias sem Preta Gil. No último domingo, 10, Dia dos Pais, foi ao ar no Fantástico uma entrevista feita com Gilberto Gil, pai da cantora. Em uma conversa com Poliana Abritta, o cantor relembrou com carinho do legado deixado pela filha e deu mais detalhes de seus últimos momentos com ela. 

Questionado sobre como estaria a família neste momento, Gilberto respondeu:

Nós estamos, enfim, tristes, naturalmente tristes. Ainda tendo que nos acostumar com a perda, com a falta.Preta era uma menina muito cheia de vida, muito intensa no sentido afetivo. Ao mesmo tempo, ela já vinha com um sofrimento prolongado, de três anos, quase.

Desde 2023, Preta tratava um câncer no intestino, que acabou se espalhando para outros órgãos. 

- O diagnóstico dela foi um diagnóstico logo de início muito duro. Quer dizer, as expectativas em relação à possibilidade dela se curar eram pequenas.

Fica a saudade 

Ao relembrar os 50 anos que passou ao lado da filha, fruto de seu antigo casamento com Sandra Gadêlha, Gilberto sorriu em diversos momentos. 

Eu tava pensando ontem sobre isso, sobre a herança que ela deixa pra nós. Ela viveu uma vida que nos ensina muita coisa, nos indica direções, escolhas a serem feitas, valores a serem cultivados. Era entusiasta de viver para que a vida seja melhor. Para ela e para todos. Ela era assim. Obviamente, é o que fica dela, além da saudade.

E continua:

- No caso, essas pessoas, quando se vão, deixam um vácuo muito grande. Elas se tornam uma figura também pública, muito querida. A morte faz parte da vida, e a gente segue, né? [...] Ela era talvez a mais espivitada de todos os filhos. Era uma menina incrível. Pretinha.

Morte de Pedro Gil

Infelizmente, Preta não foi a primeira filha de Gilberto a morrer. Em 1990, o baterista Pedro Gil, de 19 anos de idade, morreu em um acidente de carro no Rio de Janeiro. Ao relembrar esse momento, o cantor fez uma reflexão sobre a diferença que tem sentido no luto:

- Na época, eu me pronunciei muito enfaticamente a respeito disso, quase como uma queixa: Puxa vida! Os meninos nascem pra enterrar a gente. Fica esquisito a gente ter que enterrar os filhos. Com a Preta, a gente teve tempo pra, de uma certa forma, irmos nos acostumando com a ideia. 

Últimos momentos nos Estados Unidos 

Em uma última tentativa de alcançar a cura, Preta viajou até os Estados Unidos para passar por um tratamento alternativo. 

- Essa luta intensa que ela teve pela vida era uma coisa que não só nos comovia, como nos chamava a responsabilidade pelo fato de sermos quem somos para ela e dela ser quem ela era para nós. Ela resolveu ir e, dentro desse contexto extraordinário de empenho, de amor à vida, de apego no sentido mais benigno da palavra. Então, esses últimos tempos lá nos Estados Unidos foram disso, de acompanhá-la, de cercá-la do maior conforto possível. Nós sabemos que o câncer é uma doença que vem ocupando intensamente o mundo científico, no sentido da busca de uma solução, uma vacina, seja lá o que for. Essa doença é dura, pesada. Então, ela ir para lá tentar continuar a luta pela vida era uma coisa que nos pertencia também. Ela e nós todos juntos com ela.

A cantora passou mal no dia 20 de julho, a caminho do aeroporto, prestes a voltar para o Brasil. Questionado sobre esse momento delicado, Gilberto revelou quais foram suas últimas conversas com a filha:

Não, sabendo que seria a última, não. Porque o mistério da vida continuava tão intenso quanto o mistério da morte. As nossas conversas estavam sempre associadas a isso, os amigos, os parentes, o filho dela, os amores dela, enfim, as coisas do mundo.

Assista abaixo: