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Publicada em 14/10/2025 às 00:00 | Atualizada em 13/10/2025 às 15:15

Em entrevista, Xamã fala sobre representatividade e inspiração para personagem em Três Graças

Cantor e ator intrerpreta Bagdá em nova novela das nove

Da Redação

Divulgação-TV Globo

O grande mistério sobre quem matou Odete Roitman está prestes a ser desvendado, e, com isso, os noveleiros já começam a se preparar para a chegada de mais uma novela das nove que está dando o que falar e promete encantar logo de cara. A trama em questão é Três Graças, com estreia marcada para o dia 20 de outubro na TV Globo, e que abordará temas como fé, amor e recomeços.

Dentre elas estão as subtramas da novela, sendo que uma que se apresenta é ambientada na periferia de São Paulo, que mostra o cotidiano da comunidade. O núcleo tem como destaque Bagdá, personagem interpretado por Xamã, e seus parceiros de jornada, Wandilson e Alemão, papéis de Vinícius Teixeira e Lucas Righi, que mergulham nas histórias de jovens que enfrentam a violência, a falta de oportunidades e o sonho de transformar suas realidades.

Durante a coletiva de imprensa, na qual o ESTRELANDO esteve presente, Xamã contou que Bagdá é um personagem profundamente conectado a sua trajetória pessoal:

- Nessa novela em especial, com um pouco mais de experiência que na primeira, eu fiquei muito feliz com o convite do Luís, com o teste. E uma das coisas que eu levei para a galera foi que no rap a gente tira as pessoas do crime, de uma certa forma, através da música. Ele tira as pessoas do crime, disse o cantor, relembrando suas origens no rap e o papel transformador da arte.

Bagdá, segundo ele, representa muitas das pessoas que ele conheceu ao longo da vida:

- É um personagem parecido com muitos amigos meus que às vezes não conseguiram ir para o lado da música, ou foram vítimas da violência do Estado, do descaso, ou acabaram presos. Essas oportunidades vão sumindo, sacou? Acho que é um espaço em que a gente consegue contar um pouco da nossa história também, pegar um pouquinho das coisas que eu vivi aqui no Rio de Janeiro e emprestar meu corpo para esse personagem lá de São Paulo.

Na trama, Bagdá é um ex-funcionário de um lava-rápido que vê no crime uma alternativa para sobreviver e proteger os amigos. Mesmo cercado por um ambiente hostil, ele carrega uma visão de liderança e de lealdade com os seus amigos, algo que Xamã diz ter observado em pessoas reais da comunidade onde cresceu.

- Estou muito feliz com o núcleo que a gente criou, a galera lá do Bagdá, os moscapangas. O bacana é a nossa construção, as camadas com as pessoas. A gente troca bastante. É um tom acima da realidade, mas a gente tem esses problemas sociais. Todo mundo que já teve contato com a quebrada empresta um pouco das suas histórias para a composição. Está sendo daora demais.

Quem também integra o núcleo é Vinícius Teixeira, que dá vida a Wandilson, o braço direito de Bagdá. Ambicioso e impulsivo, ele é um personagem que busca poder e reconhecimento dentro da comunidade, o que acaba gerando conflitos com o líder.

- Essa experiência foi incrível! A gente pode vivenciar a realidade das pessoas, trocar com elas e ser acolhido de uma forma tão bonita. Esses personagens falam sobre esse mundo que cresce na violência, que vê a violência como a única possibilidade de caminho, que tem sonhos, mas não consegue realizar, contou Vinícius.

Sobre a dinâmica entre os personagens, ele completou:

- O Wandilson é ambicioso, fala o que pensa, e isso gera atrito com o Bagdá nessa busca por poder. Mas o núcleo que a gente criou é muito amoroso. O Xamã é um parceiraço, dá muito espaço, a gente troca muito. E a população de São Paulo está carente dessa representatividade, então é muito bonito ter esses personagens tão potentes em uma novela das nove.

Já Lucas Righi vive Alemão, o mais jovem e destemido do grupo. Apesar da postura durona, o personagem revela um olhar sensível sobre a vida na periferia e sobre os caminhos que levam muitos meninos ao crime.

- Logo nas primeiras cenas, a gente passou sete horas correndo escadaria. Foi um intensivão de correria que colocou a gente na pressão do personagem. A realidade do crime é muito pesada. Muitas pessoas entram porque são privadas daquilo que é de direito delas, moradia, saúde, cultura. Às vezes, a única oportunidade é o mundo do crime. Então, representar isso é muito importante. Estou lendo bastante, pegando referências e trocando ideias com o Vini e o Xamã. Está sendo uma experiência intensa e, ao mesmo tempo, muito gostosa.

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Em entrevista, Xamã fala sobre representatividade e inspiração para personagem em <i>Três Graças</i>

Em entrevista, Xamã fala sobre representatividade e inspiração para personagem em Três Graças

13/Out/

O grande mistério sobre quem matou Odete Roitman está prestes a ser desvendado, e, com isso, os noveleiros já começam a se preparar para a chegada de mais uma novela das nove que está dando o que falar e promete encantar logo de cara. A trama em questão é Três Graças, com estreia marcada para o dia 20 de outubro na TV Globo, e que abordará temas como fé, amor e recomeços.

Dentre elas estão as subtramas da novela, sendo que uma que se apresenta é ambientada na periferia de São Paulo, que mostra o cotidiano da comunidade. O núcleo tem como destaque Bagdá, personagem interpretado por Xamã, e seus parceiros de jornada, Wandilson e Alemão, papéis de Vinícius Teixeira e Lucas Righi, que mergulham nas histórias de jovens que enfrentam a violência, a falta de oportunidades e o sonho de transformar suas realidades.

Durante a coletiva de imprensa, na qual o ESTRELANDO esteve presente, Xamã contou que Bagdá é um personagem profundamente conectado a sua trajetória pessoal:

- Nessa novela em especial, com um pouco mais de experiência que na primeira, eu fiquei muito feliz com o convite do Luís, com o teste. E uma das coisas que eu levei para a galera foi que no rap a gente tira as pessoas do crime, de uma certa forma, através da música. Ele tira as pessoas do crime, disse o cantor, relembrando suas origens no rap e o papel transformador da arte.

Bagdá, segundo ele, representa muitas das pessoas que ele conheceu ao longo da vida:

- É um personagem parecido com muitos amigos meus que às vezes não conseguiram ir para o lado da música, ou foram vítimas da violência do Estado, do descaso, ou acabaram presos. Essas oportunidades vão sumindo, sacou? Acho que é um espaço em que a gente consegue contar um pouco da nossa história também, pegar um pouquinho das coisas que eu vivi aqui no Rio de Janeiro e emprestar meu corpo para esse personagem lá de São Paulo.

Na trama, Bagdá é um ex-funcionário de um lava-rápido que vê no crime uma alternativa para sobreviver e proteger os amigos. Mesmo cercado por um ambiente hostil, ele carrega uma visão de liderança e de lealdade com os seus amigos, algo que Xamã diz ter observado em pessoas reais da comunidade onde cresceu.

- Estou muito feliz com o núcleo que a gente criou, a galera lá do Bagdá, os moscapangas. O bacana é a nossa construção, as camadas com as pessoas. A gente troca bastante. É um tom acima da realidade, mas a gente tem esses problemas sociais. Todo mundo que já teve contato com a quebrada empresta um pouco das suas histórias para a composição. Está sendo daora demais.

Quem também integra o núcleo é Vinícius Teixeira, que dá vida a Wandilson, o braço direito de Bagdá. Ambicioso e impulsivo, ele é um personagem que busca poder e reconhecimento dentro da comunidade, o que acaba gerando conflitos com o líder.

- Essa experiência foi incrível! A gente pode vivenciar a realidade das pessoas, trocar com elas e ser acolhido de uma forma tão bonita. Esses personagens falam sobre esse mundo que cresce na violência, que vê a violência como a única possibilidade de caminho, que tem sonhos, mas não consegue realizar, contou Vinícius.

Sobre a dinâmica entre os personagens, ele completou:

- O Wandilson é ambicioso, fala o que pensa, e isso gera atrito com o Bagdá nessa busca por poder. Mas o núcleo que a gente criou é muito amoroso. O Xamã é um parceiraço, dá muito espaço, a gente troca muito. E a população de São Paulo está carente dessa representatividade, então é muito bonito ter esses personagens tão potentes em uma novela das nove.

Já Lucas Righi vive Alemão, o mais jovem e destemido do grupo. Apesar da postura durona, o personagem revela um olhar sensível sobre a vida na periferia e sobre os caminhos que levam muitos meninos ao crime.

- Logo nas primeiras cenas, a gente passou sete horas correndo escadaria. Foi um intensivão de correria que colocou a gente na pressão do personagem. A realidade do crime é muito pesada. Muitas pessoas entram porque são privadas daquilo que é de direito delas, moradia, saúde, cultura. Às vezes, a única oportunidade é o mundo do crime. Então, representar isso é muito importante. Estou lendo bastante, pegando referências e trocando ideias com o Vini e o Xamã. Está sendo uma experiência intensa e, ao mesmo tempo, muito gostosa.