Marjorie Estiano abre o coração sobre interpretar Ângela Diniz: - Um ensinamento
13/Nov/
Marjorie Estiano vive Ângela Diniz em Ângela Diniz: Assassinada e Condenada, da HBO Max, dando vida à socialite brasileira que foi assassinada a tiros por seu namorado, Doca Street, em 1976. O crime, que na época chocou o Brasil, ainda é pauta atualmente, além de ter popularizado o lema Quem Ama Não Mata, utilizado na luta pela justiça na vida da protagonista.
Demonstrando como o julgamento da sociedade pode impactar nas decisões, a minissérie traz como as escolhas e atitudes de Ângela foram um divisor de opiniões no tribunal e nas pessoas, que apontaram que ela merecia o crime cometido, assim como retrata a produção.
Sobre viver essa personalidade tão intensa, Marjorie abriu o coração em coletiva de imprensa com a presença do ESTRELANDO, sobre como a Ângela a ajudou a se transformar em alguns pontos:
- As transformações vão se dando ao longo do tempo, elas não vão acontecendo de uma hora para a outra, mas a oportunidade de estudar sobre temas que são coletivos, são sociais, que fazem parte de mim, de uma oportunidade de me transformar. É um processo analítico ter feito a Ângela, uma personagem que se dedica ao prazer, que se autoriza ao prazer, é algo muito importante, muito essencial na cultura brasileira, acho que de uma maneira geral, mundial, mas a culpa, a gente sente às vezes muita culpa de sentir prazer, começou ela, que continuou citando que a culpa se transborda para outros ramos, como férias, diversão e trabalho.
Para ela, a Ângela é a representação do oposto disso, já que sempre deixou sua liberdade falar mais alto:
- A Ângela é uma figura que se autorizava a se dar prazer, a se oferecer liberdade, de viver. Ela não quer conquistar absolutamente nada, empreender absolutamente nada. A beleza de viver, a beleza da vida é viver só e isso é um ensinamento muito interessante para todos nós.
A atriz continuou contando que se identifica com o outro lado e que interpretar Ângela a fez experimentar essa liberdade:
- Eu me identifico muito com essa falta dessa autorização de prazer, de leveza, de liberdade. A minha vida sempre foi muito trabalho, compromisso, seriedade, então foi uma oportunidade de me experimentar na liberdade, de experimentar na leveza e experimentar no prazer, e isso é muito valioso. Isso é um processo para a vida inteira, um exercício para a vida inteira.
Ela ainda destacou que além da lição de vida, a minissérie também a ajudou a aumentar sua consciência sobre a violência contra a mulher:
- Viver essa personagem me trouxe e continua me trazendo consciência histórica sobre a batalha, a luta pelos direitos das mulheres e consciência sobre o impacto e a força de uma formação de gênero, de uma sociedade machista. Quando você estuda sobre isso, você começa a enxergar melhor a sociedade, enxergar melhor a sua própria vida, suas relações.
Outro ponto que chamou a atenção de Marjorie ao interpretar a socialite foi a inovação do papel e na personalidade que precisaria incorporar:
- O fato da personalidade da Ângela ser muito livre, muito dada a prazer, a curtir a filha, a praia, os amigos, beber, festas, transar... Isso é inédito - e inovador não só para as minhas personagens, mas de uma maneira geral, as personagens femininas não são construídas para sentir prazer. As personagens femininas estão sempre ali para sofrer. Então ter uma personagem protagonista da própria vida, dada ao prazer, é absolutamente exceção. Foi um privilégio imenso poder fazer e um desafio grande, porque eu faço parte do grupo que pertence a esse distanciamento que está sempre brigando para conseguir se expandir, enquanto a personalidade da Ângela é essa expandida, completamente à vontade do protagonismo.
O diretor da minissérie, Andrucha Waddington, não deixou de destacar o trabalho da atriz. Isso porque, de acordo com ele, havia poucas imagens de Ângela para Marjorie se basear, o que fez com que ela precisasse se inspirar no podcast que inspirou a produção, apenas na narração dos entrevistados e nos dados colhidos.
- Da Ângela a gente tinha uma imagem de um comercial de cartão de crédito, ia ter um pedacinho dela falando, que é o que a gente conseguiu dela. A Marjorie, ela trouxe a Ângela baseada no que o podcast deu, na pesquisa que você fez e é uma Ângela muito cheia de camadas. Eu acho que se eu não tivesse a Marjorie, eu não teria essa série.
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