Ramón Goméz Valdés y Castillo, o intérprete de Seu Madruga em Chaves, marcou uma geração e é lembrado até hoje. O ator morreu em 9 de agosto de 1988, e existem várias curiosidades sobre sua vida que você talvez não saiba. Por exemplo, você sabia que ele não era o único famoso em sua família? Seus irmãos, Manuel Valdés e Germán Valdés, eram grandes astros do cinema e da televisão no México, respectivamente. Ele também era cunhado de Verónica Castro, que ficou conhecida no Brasil quando Rosa Selvagem, novela estrelada por ela, foi exibida no país.

Apesar de no Brasil ser conhecido como Seu Madruga, Ramón foi muito além do eterno rival de Dona Florinda. O ator, que começou a carreira em 1949, só foi atuar em Chaves em 1971. E ele também marcou presença em várias outras criações de Roberto Gómez Bolaños, como em Chapolin, e de Carlos Villagrán, como em Ah qué Kiko!.

Embora na ficção ele tenha ganhado o nada carinhoso apelido de chimpanzé reumático e conquistado olhares apenas de Dona Clotilde, na vida real, Ramón colhia os frutos de galã. Ele mesmo declarava que, depois do cigarro, seu maior vício era as mulheres. Tanto é que se casou três vezes e ao todo teve dez filhos.

Se Chaves era conhecido por expressões como É que me escapuliu e Isso, isso, isso, Seu Madruga não deixava por menos e emplacou várias expressões com o público, como: Só não te dou outra porque... e Que é que foi, que é que foi, que é que há?

Você está enganado se acha que Ramón, assim como seus colegas de elenco, passava por um processo de caracterização. Isso porque quando chegava para gravar, o ator já ia para o estúdio com a própria calça jeans surrada e a camiseta velha preta que usava no dia a dia, além do chapéu.

Que Dona Clotilde era louca, louquinha por Seu Madruga, não é novidade. Mas sua intérprete, Angelines Fernández, também gostava muito de Ramón. Tanto que em seu velório ela passou duas horas de pé ao lado do caixão exclamando Meu rorro, meu rorro.